convite lançamento_TeonesA livraria Antonio Gramsci recebe na segunda-feira, dia 11 de novembro, o lançamento de  “Novo Sindicalismo No Brasil – Histórico de Uma Desconstrução”, do professor e historiador Teones França. O evento começa às 18h30 e contará com um  debate entre o autor e o coordenador do Núcleo Piratininga de Comunicação, Vito Giannotti, um dos maiores especialistas  em história do sindicalismo do Brasil.

A obra analisa as visões de algumas correntes da Central Única dos Trabalhadores no período de 1988 a 2000 e aborda a transformação do sindicalismo, antes crítico ao capital e ao Estado e, depois, como afirma Teones, conformado diante deles.  É uma volta ao passado muito importante para buscar entender o que acontece no sindicalismo hoje. Um sindicalismo que, segundo o autor, após as grandes transformações na produção vem se tornando cada vez mais institucionalizado com relação à ordem vigente.

“Das condições materiais da chamada reestruturação produtiva, aos fatores da subjetividade política das lideranças que explicam a mudança nas relações com o Estado, sem descuidar dos referenciais que o ajudam a entender o potencial e os limites do sindicalismo, Teones nos apresenta um roteiro fundamental para compreendermos para onde foi o novo sindicalismo”, afirma o professor de História Marcelo Badaró, na orelha do livro.

O livro, publicado pela editora Cortez, custa R$ 42.

 

Serviço:

Lançamento de “Novo sindicalismo no Brasil – histórico de uma desconstrução”, de Teones França

Data: 11/11/2013 (segunda-feira)

Local: Livraria Antonio Gramsci

Endereço: Rua Alcindo Guanabara, 17, térreo (hall), Cinelândia, Rio de Janeiro. Rua do Bar Amarelinho, lateral da Câmara Municipal.

Preço: R$ 42 (Aceitamos cartões de crédito e débito)

Informações: (21) 2220 4623 e livraria@piratininga.org.br

Compras pela internet através do site livrariagramsci.com.br

 

Confira a apresentação, feita por Ricardo Antunes e o texto da orelha, de autoria de Marcelo Badaró.

Transcorridas três décadas depois do nascimento do novo sindicalismo no Brasil, cujo marco pode ser datado com a criação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em 1983, muitas foram as suas metamorfoses e mutações. O projeto inicial estruturado com base no sindicalismo de classe, autônomo em relação à estrutura sindical e independente em relação ao ideário dominante, deu lugar a algo que, em muitas de suas dimensões, é quase o seu oposto.

Preservou-se muito da velha estrutura sindical atrelada ao estado, com sua feição burocratizada e cada vez mais verticalizada; manteve-se sua dependência em relação às verbas estatais (como o imposto sindical e FATs), para não falar da sua conversão em participes dos fundos de pensão e seu mercado de capitais.            

Um sindicalismo negocial, cada vez mais baseado nas parcerias, acabou, finalmente, tornando-se dominante. Foi exatamente para procurar auxiliar na compreensão deste fenômeno que Teones França oferece o seu livro NOVO SINDICALISMO NO BRASIL: histórico de uma desconstrução.

Voltar “ao passado e tentar encontrar pistas para a explicação de indagações postas pelo presente” foi, como diz o autor, seu objetivo primeiro. Empreitada necessária para todo/as que querem fazer florescer outro tipo de sindicalismo.

                                             POR: RICARDO ANTUNES

 

Aqueles que como eu conheceram o sindicalismo brasileiro nos anos 1980 acostumaram-se a ver um polo mais combativo, com um discurso fortemente marcado pela defesa da autonomia de classe perante o Estado e os interesses patronais. Aquele polo, responsável por milhares de greves, tinha uma direção claramente identificada na CUT. Isso deve ser difícil de acreditar para um observador que só tenha sido apresentado ao sindicalismo cutista nestes nossos tempos de comportamento “colaborativo” com o governo e os patrões.

O livro de Teones França é uma leitura obrigatória para quem quer entender as razões de tal contraste. Das condições materiais da chamada reestruturação produtiva, aos fatores da subjetividade política das lideranças que explicam a mudança nas relações com o Estado, sem descuidar dos referenciais que o ajudam a entender o potencial e os limites do sindicalismo, Teones nos apresenta um roteiro fundamental para compreendermos para onde foi o novo sindicalismo.

                                             POR: MARCELO BADARÓ