Foto: Divulgação Câmara

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[Por Sérgio Domingues] Muito boa a entrevista do engenheiro agrônomo Leonardo Melgarejo ao site da Unisinos, IHU-Online, publicada em 03/06. E assustadora, também. Trata-se de um depoimento extenso e com muitas informações. Merece ser lida na íntegra. Mas destaquemos alguns trechos:  

…“cerca de 99,9% dos produtos transgênicos cultivados no mundo correspondem a plantas que foram geneticamente modificadas para conseguirem tomar banhos de herbicida, sem morrer, ou para produzir uma proteínas tóxicas, que estarão presentes em todas suas células.

O problema é que as leis de adaptação da natureza fazem surgir pragas mais resistentes. E o uso de agrotóxicos precisa aumentar. Agricultores que até 2012 usavam 70 ml do inseticida Prêmio, da DuPont, por exemplo, agora utilizam 150 ml. Não é difícil imaginar as consequências para nossa saúde”.

Mas não é só isso. Há o problema econômico. “Na última safra, diz Melgarejo, o custo de produção da soja, na Bahia, passou de US$ 100 para US$ 200 por hectare. No caso do algodão, os gastos passaram de US$ 400 para US$ 800 por hectare”.

Advinha quem lucra? O entrevistado responde:  

“As empresas que controlam o mercado de agrotóxicos controlam também o mercado de sementes, e as sementes transgênicas fazem parte de pacotes tecnológicos que não existiriam sem os agrotóxicos.”

Melgarejo é representante do Ministério do Desenvolvimento Agrário na Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). O órgão deveria garantir a segurança biológica. Mas a posição dele é minoritária. A maioria vota de acordo com os interesses dos monopólios. E estes não podem conciliar proteção à vida com seus lucros, razão de sua existência e motivo de nossas tragédias sociais.

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