[Por Claudia Santiago – NPC] Uma rápida olhada pelo Caderno “Ela” que circula aos sábados no carioca “O Globo” assusta sobre que tipo de ideia este jornalismo tem e transmite sobre a mulher. É um caderno feito para as mulheres ricas ou endividadas, e brancas ou falsificadas. Todas, sem exceção, possuídas por uma sanha consumista, e em busca da eterna juventude. Lambuzadas de cremes de todos os tipos, do último fio do cabelo ao dedão do pé. Qual a justificativa para este tipo de caderno? Vender produtos? Uma publicação voltada para mulheres mereceria uma nota que fosse que denotasse que a mulher é um ser inteligente, que pode pensar até em cuidar do cérebro, além da celulite e da lipoaspiração. Mas isso só em outra imprensa, outra mídia, não em “O Globo”. Uma perguntinha… onde ficam os milhões de mulheres cariocas que não se enquadram nestes padrões globais? Como se sentiriam, se por acaso vissem este caderno, as milhares e milhares de mulheres jovens e nem mais jovens que todo dia descem dos trens lotados da Central do Brasil, entre 5 e 8 horas?