A organização da Copa do Mundo ocorre da mesma forma em todos os países? O custo social do Mundial é igual em todos eles? São questões que o livro “Copa para quem e para quê? Um olhar sobre os legados dos mundiais no Brasil, África do Sul e Alemanha” busca responder. Editada pela Fundação Heinrich Böll Brasil (HBS), a publicação compara os preparativos das Copas da Alemanha (2006), da África do Sul (2010) e do Brasil (2014). De forma crítica, mostra como as ações da Fifa, governos e patrocinadores mercantilizam os espaços públicos, sempre com a justificativa de que os países serão beneficiados pelo legado do evento. 

De acordo com as análises, na Alemanha o legado foi simbólico, apresentando os alemães como um povo festivo e amigável. O legado da África do Sul também trouxe mudanças na imagem do país, apesar do endividamento público para construção de estádios e das violações de direitos, como remoções forçadas de milhares de famílias para áreas “provisórias” de moradia, nas quais permanecem até hoje. No Brasil, ainda é cedo para afirmar qual será o legado e o custo social do Mundial. Estima-se, no entanto, que 250 mil pessoas serão removidas no processo de organização da Copa e das Olimpíadas de 2016. Somente no Rio, 1.860 famílias já foram removidas e outras 5.325 estão ameaças de remoção forçada.

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