O jornal “O Globo” publicou no domingo (15/9) uma matéria de três páginas sobre a fragilidade da saúde pública no Brasil, principalmente em áreas distantes das capitais do Estado. Os principais problemas são, segundo a reportagem, a falta de estrutura, a carência e o descaso de médicos e do poder público local. “No município de Amontada, a 149 quilômetros de Fortaleza, seis recém-nascidos já morreram este ano. Quem mora em Moitas, Aracatiara ou Nascente, localidades mais afastadas e ligadas ao município, sofre com falta de atenção básica e não recebe visitas de médicos ou agentes de saúde. Apesar de contar com 12 equipes do Programa de Saúde da Família (PSF), nenhuma delas possuía médico”, relata a matéria. Outras denúncias envolvem os municípios de Santo Antônio de Posse (SP), onde as consultas com um médico no PSF só acontecem durante duas horas por dia; e Araci (BA), que possui apenas 12 médicos. Moradores de Marsilac, o bairro com menor renda média mensal da cidade de São Paulo, também reclamam do atendimento. Um dos postos de saúde do bairro ficou cerca de dois meses sem médico. Frente a um quadro tão precário, demonstrado pela realidade vivida em municípios das regiões Sudeste e Nordeste, a vinda de médicos estrangeiros ao Brasil representa um banho de esperança para quem sofre diariamente com essa situação. Não é à toa que o nome da matéria publicada pelo jornal O Globo é: “Os cubanos estão chegando”, a oração dos desassistidos. Leia a matéria completa feita por Marcelle Ribeiro, Letícia Lins, Janayde Gonçalves e Biaggio Talent, do jornal O Globo Online.