Maduro Venezuela

Foto – crédito de www.rededemocratica.org

Por: Rosângela Ribeiro Gil

Sabemos que a imprensa capitalista nunca vai divulgar a realidade dos fatos que mostram uma consciência popular que não se enquadra dentro dos interesses do sistema econômico, político e militar dominante em boa parte do mundo. Por isso, não veremos noticiado que o presidente Nicolás Maduro conquistou importante vitória nas últimas eleições municipais ocorridas na Venezuela, no início de dezembro. Por isso, vale a leitura de artigo de Max Altman, publicado no site Patria Latina, que transcrevemos a seguir:

“Notaram, meus caros amigos e amigas, que o noticiário sobre a Venezuela desapareceu da grande imprensa quando antes do 8 de dezembro enchiam suas páginas vaticinando a débâcle do governo Maduro pelos inúmeros enviados especiais e correspondentes?

Disseram que era um plebiscito e foram com tudo. Os oligarcas são sempre insolentes. Ainda mais se são apoiados pelos Estados Unidos. Contavam que o empurrão definitivo para derrocar Maduro viria com o 8 de dezembro. Estavam cuidando dessa tarefa fazia meses. Remarcação de preços de todos os produtos muito acima da inflação, provocando desespero na população, desabastecimento induzido, sabotagem elétrica, açambarcamento, insegurança. (E mais erros do próprio governo, que as manchetes gritantes dos jornais, rádios e televisão punham em evidência). O mesmo cenário que se havia preparado para Salvador Allende antes do golpe de 1973. Desde os Estados Unidos, Roger Noriega escreveu e descreveu a tese do colapso total, que seria arrematado oportunamente, quando a situação ficasse insustentável, pelo exército norte-americano. Que a Venezuela tem demasiado petróleo. Parte importante da oposição estava de pleno acordo com esse roteiro. Por fim, o chavismo aniquilado. Fim do pesadelo. Malditos vermelhos.

Disseram que as eleições eram um plebiscito. E estavam disso plenamente convencidos. E o repetiram El País, ABC, El Mundo, Clarín, The New Yor Times, Newsweek, a CNN, Fox News, RAI, Excelsior, Miami Heral, Folha de S. Paulo, O Globo, TV Globo, o Estado de S. Paulo. Todavia eram apenas eleições municipais, com suas características próprias, conhecidas em todo o mundo político. Apresentavam-se candidatos a prefeito, vereador que iriam dar conta da prestação de serviços, asfaltamento de ruas, tráfego, varrição de lixo, coisas de município. Mas que importância tinha tudo isso? Para que perder a ocasião? Eram as primeiras eleições municipais sem Chávez. Disseram que era mais que urnas municipais, que o chavismo sem Chávez estava ferido de morte, que o ilegítimo e incompetente Maduro ganhara a presidencial por diferença mínima e por meio de fraude, e que agora sim, agora teria que abandonar o Palácio Miraflores, por bem ou expulso pela força. Ah, se resistisse por que não envolto num saco de lona.”

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