Boletim do NPC

Estão encerradas as inscrições para o 22º Curso Anual do NPC!

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4 de novembro de 2016

Notícias do NPC

Vídeo sobre Livro-Agenda NPC de 2017

Nessa semana, recebemos um vídeo de três minutos de Aline Gusmão, que registrou o momento em que recebeu a agenda e aproveitou para mostrar como são as páginas do material. O vídeo dá vontade de conhecer mais esse rico material! Assista!

Artigos

É a política, não a matemática: em vez de dialogar com os estudantes, o MEC preferiu adiar o Enem

[Por Flávia Oliveira/ O Globo] Matematicamente, a conta é tão simples que está na grade curricular do ensino fundamental. É de 2,2% a proporção de estudantes que farão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) um mês depois do previsto, em razão das ocupações nas escolas. São 191.494 num universo de 8,6 milhões de inscritos; dois em cada cem. Difícil crer que o aparelho burocrático do Ministério da Educação não teve tempo ou habilidade para remanejar os locais de prova de dois centésimos dos estudantes. Por trás do adiamento está a decisão política de retaliar a reação dos jovens à medida provisória da reforma do ensino médio e aos efeitos da PEC 241 (renumerada no Senado para PEC 55) no orçamento da educação. | Continue lendo.

De Olho Na Mídia

Por Claudia Santiago Giannotti: para ajudar a pensar sobre o resultado das eleições no Rio

A jornalista do NPC, Claudia Santiago Giannotti, fez uma publicação no Facebook convocando todos e todas a pensar sobre o resultado das eleições no Rio. Ela lembrou a existência do jornal “Folha Universal”, distribuído de mão em mão, desde 1992. Tiragem? Mais de 1 milhão e 700 mil. E o jornal da esquerda, cadê? Essa é a preocupação que tem motivado o NPC há 20 anos.

Proposta de Pauta

Brasil é o país que mais mata no mundo

[Por Sérgio Domingues/ Pílulas Diárias] Em 28/10, os jornais divulgaram dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. As estatísticas revelam o Brasil como o país que mais mata no mundo. Entre 2011 e 2015, foram 278 mil ocorrências de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenção policial no Brasil. No mesmo período, foram 256 mil mortes violentas na Síria, em guerra civil desde 2011. Mas aqui também não passaríamos por um conflito interno não oficializado? De um lado a polícia mais violenta do planeta. De outro, criminosos que, estranhamente, têm acesso a armamento pesado de uso exclusivo das forças armadas. Aqui, como na Síria, as maiores vítimas são inocentes, principalmente pretos e pobres. Mas, se tudo isso é verdade, onde estariam nossos refugiados? No encontro em que foram anunciados os terríveis números de nossa “segurança pública”, Michel Temer anunciou mais verbas para o setor. Destas, pelo menos, R$ 788 milhões para a construção de penitenciárias. Mais prisões num país que está entre os que mais encarceram no mundo sem que isso tenha levado a qualquer alívio importante na violência. Possivelmente, são nesses cárceres que estão muitos de nossos refugiados. Neles e nos bairros pobres, verdadeiros campos de internação, com seus toques de recolher impostos por polícia, milícia ou tráfico. Leia outras pílulas.

De olho no mundo

Igreja no Mississipi é queimada e pichada com slogan de Trump

A Polícia está investigando o incêndio em uma igreja frequentada pela comunidade negra no Mississippi como um potencial ataque e crime de ódio, depois que o slogan do candidato republicano à presidência dos EUA, Donald Trump, foi pichado em seu exterior. O prédio queimado na noite de terça-feira, por volta das 21h locais, era a histórica Igreja Batista Missionária Hopewell, em Greenville, cidade de 32.000 habitantes às margens do rio Mississippi. Não há informações de vítimas. “A igreja foi vandalizada com as palavras ‘Vote Trump’ na parte externa”, apontou o major Errick Simmons em coletiva de imprensa, descrevendo o incêndio como “um ato odioso e covarde”. [...] Esse tipo de ataque evoca as violentas perseguições sofridas pela comunidade negra nos estados do sul – Mississippi em particular – durante o movimento pelos direitos civis dos anos 1960, liderado por Martin Luther King. Ele acabou assassinado em 1968.

De Olho Na Vida

Juiz autoriza uso de técnica de tortura para desocupação de escola no DF

Para acabar com uma ocupação de estudantes em um colégio em Taguatinga, no Distrito Federal, um juiz da Vara da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça do Distrito Federal autorizou o uso de técnicas de tortura adotadas pela CIA. Ele determinou o corte de água e energia, isolamento físico e utilização de instrumentos sonoros para impedir o sono dos adolescentes. De acordo com o juiz, as técnicas servirão "como forma de auxiliar no convencimento à desocupação", que será feita pela Polícia Militar.

Radiografia da Comunicação Sindical

‘Eva viu a uva’: vídeo da Contee sobre a Escola Sem Partido

A Contee (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino) preparou um vídeo curtinho, de 1 minuto e meio, sobre os prejuízos à educação previstos pela Lei da Mordaça, chamada de Escola Sem Partido. Assista ao vídeo!

Democratização da Comunicação

FNDC expressa preocupação com o redirecionamento editorial da TV pública de Minas Gerais

O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) repudia a grave intervenção na TV pública de Minas Gerais, a Rede Minas, que resultou na dispensa de seu presidente, Israel do Vale, além de outros dois diretores, na semana passada. A decisão ameaça a continuidade de um projeto de comunicação pública pautado pela autonomia editorial, a diversidade e a pluralidade de conteúdos. Gera uma ruptura preocupante, num momento promissor, e coloca sob risco uma proposta inovadora, na iminência da implantação do projeto de TV digital interativa. |Continue lendo.

NPC Informa

Dossiê: mídia, opinião pública e política

Saiu o número 12 da revista PERSEU, com um dossiê sobre MÍDIA, OPINIÃO PÚBLICA e POLÍTICA. O conjunto se inicia com um artigo sobre a imprensa comunista nas décadas de 1940 e 1950 no Brasil. Através da produção de jornais diários de grande circulação, o Partido Comunista do Brasil (PCB) construiu uma experiência ímpar de imprensa contra-hegemônica de massa neste período. O segundo artigo apresenta debates teóricos sobre democracia, participação e representação. O texto passa por temáticas como liberdade de expressão e de opinião, mídia e mercado, interesses corporativos e interesse público. Seguindo nesta linha, o terceiro estudo refere-se ao jornalismo econômico, apresentando o histórico e as características desta vertente. Destacam-se a utilização de linguagem técnica e a parcialidade da informação divulgada, estudando o caso da privatização da Telebras nos anos 1990. Também apresentam-se documentos, artigos e uma resenha sobre “Televisão e política: uma história dos canais e redes de TV no Paraná (1954-1985)". Para acessar esse número da revista, basta clicar aqui.

Memória

Atividade, em Volta Redonda, lembra o massacre dos trabalhadores da CSN de 1988 

“No dia 7 de novembro de 1988, os operários da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) entraram em greve. Lutavam pela implantação do turno de 6 horas, reposição de salários usurpados por planos econômicos e reintegração dos demitidos por atuação sindical. A greve envolveu a comunidade de Volta Redonda. No dia 9 de novembro, soldados do Exército de vários quartéis do estado e do Batalhão de Choques da Polícia Militar do Rio de Janeiro dispersaram uma manifestação em frente ao escritório central da companhia e invadiram a usina. Mataram William Fernandes Leite, 22 anos, com tiro de metralhadora no pescoço. Mataram Valmir Freitas Monteiro, 27 anos, com tiro de metralhadora nas costas. Mataram Carlos Augusto Barroso, 19 anos, com esmagamento de crânio”. Esse é um trecho de um texto escrito pela jornalista Claudia Santiago Giannotti, do NPC, sobre este trágico acontecimento que marcou a história da cidade e dos trabalhadores brasileiros em geral. Para lembrar a data, no dia 9 de novembro deste ano será lançado o Centro de Referência e Memória, com debate e exibição do documentário “Sacerdote do Povo”, sobre a vida de Dom Waldir Calheiros. A atividade será na Rua Doze, s/n, Vila Santa Cecília.

Entrevistas

José Luiz Del Roio: Escravidão, um passado que nunca passou

[Por Rosângela Ribeiro Gil – São Paulo] Recentemente, tive a oportunidade de entrevistar um ativista sindical ítalo-brasileiro de 74 anos de idade, em plena militância e vontade de que as coisas mudem e melhorem para a classe operária, por quem diz nutrir um “profundo amor”. José Luiz Del Roio tem uma ficha ativista e profissional extensa, entre elas radialista por quase 20 anos na Itália. Nascido em São Paulo, ele está envolvido nas lutas sociais desde os 17 anos de idade. Em 19 de setembro último, foi relançado o seu livro “1º de Maio: sua origem, seu significado, suas lutas”, cuja primeira impressão foi na comemoração dos 100 anos da data, em 1986. Del Roio, ao saber que eu fazia parte da “prole” adotada de Vito Giannotti, parou, jogou longe o olhar e disse meio cerimonioso: “Ele era um apóstolo da luta operária. Ele era o próprio personagem do Marcello Mastroianni [professor Sinigaglia] naquele filme de [Mario] Monicelli, ‘Os companheiros’.” As emoções nos lembram de que viver é preciso, e lutar também. | Leia a entrevista completa.

Dicas

Livro ‘Propaganda e legitimação na ditadura militar brasileira (1968-1977)’

Foi lançado, em outubro, o livro “Propaganda e legitimação na ditadura militar brasileira (1968-1977)”, pela Editora Prismas. O trabalho é fruto da dissertação de mestrado defendida pelo autor David Antonio de Castro Netto no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual de Maringá. O objetivo do livro é analisar as relações estabelecidas entre a ditadura e as propagandas brasileiras, com destaque para aquelas veiculadas na televisão. Entre outros assuntos, o livro trata da ascensão das agências nacionais e sua aproximação ideológica com o "projeto de comunicação" veiculado pela agência oficial, a Assessoria Especial de Relações Públicas (AERP) e sua sucessora, a Assessoria de Relações Públicas (ARP). O livro pode ser adquirido no site da editora. Confira!

Dicas

Série Black Mirror ajuda a pensar nas consequências da tecnologia

No último mês estreou, na Netflix, a nova temporada da série Black Mirror, que trata do avanço e do poder dos aparelhos eletrônicos e das consequências da dependência tecnológica. Os últimos dois capítulos, especialmente, são boas dicas para quem quer pensar sobre a fabricação dos inimigos e também sobre as consequências da destilação do discurso de ódio pelas redes sociais. “Black Mirror tem como característica a capacidade de gerar uma espécie de paranoia tecnológica, uma angústia relacionada à maneira como a interface digital está se fazendo presente de maneira determinante em todos os âmbitos da vida em sociedade”, publicou Ana Freitas no artigo “Por que a série ‘Black Mirror’ é tão perturbadora”. Para ler, basta acessar aqui.

Pérolas

Por Ana Júlia, de 16 anos, em discurso na Assembleia Legislativa do Paraná

A minha pergunta inicial é: De quem é a escola? A quem a escola pertence? [...] É com a confiança de que vocês conhecem essa resposta que eu falo sobre a legitimidade desse movimento [de ocupação das escolas]. É um insulto a nós que estamos lá, nos dedicando e procurando motivação todos dias, ser chamados de doutrinados. É um insulto aos estudantes, é um insulto aos professores. A nossa dificuldade em conseguir formar um pensamento é muito maior que a de vocês. Temos que ver tudo que a mídia nos passa, fazer um processo de compreensão, de seleção, para conseguir ver do que vamos ser contra, do que vamos ser a favor. É um processo difícil decidir por que lutar. Mesmo assim a gente ergueu a cabeça e estamos enfrentando isso. [Para assistir ao discurso completo, basta acessar aqui.]

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Edição 321

Para jornalistas, dirigentes, militantes e assessores sindicais e dos Movimentos Sociais

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Equipe
Coordenação: Claudia Giannotti
Edição: Claudia Giannotti (MTB 14.915)
Redação: Claudia Giannotti, Sheila Jacob e Luisa Santiago

Colaboraram nesta edição: Eric Fenelon (RJ), Gizele Martins (RJ), Marina Schneider (RJ).

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