21 de setembro de 2016
Curso Anual do NPC
O nome da mesa de abertura faz uma referência ao documentário “Ao sul da fronteira”, de 2009, dirigido por Oliver Stone. Neste filme, o diretor nos mostrou a esperança que despertou no continente sul-americano após a eleição de governos progressistas, que se identificavam com os interesses do povo trabalhador e ousaram enfrentar os interesses dos EUA na região. Quando o filme foi feito, estavam eleitos Hugo Chávez (Venezuela), Cristina Kirchner (Argentina), Evo Morales (Bolívia), Lula (Brasil), Fernando Lugo (Paraguai), Rafael Correa (Equador) e Raul Castro (Cuba). E hoje? Que mudanças ocorreram após o desmoronamento de tal sonho?
Nesse momento inicial do curso, procuraremos refletir sobre o que passa ao sul da fronteira, em tempos tão difíceis para a esquerda e para a classe trabalhadora de nosso continente. Para colaborar com esse debate, convidamos o frade dominicano e escritor Frei Betto, autor de 60 livros, assessor de movimentos sociais e fundador da Agência de Notícias Frei Tito para América Latina (Adital); o diplomata Samuel Pinheiro Guimarães, que foi secretário-geral das Relações Exteriores e alto-representante geral do Mercosul; a cientista política Flavia Braga Vieira, professora da UFRRJ e assessora de movimentos sociais, em especial o MAB; o professor Francisco Carlos Teixeira, especialista em História Social do Brasil, que atua no Programa de Pós-Graduação em Ciências Militar do Exército; e o jornalista Beto Almeida, fundador da Telesur e presidente da TV Cidade Livre de Brasília.
Curso Anual do NPC
Há alguns anos, nós, do NPC, temos estimulado que os trabalhadores desenvolvam seus próprios meios de comunicação, para poder fazer frente aos de maior alcance. Estes, como sabemos, são dominados por apenas algumas famílias, comprometidas com os interesses dos patrões e do capital. É por isso que há pouquíssima diversidade na programação tradicional, a qual tem colaborado com a opressão e ataques de direitos. Essa concentração também faz com que os mais pobres sejam transformados em criminosos e os trabalhadores sejam tratados com descaso. Para refletir sobre quem são os donos da mídia, hoje, e seus efeitos, convidamos os professores de comunicação Eduardo Granja Coutinho (UFRJ), além de Gilberto Maringoni (Cásper Líbero) e Venício Lima (UNB), cujas contribuições foram muito importantes em outras edições do curso anual.
Curso Anual do NPC
Devido à concentração dos meios de comunicação, a internet tem se apresentado como um campo mais aberto à circulação de informações variadas. Por ela, é possível ter acesso e divulgar pensamentos alternativos aos que aparecem nos meios tradicionais. Muitas pessoas que não concordavam com o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff recorreram às redes sociais para denunciar o golpe em andamento, o que, como sabemos, não teve o sucesso esperado. Para refletir sobre o uso da internet na resistência ao golpe, os acertos e os erros, estarão presentes o ex-deputado e primeiro presidente da Comissão Estadual da Verdades de São Paulo, Adriano Diogo; o jornalista e editor da “Revista do Brasil”, Paulo Donizetti; e a jornalista, diretora do Centro de Estudos Barão de Itararé e coordenadora do FNDC, Renata Mielli.
Curso Anual do NPC
Apesar das possibilidades da disputa de opiniões colocadas pela internet, sabemos como a televisão ainda tem um imenso poder para formar corações e mentes em nosso país. Novelas, telejornais, séries e programas variados, como os de auditório, os policiais e até os de culinária, são campeões de audiência. Na maioria das vezes, eles servem para reproduzir preconceitos e formas violentas de pensar e agir. Um dos canais de TV aberta que apresenta uma alternativa a esse contexto é a TV Brasil, canal que, no entanto, vem sendo atacado de diversas formas pelo atual governo. Para pensar sobre o poder da Televisão no Brasil hoje e como a esquerda pode se apropriar dela, convidamos a escritora, professora e filósofa Márcia Tiburi, autora de "Como Conversar com um fascista" (Record, 2015); e Laurindo Leal Filho, professor da USP, diretor e apresentador do programa VerTV, da TV Brasil.
Curso Anual do NPC
Nesta mesa, contaremos com a presença de professores e pesquisadores que falarão sobre o papel da mídia nos golpes de 1964 e 2016, além de sua defesa incontestável do neoliberalismo. Para pensar sobre o apoio, a consolidação e a criação de um pensamento favorável aos golpes ontem e hoje, foram convidados o professor e pesquisador Nilson Lage, uma das principais referências do estudo de jornalismo no Brasil, que atualmente atua na UFSC; o professor João Braga Areas, autor do livro “As batalhas de O Globo”, no qual nos inspiramos para escolher o título dessa mesa; Francisco Fonseca, professor da FGV em São Paulo que se tem debruçado sobre o estudo das políticas públicas, liberalismo, democracia, hegemonia e imprensa no Brasil; e, por fim, Luis Felipe Miguel, professor da UNB, onde coordena o Grupo de Pesquisa sobre Democracia e Desigualdades (Demodê).
Curso Anual do NPC
O NPC foi criado com o objetivo de estimular, valorizar e conscientizar dirigentes sindicais para a importância da comunicação sindical na defesa dos direitos dos trabalhadores. Por isso, em todas as edições do curso anual temos dedicado um momento para apresentar o que se tem produzido nessa área hoje. Jornais, revistas, blogs, sites, redes sociais, rádio e TV têm sido as ferramentas utilizadas pelos sindicatos para se comunicar com a categoria a respeito de suas questões específicas e de temas referentes à cidade, ao país e ao mundo. Nessa mesa, conheceremos melhor as ideias sobre comunicação sindical e o que tem sido posto em prática. Estarão presentes a jornalista e professora de história Claudia Santiago, criadora do NPC; o professor Joel Almeida, ex-presidente e atual diretor de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Sergipe (Sintese); o jornalista e diretor de comunicação do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região (Sindmeta - SJC), Herbert Claros; e o pesquisador e coordenador de comunicação do Sindicato dos Comerciários, Luis Henrique Nascimento. Esperamos que as iniciativas apresentadas sirvam de inspiração aos demais sindicatos presentes.
Curso Anual do NPC
Nos estudos de comunicação, falamos muito sobre a imprensa alternativa no tempo da ditadura militar. Naquele período, surgiram veículos como “O Pasquim”, “Opinião”, “Movimento”, “Pif Paf”, “O Sol”, entre outros. E hoje? Como está a imprensa alternativa no Brasil? Para nos ajudar a pensar sobre isso, contaremos com a participação de duas jornalistas bastante ativas nessa área. Uma delas é a jornalista Elaine Tavares, coordenadora da comunicação do Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA) da UFSC , colaboradora na comunicação de entidades e movimentos sociais e diretora de programação da Rádio Comunitária Campeche. Também estará presente a jornalista Rita Freire, ativista da Rede Mulher e Mídia, integrante do Comitê Internacional do Fórum Mundial de Mídia Livre e do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial.
Curso Anual do NPC
Para essa mesa, convidamos três feras quando o assunto é internet: o jornalista multimídia Arthur William, professor e coordenador dos laboratórios de Comunicação Social na Unigranrio; o jornalista Gustavo Barreto, que atualmente está na ONU e há mais de dez anos dá aulas sobre comunicação popular, cultura digital, tecnologia da produção, comunicação e direitos, entre outros temas; e o jornalista Gustavo Gindre, integrante do Coletivo Intervozes e membro eleito do Comitê Gestor da Internet (CGI) por dois mandatos. Com eles, queremos refletir sobre as potencialidades,as possibilidades, os desafios e as limitações na conquista de corações e mentes por meio das redes sociais e das novas ferramentas de comunicação.
Charge de Semana
Neste ano, estamos passando pelo período eleitoral para a escolha de prefeitos e vereadores de todo o Brasil. É o momento em que pensamos sobre os temas relacionados aos direitos dos trabalhadores à cidade: mobilidade urbana; políticas de habitação, saneamento, cultura e lazer; oferta de trabalho e em que condições; e outros assuntos. Nessa mesa, procuraremos refletir sobre esses aspectos, pensando se, e como, o direito à cidade é garantido à maioria de seus trabalhadores. Também procuraremos pensar sobre o papel da mídia, tanto a hegemônica quanto a alternativa, nesse debate. Para isso, estarão presentes o professor Márcio Castilho, da UFF; o delegado Orlando Zacconne, formado em jornalismo e direito; a jornalista Renata Souza, doutoranda em comunicação pela UFRJ e fundadora do jornal comunitário “O Cidadão”, da Maré, onde mora; e a jornalista Sabrina Duran, que desde 2006 trabalha com repórter independente, cobrindo as áreas de urbanismo, habitação popular e Direitos Humanos.
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Edição Especial: 22º Curso Anual do NPC
Para jornalistas, dirigentes, militantes
e assessores sindicais e dos Movimentos Sociais
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