Boletim do NPC

VITO GIANNOTTI VIVE!

Como todos nossos leitores devem imaginar, esse é o boletim mais sofrido que já escrevemos. Insuficientes são as palavras para homenagear o grande lutador que foi Vito Giannotti, criador do NPC junto com sua companheira de vida e de sonhos Claudia Santiago. Vito era uma presença marcante, inesquecível, explosiva e doce ao mesmo tempo, que conquistou corações e mentes pelo Brasil afora. Por esse motivo, não foram poucas as mensagens de carinho que recebemos após sua partida, desde as produzidas por sindicatos e entidades de luta até aquelas feitas por personalidades e pelos alunos dos cursos que ele ministrou pelo país. De norte a sul o Brasil lamentou a sua perda e reforçou a importância de dar continuidade à luta que Vito começou e incentivou, sempre preocupado com a comunicação dos trabalhadores e a transformação do mundo. Além de anunciar a missa de sétimo dia, nesse boletim especial tentamos reunir as tantas homenagens feitas a Vito Giannotti. Como foram muitas, não conseguimos divulgar todas aqui e, certamente, algumas nos escaparam. Aos poucos vamos divulgando em nossa página, no Facebook e nos próximos boletins. Pedimos para nos enviarem para o e-mail npc.sheila@gmail.com Em meio a nossa dor, à saudade e à firmeza da luta, sigamos. É isso que Vito espera da gente. Vito Giannotti presente! Ciao, companheiro. E obrigada por tudo. Equipe NPC.

30 de julho de 2015

Notícias do NPC

Missa de 7º dia será na sexta, 31/7, às 17h, no Centro do Rio

Companheiros(as), a missa de sétimo dia de Vito Giannotti, “o ateu mais cristão que conhecemos”, será nessa sexta-feira, 31 de julho, às 17h, na Igreja Nossa Senhora do Parto. Ela fica na Rua Rodrigo Silva, 07, Centro do Rio - perto da estação de Metrô da Carioca.

Artigos

Vito Giannotti, presente!

Essa é a nota mais difícil que já escrevemos, que já publicamos. É com muita tristeza e, ao mesmo tempo, força e coragem para continuar caminhando que anunciamos o falecimento do nosso coordenador, o grande lutador Vito Giannotti. Ele faleceu no Rio de Janeiro, dia 24 de julho, aos 72 anos. Foi velado neste domingo, 26 de julho, no Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro), logo no dia da rebeldia cubana, como não podia deixar de ser. O auditório ficou lotado de familiares, amigos, companheiros de luta, admiradores, tanta gente tocada por essa pessoa extraordinária que foi Vito. Nascido em Lucca, na Itália, veio para o Brasil em 1964 e aqui construiu parte importante da sua história. Foi um apaixonado pela comunicação e pela história de lutas dos trabalhadores, mantendo-se fiel a eles até o seu último dia. Dentre as suas muitas atividades, ele foi militante na Oposição Sindical Metalúrgica de São Paulo e criou o Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC) junto com sua companheira de vida, Claudia Santiago. Nesses pouco mais de 20 anos, o NPC exerceu um papel importantíssimo no campo da comunicação contra-hegemônica, incentivando a criação de sites, jornais, boletins, TVs, rádios, blogs pelo Brasil afora. Quem o conheceu, sabe que suas principais características eram a simplicidade, humildade, a força na fala, os palavrões constantes, o carinho de seu abraço e de seu sorriso para todos que precisavam. Nessa hora, faltam palavras e fica a saudade. O que Vito mais deseja é que possamos seguir o seu exemplo e continuar a sua luta. E do jeito que ele gostava: sem preguiça, com dedicação, rigor teórico e alegria, muita alegria. Vito sofria com os retrocessos, mas também comemorava com fervor cada pequena vitória. Façamos como ele e dediquemos o que pudermos para a construção de um mundo justo, solidário e belo. Agradecemos tantas manifestações de carinho, mensagens de apoio, cada palavra de aconchego, e a presença de quem pôde comparecer no domingo ao velório. Sigamos firmes, cantando “Bella ciao” e “A Internacional”, as músicas que serviram de trilha sonora para sua intensa vida. Vito Giannotti, PRESENTE!

Homenagens

Por Sebastião Neto (IIEP): Eu e ele, nós e eles

Dedico aos jovens que brilhavam os olhos ao ver Vito falar, imprecar e politizar. E particularmente aos participantes do Curso de Comunicação Popular do NPC. Como diria o Elias: “se temos que esperar alguma coisa, será dos jovens”. Leia mais.

Homenagens

Por Reginaldo Moraes: Vito Giannotti, o comunista-cristão que andava sobre o mar

“Vito é um cara difícil de definir. Acho que sua energia criadora tinha três fontes: o cristianismo, o comunismo e o anarquismo. Uma síntese estranha, difícil, delicada, mas compreensivel para quem, como ele, havia lido a frase “a religião é um ópio do povo” sem deixar a parte seguinte, frequentemente esquecida: “é o grito do espírito em um mundo sem espírito”. Essa era a sua forma de religião. Assino e reconheço a firma”, Regis de Moraes. Leia mais.

Homenagens

Por Virgínia Fontes – Ao querido Vito Giannotti

Vito Giannotti foi embora. Estou me sentindo anestesiada, por dentro e por fora. Ele não podia fazer isso, porra! Ele ficou tranquilamente deitado no chão, local onde dormiu por muitos anos, até reaprender o uso dos colchões. Não consigo me convencer de que não vai se levantar e nos expulsar a todos nós, os amigos, aos gritos brabos e afetuosos. Ele nos deixa órfãos de sua risada, de seus gritos de “caralho!” “porra!”, “cazzo!”, que fazem uma falta enorme. Como levar adiante a luta sem sua gentileza única, atenta e humana, sem sua brabeza correta e necessária, sua doçura única, suas exigências máximas? Um mísero ponto de apoio: morreu sem sofrer. Não se encontram pessoas como Vito Giannotti nas esquinas. Quem teve a sorte de conhecê-lo – e, pela generosidade de Vito, foram muitos – pôde rir com ele, brigar com ele, lutar junto com ele, pensar e organizar com ele, esses tiveram uma chance extraordinária. Que guardemos isso para a vida. É um aprendizado de partilha comunista a preservar e multiplicar, preciosamente. Conheço Vito e Cláudia – sempre juntos – há 20 anos. A gata e o Vitão. Uma das mais lindas histórias de amor. Das muitas fotos que povoam a vida, uma, muito especial, foi tirada aqui em casa, num aniversário: um instantâneo capturou um maravilhoso olhar trocado por eles, olhar enamorado, amoroso e franco. Amor completado com Luísa, a então menininha que cresceu com Claudia e Vitão, que aprendeu a dividir a mãe ao ganhar esse 'carcamano' generoso. Hoje, mulher plena, companheira na luta. Leia mais.

Homenagens

Por Flavia Braga Vieira: Porrra, Vitão, car*lh#… isso lá é hora para você nos deixar?

De quem mais a gente vai ouvir as palavras de incentivo, mesmo no meio do ascenso conservador? De quem mais a gente vai receber os cds com mil versões de Bella Ciao ou da Internacional (pra que nós não nos esqueçamos nunca de que somos internacionalistas)? De quem mais a gente vai ouvir blasfêmias e palavrões anticlericais (pra que nós não nos esqueçamos nunca de que somos ateus)? De quem mais a gente vai receber os abraços apertados e o sorriso aberto no meio das passeatas, no final da noite depois de um monte de cerveja ou de um puta debate sobre comunicação popular? De quem mais a gente vai receber conselhos (mesmo que não parecessem conselhos, pois seu tom não era nunca professoral) sobre a luta, a formação política, o amor aos povos e gentes? De quem mais a gente vai ouvir “a luta continua, porrra”??? Vc foi o mais bravo, o mais barulhento, o mais esporrento e, ao mesmo tempo, o mais doce, o mais alegre, o mais amado metalúrgico/jornalista/professor do nosso povo, querido amigo, Vito Giannotti... Vc vai fazer uma falta danada, carcamano... Vc está nos deixando órfãos, e tá doendo pra cac#te... Mas o teu exemplo, os teus saberes, os teus ensinamentos fertilizaram tantos corações e mentes, que a gente vai seguir lutando. A gente vai seguir construindo um mundo melhor, mais justo, mais igualitário... porque vc merece. Cada vitória vai ser brindada em tua memória! Obrigada por tudo, camarada! Obrigada pelo que vc fez pelo socialismo, pela classe trabalhadora, pelo sindicalismo, pelos estudantes, pelas mulheres... obrigada por tudo que vc fez por mim... eu sou uma pessoa muito melhor porque encontrei com vc nas batalhas! Valeu, Vitão... porrra, valeu muito!

Homenagens

Por Najla Passos: Morre Vito Giannotti. A luta continua, porra!

O Brasil perdeu nesta sexta (24) Vito Gianotti, o escritor italiano que escolheu o Brasil para viver e para lutar em prol dos trabalhadores. Operário, dirigente sindical, educador e comunicador popular, ele era coordenador do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), o principal centro de treinamento e produção em comunicação popular e sindical do país. Leia mais.

Homenagens

Por Sérgio Domingues: Vito Giannotti (1943…)

É foda! Vito se foi. Nos deixou um monte de ensinamentos. Um dos mais importantes: continuar aprendendo sempre. Tudo isso em meio a muitos palavrões carinhosos. Mas ele tá muito vivo, porra! Agora, um pouco de luto. Só o bastante pra continuar na luta que ele jamais abandonou. Bem unido façamos, Nesta luta final, Uma terra sem amos A Internacional… Valeu, Vitão!

Homenagens

Por Marcelo Souza

Desde sexta-feira, quando recebi, através da Katia Marko, a notícia da partida do Vito Giannotti, queria escrever alguma coisa. Alguma homenagem ao amigo tão querido. Mas sei lá, sentei algumas vezes e tudo parecia tão pequeno. Vito é daquelas pessoas que não passam impune na nossa vida. Alguma coisa a gente aprende. Pode aprender a escrever de forma que os outros entendam. Aprende a fazer um jornal bonito. Aprende que jornal tem que ter infográfico. Aprende a falar palavrão. Aprende a cantar a Internacional. Aprende que a comunicação tem lado. Aprende qual é o teu lado. Mas, principalmente, aprende a ter carinho com o próximo, aprende a ser generoso, aprende que ser revolucionário é, antes de mais nada, ter um coração enorme que acredita que o ser-humano tem jeito sim. Lembro de uma vez em sua casa, no Rio de Janeiro, o Vito falar que na cabeça ele era comunista, mas lá no fundo o seu coração era anarquista. Esse era o Vito Giannotti, um tipo de gente que está cada vez mais difícil de aparecer. Como se diz aqui no Sul, vinho de outra pipa. Pensar que não vou mais ouvir aquela vozeirão falando "E aí magrão? Como é que vai?" e logo depois começar um papo sobre o momento da política, dói. Mas sei que como tempo essa dor vai dar lugar a gratidão de ter convivido por quase vinte anos com uma pessoa tão especial. Talvez a coisa mais importante que eu aprendi com esse italiano seja que, quando ele falava "A luta continua, porra!", era a mesma coisa de falar "a vida continua, porra!". Pois para ele vida e luta sempre foi uma coisa só. Valeu Vitão!!

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Por Breno Altman: Morreu um bravo

Faleceu, no dia 24 de julho, aos 72 anos, um dos mais dedicados, destemidos e criativos militantes sociais deste país, o italiano Vito Giannotti, brasileiro de coração. Era um revolucionário sem dogmas e preconceitos. Quando abraçou a causa do socialismo, em sua pátria natal, soube dos kibutz israelenses e teve a esperança de que lá, no final dos anos 50, nascia um mundo novo. Arrumou suas malas e mudou-se para Israel, sem ter qualquer vínculo com o judaísmo. Quebrou a cara. Decepcionou-se com o que viu e viveu. Rapidamente desistiu do sionismo, do qual passou a ser crítico implacável, procurando a encarnação de suas convicções socialistas em outras plagas. Resolveu, então, se juntar à epopéia latino-americana, mudando-se para o Brasil, empregando-se em uma metalúrgica e atuando no movimento sindical logo após o golpe militar de 1964. Foi um dos grandes animadores da oposição sindical metalúrgica de São Paulo, nos anos 70 e 80. Dedicou-se especialmente à tarefa de educar o sindicalismo combativo para a tarefa da comunicação, pois considerava essa a principal ferramenta para radicalizar a consciência de classe e pavimentar o caminho ao socialismo. Desde os anos 90, mudando-se de São Paulo para o Rio de Janeiro, liderou a constituição do Nucleo Piratininga de Comunicação (NPC), formidável experiência para o debate dos temas da informação e para a formação de animadores da luta social. Leia mais.

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Por João Pedro Stédile, do MST: Perdemos um grande camarada, Vito Giannotti

Vito Giannotti chegou da Itália em 1964, com 21 anos. Tornou-se um brasileiro legítimo. O povo brasileiro o adotou. Operário metalúrgico, fez militância sindical durante toda ditadura militar. Sábio e autodidata, se transformou em jornalista. Era um defensor intransigente, seguindo o mestre Gramsci, de que a classe trabalhadora precisa construir seus próprios meios de comunicação. Ajudou a formar diversos jornais e boletins da classe, entre eles o jornal Brasil de Fato nacional e o tabloide BdF do Rio Janeiro. Deve ter dado milhares de palestras pelo Brasil à fora incentivando a comunicação da classe. Leia mais.

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Editorial do Brasil de Fato RJ: Uma semente chamada Vito Giannotti

Essa semana o Brasil de Fato vive um misto de tristeza e alegria. Estamos de luto porque perdemos sexta-feira, dia 24 de julho, o companheiro Vito Giannotti. Nascido na Itália, brasileiro de coração, Vito foi operário, da produção material e da comunicação popular. Vito foi a semente que deu bons frutos. Diversos veículos da imprensa chamada de "alternativa" o tiveram como mentor. Sua contribuição para a imprensa sindical e popular no país dificilmente será igualada. Confira!

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Por Paulo Donizetti: Vito Giannotti, operário da memória e da liberdade, sempre em construção

Vito é filho de italianos. Chegou a São Paulo aos 21 anos, em 1964, e passou a vida toda construindo. Construiu resistência à ditadura, construiu a oposição metalúrgica de São Paulo ante sucessivas direções indignas de representar trabalhadores, construiu a pesquisa e a memória das lutas sociais e operárias, construiu pontes que, por meio da comunicação, ligassem lideranças sociais e intelectuais e suas ideais ao cidadão comum exposto à indecência da imprensa hegemônica. Leia mais.

Homenagens

Por Verena Glass

Ontem, dia 24 de julho de 2015, ele foi embora. Sem aviso prévio, Vito Giannotti, aos 72 anos, se foi, silencioso. Um silêncio macio que, bem sabem os que o conheceram, nunca foi sua marca. Nascido em Lucca, na Itália, Vito chegou ao Brasil pouco depois do golpe militar. Tinha 21 anos e vinha de uns tempos de aventura como marítimo em um barco de pesca industrial. Gostou daqui e ficou, muito porque, segundo contou em várias entrevistas, se encontrou como militante político (coisa que não logrou, de forma que satisfizesse, em seu país de origem).

Homenagens

Boletim especial da FISENGE – #VitoVive

Homenagem da Fisenge ao lutador, amigo e companheiro, Vito Giannotti. Ele desbravou o país em defesa da comunicação e foi o impulsionador da criação de diversas mídias em sindicatos. Não poderíamos pensar em melhor maneira para homenageá-lo senão um boletim especial para ele. Vito, presente! #VitoVive Confira!

Homenagens

Por Chico Canindé

É foda falar de amigos, amigos metas Amigos moldados em uma metalurgia, temperada a caráter de amor a ferro em brasa e soldar feridas sociais com solidariedade temperada na honestidade da amizade. Vito, vc deixou a gente com um que de que falta algo com amigos assim fazemos a sarambada sem medo de que falte crença, sem o enigma do cinismo Com amigos assim a gente canta cantigas de águas e peixes brincando como crianças.

Homenagens

Por Celso Campos – O Homem de Lucca 

Certo dia ele resolvera abandonar toda sua comodidade creio que nada mais nada menos que um pouco de roupa na bolsa, alguns livros na mochila e partira para Jerusalém. Lá encontrou a sua essência no Homem do Peixe que a ele disse para rasgar todo aquele caralho de trás e o que viesse à frente daquele livro de sabe-se lá quantas páginas... 5350, 6000?? Essa página o jovem nascido na cidade de Lucca, Itália guardara em seu coração por toda a vida. O Homem de Lucca a transmitiu a alguns de seus alunos em dezembro de 2014, com as mesmas palavras que o Homem do Peixe o disse algum dia. Leia mais.

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Por Nathalia Faria – Meu avô Vito Giannotti

Não lembro a primeira vez que estive com Vito. Mas sei que naquele dia ele me marcou. Lembro-me de pensar: “Que velhinho palavrudo”. Vito poderia ser meu avô. Aliás, ambos morreram com a mesma idade. Mas, meu avô, um dos homens mais fantástico que a memória me permite lembrar, não falava palavrões. Nunca. O Vito falava. E muito. Aos poucos entendi o porquê. Vito era diferente. Vito era um trabalhador. Não que meu avô não o fosse. De fato, era. E daqueles incansáveis. Trabalhava na rua e em casa. Mas o Vito trabalhava pelos/as trabalhadores/as. O Vito lutava pelos/as trabalhadores/as. De tão lutador se fez jornalista. Para com os/as trabalhadores/as dialogar. De tão lutador se fez palavrudo. Porque somente os palavrões podem adjetivar a exploração humana, A desigualdade, O preconceito, A miséria, O capital. E de tão palavrudo, inconformado, indignado, se fez terno. Porque é preciso “Endurecer, sem perder a ternura. Jamais.” E assim, se fez extremamente radical. E extremamente amoroso. Porque a radicalidade e a ternura são complementares, e não antagônicas. Ontem, Vito foi encontrar o meu avô. Eu não era próxima a ele. Por isso, não choro a morte de um amigo. Como fiz com meu avô. Mas ele era próximo a mim. Porque a indignação nos faz companheiros. Por isso, hoje é dia de luto. Mas, amanhã é dia de luta. Pelo Vito, pelo meu avô, Pelos trabalhadores e trabalhadoras, Desse país tornado injusto. Pelos trabalhadores e trabalhadoras que morrem, sofrem, lutam, xingam e sorriem com ternura, Como o Vito. Vito Giannotti, presente! Presente! Presente! Presente! Sim Nathalia, Vito foi um Presente e Continuará Presente. * Nathalia Faria é historiadora e professora da FEUC em Campo Grande RJ.

Homenagens

Por Gustavo Barreto – Eu conheci o Vito porque tinha que conhecer

Claudia Santiago é da família, mas até aí família é grande, tem sempre um primo ali, uma parenta ali. E como eu fui trabalhar com a Claudia e o Vito? Em pleno feriadão, quando tava todo mundo curtindo uma praia, uma bebedeira, estava eu militando noconsciencia.net em algum momento do início dos anos 2000. Isso chamou a atenção dos dois. Como pode? O que tem na cabeça esse garoto que não está “zuando” por aí? E eles me chamaram pro NPC. E eu fui e até hoje não saí, e amanhã tem aula de novo, e vai demorar, como profetizou o Vito, uns 300 anos pra mudar as coisas. Mas a gente tem uns 50, 60 com sorte, então tem que fazer. Então eu vou continuar, cada vez mais e mais, porque a batalha da comunicação popular não tem fim, pelo menos não nessa vida. E foi com o Vito que eu aprendi essas coisas. O que importa mesmo. Como falar pras massas. Como se comunicar com o trabalhador sem cair na demagogia barata e grotesca da grande mídia. Como chamar o seu Zé, a dona Maria, e trazer eles pro nosso lado – porque a gente tem lado, e isso eu aprendi com o Vito também. Essas coisas estão nos livros (em alguns, não todos), estão descritos na teoria, mas é com luta que você aprende. Às vezes caindo, se machucando, pra perceber como a disputa da hegemonia ainda é a grande batalha da nossa sociedade, e como é danoso o domínio do capital para os “de baixo”, como dizia o Florestan Fernandes. Eu perdi um pai hoje. Desses imprescindíveis, como categorizou o Brecht, desses que lutam toda a vida. Talvez por estudar História constantemente, eu tenho muita dificuldade em lidar com a finitude da vida. Mas exatamente por estudar História, eu me sinto honrado de ter feito parte da vida deste ícone da luta pela comunicação popular que foi Vito Giannotti. Eu prometo, Vito, honrar toda a sua luta. Ela é inglória, parece impossível, mas foram pessoas como você que nos mostraram que a única saída digna é nunca desistir. Eu vou estar sempre ao seu lado, conforme eu prometi.

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Por Silvana Sá – Lições de jornalismo

“O editor deu o tamanho... Eu ultrapassei em mais de mil caracteres... Dava quase uma página... Daí me veio a voz do Vito: "Corta esta porra. Texto grande ninguém lê". Então, percebi que a melhor homenagem que posso prestar é colocar em prática cotidianamente os ensinamentos dele... Cortei. O texto ficou do tamanho pedido. Mas não menos carregado de amor”. Silvana Sá, jornalista da Adufrj e ex-aluna do Curso de Comunicação Popular do NPC.

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Por Max Marreiro – Aí, o Vito Gianoti chegou ao céu

É recebido por São Pedro, que lhe mostra o local, a estrututra de poder do local. Vitão, já puto dentro daquela roupa branca, começa a questionar: Mas por que caralho essa merda é assim? isso é uma puta duma sacanagem.Começa a organizar uma pequena revolta no Céu, monta um jornalzinho de oposição, etc. Imediatamente é convidado a se retirar. Vai parar no inferno. Passa-se um tempo, São Pedro curioso sobre aquele velhinho que fez um rebuliço em tão pouco tempo no céu, passa um whatasap pro Capeta responsável pelas informações do Inferno: "Oi, aqui é São Pedro. Deus gostaria de receber informações sobre o comunista velhinho que mandamos a pouco pra ai, o Vito Giannoti." Resposta recebida: "Companheiro Pedro. Para começar, deus não existe. Em segundo lugar, o companheiro Vito está ocupado pra caralhoo, preparando a assembleia dos companheiros infernais, para melhorar as condições aqui no inferno. Vocês ai em cima não receberam as últimas edições do "Inferno de Fato"? está tudo lá.

Homenagens

Por Miguel Borba de Sá – Hoje uma nova estrela brilha no céu

"Puta que o pariu!" - exclamou o novo astro celeste. "Vocês não percebem que esse Sol opressor só nos explora assim porque os planetas menores não se unem contra ele??", esbraveja delicadamente o recém-chegado astro, da forma que só um ítalo-hispano-carioca pode fazer. O novo astro tem sangue latino. Revolução: uma palavra que vem da física astronômica... planetas em revolução, sistemas em revolução, corpos celestes em revolução. Hoje a luta pelo bem do Universo ganhou um novo astro, uma estrela-exemplo de luta e visão. Um astro-gênio - e desbocado. (foda-se!) E nós? Ficamos na merda aqui. Sem nenhuma letra capaz de descrever nosso medo de lutar amanhã sem ouvir nosso querido e entusiasmante palavrão. Obrigado por tudo Vito Giannotti, nunca vou esquecer.

Pelos muros da nossa Cinelândia

De domingo para segunda, jovens amigas picharam ruas na Cinelândia. #VitoVive

   

Alguns vídeos

Vito Giannotti fala sobre seu novo livro “Comunicação dos trabalhadores e disputa de hegemonia”

O coordenador do NPC, Vito Giannotti, apresenta as principais ideias reunidas em seu livro mais recente, lançado em 2014 pela Perseu Abramo em parceria com o NPC. Para assistir,basta clicar aqui!

Alguns vídeos

Vito Giannotti participa do programa Quintas Resistentes

Ele fala sobre sua vida e apresenta o movimento operário durante a ditadura civil-miltiar brasileira. Assista!

Alguns vídeos

Vito fala sobre a centralidade da comunicação como instrumento de arma de luta

Em meados de julho, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região lançou o quadro “MOVIMENTE: Mentes que movimentam”. O primeiro entrevistado foi justamente o coordenador do NPC Vito Giannotti. Ele conta como chegou ao Brasil para permanecer três meses como turista, mas começou logo a participar da atividade política do país e a pensar a comunicação como instrumento de arma de luta. Confira!

Alguns vídeos

Entrevista inédita de Vito Giannotti à Revista Vírus Planetário

Nesse vídeo, o coordenador do NPC conta sua história de vida e fala sobre a importância da comunicação dos trabalhadores para a transformação do mundo. "Ensinam aos estudantes, na maioria dos cursos de Comunicação, que a mídia é neutra, imparcial. A mídia tem dono e defende o interesse da sua classe. E os trabalhadores devem perder qualquer ilusão nessa mídia. Só temos duas saídas: ou ficar chorando e lamentando que a mídia não nos dá espaço; ou fazermos a nossa imprensa. Mas existe uma falta de compreensão na esquerda de que sem comunicação não existe mudança de sociedade”. Assista!

Alguns vídeos

Depoimento de Vito Giannotti a Fisenge 

Coordenador do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), Vito Giannotti fala sobre a organização e a produção do livro de memórias da Fisenge. Assista!

Alguns vídeos

Ciao, Vito

Assista a homenagem ao Vito feita durante o curso anual do NPC!

Confira outras notícias no site do NPC

Edição Especial

Para jornalistas, dirigentes, militantes e assessores sindicais e dos Movimentos Sociais

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