filho_de_saul

Está em cartaz o longa húngaro “O filho de Saul”, indicado a Oscar de melhor filme estrangeiro na premiação de 2016. Nós, espectadores, acompanhamos o drama do personagem judeu que dá nome ao filme. Ele trabalha em um crematório de campo de concentração, colaborando assim, de forma indireta, com o genocídio provocado pelos nazistas. Logo no início ele identifica o filho entre os mortos e faz de tudo para encontrar um rabino e, assim, finalmente enterrar o menino. A câmera, que acompanha de muito perto o protagonista, dá a sensação de que estamos participando dos acontecimentos junto àquele pai desesperado. O filme foge da abordagem tradicional de vitimização ao nos propor uma reflexão sobre o que um homem é capaz para proporcionar justiça e salvação eterna a quem ama profundamente, mas já se foi.