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[Por Emilio Azevedo] O Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC) está organizando a Teia de Comunicação Popular do Brasil. Trata-se de uma rede de solidariedade, com objetivo de mapear, mobilizar, potencializar e estimular a articulação de diferentes experiências de comunicação popular, espalhadas pelo país. A Teia pretende fortalecer e dar mais visibilidade às lutas do povo.

Nesse começo de fevereiro, o NPC já começa a mapear, nas diferentes regiões do país, as experiências de comunicação próximas aos trabalhadores, periferias urbanas, camponeses, povos e comunidades tradicionais, defesa dos direitos humanos, meio ambiente. “Estamos dando os primeiros passos, ouvindo as pessoas, organizando as sugestões”, explica a jornalista e historiadora Claudia Santiago, coordenadora do NPC.

O projeto surge a partir da experiência acumulada ao longo de quase 25 anos de caminhada do Núcleo, com a realização de inúmeros cursos de formação e milhares de contatos em diversos pontos do país. Segundo Claudia Santiago, diante da difícil conjuntura que Brasil enfrenta hoje, “o Núcleo reconhece sua possibilidade e responsabilidade. Queremos fazer nossa parte”.

Segundo avaliação do NPC, no Brasil, os trabalhadores e o povo organizado em seus territórios ainda carecem muito de comunicação.  A potencialidade das novas mídias, associadas à internet, ainda não chegou a muitos que lutam pelos mais diferentes direitos.

Durante o Fórum Social Mundial, que ocorrerá entre os dias 13 e 18 de março, em Salvador (BA), está prevista a leitura do manifesto de lançamento da Teia de Comunicação Popular do Brasil. Ao longo do ano está sendo pensado um calendário de articulações que passa pelo Rio de Janeiro, Fortaleza e Curitiba.

“Tenho dito que nós queremos uma comunicação que fortaleça a organização popular e uma organização popular que potencialize a comunicação desses grupos. Tudo isso numa rede de solidariedade. Essa é a Teia que estamos planejando mobilizar”, resume Claudia Santiago.