O resultado do 9º Curso Anual de Comunicação Sindical e Popular foi muito superior ao esperado. Não ao que nós, os organizadores, esperávamos, mas ao que os participantes procuravam encontrar. Esta certeza vem das avaliações feitas por escrito e de maneira anônima pelos participantes.

Além deste termômetro, temos as avaliações orais feitas no fim do mesmo e os inúmeros telefonemas recebidos durante a semana imediatamente posterior à realização do encontro.

Atribuímos este resultado aos seguintes fatores:

1. A qualidade dos vários palestrantes. Foram pessoas ligadas diretamente à Comunicação, de experiência plural e todos com a mão na massa. Tivemos presentes desde assessores da CNBB (como o professor Pedrinho Guareschi), a professores de Comunicação (como José Arbex Jr. e Marialva Barbosa), a sociólogos, e a representantes de experiências de Comunicação, como Raimundo Pereira, ou Maringoni.

Tivemos gente que está no Governo, (como o prof. Marco Dantas), como críticos radicais do mesmo, (como Mário Maestri.) e atores diretos de Movimentos Sociais (como Gilmar Mauro), do MST.

Tivemos depoimentos emocionados e emocionantes (como os da Adelaide Gonçalves e os do Raimundo Pereira), ao lado de outros desconcertantes por sua clareza  de análise e tragicidade (como os da Isleide Fontelles e Carlos Dornelles).

Houve oficinas extremamente interessantes como a com Paulo Riccordi e a com Eduardo Alves.

E, finalmente, tivemos a bateria de intervenções dos membros do NPC: começou com Claudia Santiago, passou pelo Reginaldo Moraes, Sergio Domingues e terminou comigo, Vito Giannotti.

Da primeira programação inicial só furaram duas: a sobre Web-rádio e a sobre Mídia e favela, por problemas que independeram do NPC e da vontade dos convidados em participar.

2 Outro fator que enriqueceu este 9º Encontro foi ter tido a presença de participantes de Movimentos sociais (como o MST, o MAB, e Movimentos de favelas). Isto trouxe novas sensibilidades e novos enfoques para os dirigentes sindicais e os jornalistas que habitualmente são a única presença nos nossos cursos.

3 O terceiro fator foi a atualidade dos temas e sua centralidade na conjuntura do momento. Revendo o folder com o programa final, uma semana após a realização do curso, salta aos olhos a utilidade dos temas tratados para o dia-a-dia de hoje.

 

O resultado central deste esforço, fruto de muitas vontades coletivas, será sentido ao longo dos próximos tempos. Os quase 50 jornalistas sindicais e comunitários presentes voltaram para seus estados, Tocantins, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Maranhão, São Paulo, Distrito Federal, Mina Gerais, Paraná, Pernambuco, Paraíba, Espírito Santos, Bahia, Pará, Rondônia muito mais preparados para fazer uma boa comunicação sindical e comunitária.

Este não é um resultado tangível, mas será visível daqui a alguns meses, analisando os jornais e boletins antes e depois do 9º Curso. O objetivo final deste encontro era de municiar os participantes para serem mais capazes de comunicar toda a política dos sindicatos cutistas com milhares de trabalhadores. Comunicar com nossos próprios instrumentos, sem nenhuma ilusão na imprensa “deles”. Melhorar nossa pauta, nossa linguagem e fazer tudo isso com uma forma atraente, viva e dinâmica.

 

Ah!, estava esquecendo: no final do curso…

  foi lançado o 1º Premio de Jornalismo Sindical – 2004.

 Serão premiados os melhores jornais sindicais, da área cutista, produzidos em março, abril e maio de 2004. Os critérios e as regras do mesmo serão publicadas no próximo boletim.

Aguardem.

 

Desejamos a todos e todas um 2004 melhor do que 2003. Bom Ano Novo!

(Vito Giannotti, coordenador do NPC)

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