Acreditamos sinceramente já se ter passado o tempo em que jornalismo podia ser concebido como uma atividade limitada à elaboração do produto/noticia, com os melhores recursos técnicos disponíveis, dentre os quais o talento e o “desejo de verdade” de um intimorato profissional. É claro que estes
pressupostos continuam a ser cívica e politicamente desejáveis, mas o agigantamento da função informacional e sua quase coincidência com o tecido orgânico da própria sociedade conduzem à reivindicação ético-política de uma praxis – elaboração teórica simultânea à aplicação técnica – propriamente
jornalística.