premio_antonietaA Seppir lançou na sexta-feira, 4 de setembro, o edital do Prêmio Antonieta de Barros para Jovens Comunicadores Negros e Negras, que irá contemplar 30 iniciativas ou atividades de comunicação realizadas por jovens negros e negras.

As ações devem ser voltadas para a promoção da igualdade racial e a superação do racismo. Cada iniciativa receberá um prêmio de R$ 20.000,00. Ao todo são R$ 600 mil em prêmios para fortalecer a comunicação negra no país.

Os interessados podem inscrever as suas iniciativas até o dia 19 de outubro, protocolando o projeto pessoalmente na Seppir (Esplanada dos Ministérios, Bloco A, Brasília), enviando o material pelos Correios, ou mesmo via Internet, pelo e-mail premio.jovenscomunicadores@seppir.gov.br.

Uma comissão técnica composta pela Seppir analisará os projetos, incluindo representantes da sociedade civil organizada, Seppir e Secretaria Nacional da Juventude.

O resultado preliminar do prêmio está previsto para 09 de novembro de 2015, e a homologação do processo no dia 19 de novembro.

Sobre Antonieta de Barros

Catarinense nascida em 11 de julho de 1901, Antonieta de Barros foi uma pioneira no combate a discriminação dos negros e das mulheres. Foi a primeira deputada estadual negra do país e primeira deputada mulher do estado de Santa Catarina.

Além da militância política, Antonieta participou ativamente da vida cultural de seu estado. Fundou e dirigiu o jornal A Semana entre os anos de 1922 e 1927. Neste período, por meio de suas crônicas, ela veiculava suas ideias, principalmente aquelas ligadas às questões da educação, dos desmandos políticos, da condição feminina e do preconceito racial. Dirigiu também a revista quinzenal Vida Ilhoa, em 1930, e escreveu vários artigos para jornais locais. Com o pseudônimo de Maria da Ilha, escreveu, em 1937, o livro Farrapos de Ideias.

Ao longo de sua vida, Antonieta atuou como professora, jornalista e escritora. Como tal, destacou-se, entre outros aspectos, pela coragem de expressar suas ideias dentro de um contexto histórico que não permitia às mulheres a livre expressão; por ter conquistado um espaço na imprensa e por meio dele opinar sobre as mais diversas questões; e principalmente por ter lutado pelos menos favorecidos, visando sempre a educação da população mais carente.

Antonieta faleceu no dia 18 de março de 1952, com 50 anos.