[Por Vito Giannotti] Na Carta Capital de 8/4/09, Mino Carta mostra sua indignação contra a construção do que podemos chamar de “o muro da vergonha do Rio de Janeiro”. Na seção “A Semana”, um curto título diz tudo: “Favelas no paredão”. Mino deixa clara sua posição: “A iniciativa do governador Sérgio Cabral (PMDB) agrada em cheio àquela parcela da população que, se pudesse, além de murar, taparia com uma laje ou implodiria as aglomerações de pobres que recobrem os morros cariocas”.

Mas até aqui nada de novo.


O que é novo é ver a estatística do DataFolha, de 13/4, que mostra que um número maior de pobres do que ricos aprova a construção deste muro da infâmia, no Rio. O muro da vergonha. Em porcentagem, 50% dos que ganham mais de dez salários mínimos são CONTRA o muro, enquanto somente 39% dos que ganham até 2 salários mínimos também são contra. E mais: 51% dos mais pobres são A FAVOR, enquanto 45% dos mais ricos o apóiam.

 

Por que esses 51% querem o muro? De onde veio esta reação da população das próprias favelas a favor do muro da exclusão total, da segregação, da vergonha? 

Só tem uma origem possível. Da campanha de anos e anos da mídia empresarial baseada na cultura do medo, do pavor do pobre e da identificação da pobreza com a violência. Esse é o mundo que a mídia comercial cria, alimenta, sustenta e amplifica a cada dia. Essa é a batalha da hegemonia.

 

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