“Sartre dizia que a tarefa do escritor é fazer com que ninguém possa ignorar o mundo e se considerar inocente diante dele. Pergunto se essa não é a nossa tarefa, também, como pesquisadores e, fundamentalmente, como educadores. A cada vez que entro em uma sala de aula, quando me sento para ler uma tese ou para escrever sobre um livro, quando me vejo nessa posição, em um evento acadêmico sobre literatura, penso o quanto seria inócuo um trabalho, uma vida, que ignorasse a sua implicação e a sua responsabilidade com o mundo lá fora, para além dessas paredes que nos protegem e nos sufocam.”