Luisa Santiago

Nosso objetivo não se resume a ser uma exposição história. Queremos relacionar as lutas de ontem com as de hoje

[Por Fania Rodrigues – Brasil de Fato RJ – 15.05.2017]  Comunicação popular, teatro e música. Tudo junto em um evento aberto na Cinelândia, no Centro do Rio de Janeiro. Essa é a proposta do 1º Festival da Comunicação Sindical e Popular que será realizado pelo Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), no dia 25 de maio, das 10h às 20h. Uma oportunidade da população ter contato direto com jornalistas, comunicadores, formadores de opinião e pessoas que lutam por meios de informação mais democráticos.

“Os temas das aulas foram pensados por conta das celebrações do centenário da Revolução Russa e pela atualidade dessas pautas, que voltaram ao cotidiano dos trabalhadores brasileiros. Movimentos populares e sindicais estão diante de grandes batalhas. Acreditamos que conhecer a história é fundamental para que os trabalhadores possam fortalecer suas lutas contra os retrocessos que tramitam e podem ser aprovados no Congresso”, aponta Luisa Santiago.

Por meio desta entrevista, concedida a jornalista Fania Rodrigues, do Jornal Brasil de Fato, Luisa Santiago conta quem vai participar do festival e como será a programação.

Brasil de Fato: Vi que a ideia do festival é que ele seja uma grande intervenção cultural, livre e democrática, para celebrar os veículos de comunicação sindicais e populares. Você pode citar alguns coletivos que vão estar no festival?

Luisa Santiago: Teremos a participação de sindicatos, movimentos e coletivos de comunicação popular do Rio e de outros estados. Entre os confirmados estão o Jornal Abaixo Assinado, CDD Notícias, O Cidadão, Coletivo Papo Reto, Cimi, Senge-Rj, a Fisenge, Sindipetro-RJ, TV Tagarela, PACS, Brasil de Fato, Sinttel Rio, o Sinpro-DF, o Coletivo Terra Sem Males, a Revista Vírus, Voz das Comunidades Populares, o Sintufrj e o Sindiconir. E ainda estão chegando confirmações.

Brasil de Fato: Quem serão os palestrantes? Pode citar alguns nomes?

Luisa: São três aulas públicas. Uma sobre os 100 anos da Revolução Russa, com Darlan Montenegro; outra sobre a Greve Geral de 1917 no Brasil e a luta pela redução da jornada de trabalho, com Josué Medeiros, professor da UFRJ e do NPC; e outra sobre Globalização, Trabalho e Comunicação, com  Reginaldo Moraes, cientista político e professor da UNICAMP.

Brasil de Fato: Estão previstas palestras sobre a greve de 2017 no Brasil e os 100 Anos da Greve das Tecelãs na Rússia. Qual a importância desses dois eventos para a classe trabalhadora, considerando o atual momento político do Brasil?

Luisa: Os temas das aulas foram pensados por conta das celebrações que o ano de 2017 marca e, é claro, por conta de pautas de luta que voltam a estar presentes na vida dos trabalhadores brasileiros hoje. Não poderíamos começar um dia como esses sem falar dos 100 anos da Revolução Russa, um marco na história da esquerda mundial, e sem lembrar como as lutas por melhores condições de trabalho e pela garantia da jornada de 8 horas no Brasil começaram há muitos anos. Acreditamos que conhecer a história é fundamental para que os trabalhadores possam fortalecer suas lutas contra os retrocessos que estão cada vez mais próximos com essas reformas que tramitam no Congresso.