Já está disponível a programação completa do 19º Curso de Comunicação do NPC, que acontece de 20 a 24 de novembro, no Rio de Janeiro. O tema geral este ano é MÍDIA E PODER NO BRASIL E O MUNDO HOJE. O delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Orlando Zaccone, vai participar da mesa sobre o discurso da mídia e o medo que ela produz como forma de controle social. Sua palestra será sobre o que chamou de “criminologia midiática”. Para ele, o curso precisa produzir um antídoto ao incentivo à violência, feito por apresentadores como Datena e Wagner Montes. Comunicação e Resistência das classes populares no século XXI; Mídia da burguesia, nossa mídia e formação das ideias; Internet, juventude e as mobilizações sociais são alguns dos outros temas que serão debatidos. As inscrições custam R$ 670 (sem estadia) e R$ 1220 para os que precisarem de estadia no Rio de Janeiro. Estudantes de comunicação têm desconto de 30% em inscrições sem estadia. Clique aqui e assista o vídeo de Zaccone convidando jornalistas e militantes a participarem do curso. Saiba mais.
5 a 12 de setembro de 2013
Notícias do NPC
O NPC lançou, no último domingo, 1/09, no Cinema Odeon BR, no Rio de Janeiro, a Agenda 2014 sobre Lutas e revoluções populares na América Latina nos séculos XIX, XX e XXI. O lançamento aconteceu durante o “Domingo é Dia de Cinema”. Após a exibição do filme “No”, sobre a campanha publicitária do plebiscito de 1988 que pôs fim à ditadura do ditador Pinochet, houve debate com a jornalista Claudia Santiago, coordenadora do NPC, o professor Carlos Walter Porto (UFF) e a historiadora e comunicadora popular chilena Natalia Urbina. Sobre o filme, Claudia Santiago ressaltou que não foi a campanha publicitária a responsável pelo resultado do plebiscito que pôs fim à ditadura de Pinochet. “Os trabalhadores estavam organizados e já havia muita resistência popular”, lembrou. Durante o debate várias lutas do povo latino-americano por libertação, como a Independência do Haiti e a própria resistência à ditadura no Chile foram lembradas. O latino-americanismo – sentimento expresso nas páginas da Agenda NPC 2014 - também foi destacado como algo a ser retomado. A Agenda NPC 2014 está à venda na Livraria Antonio Gramsci, no Cinelândia (Rio de Janeiro), e também em nossa loja pela internet. O preço é R$ 25. Mais informações pelo e-mail npiratininga@uol.com.br ou pelos telefones (21) 22205618 e 22204895.
O jornalista do NPC, Arthur William, participou na última quarta-feira, 04/09, em Recife, do 3º Seminário de Comunicação do Conjunto CFESS-CRESS (Conselho Federal de Serviço Social e Conselhos Regionais de Serviço Social). Arthur participou da mesa que tratou do tema “Comunicação e Redes Sociais: Serviço Social na disputa de hegemonia”. Ao lado dele estava a presidente do CFESS, Sâmya Ramos.
Nos dias 25 e 26 de setembro, será realizado o 5º Encontro Nacional de Jornalistas da Fisenge e de Sindicatos de Engenheiros. O encontro tem o objetivo de consolidar uma política de comunicação integrada, compartilhar experiências dos profissionais e promover um espaço rico de formação. A jornalista Claudia Santiago, do NPC, estará na primeira mesa, sobre "Código de Ética dos Jornalistas, Direitos Humanos e Comunicação Sindical". Além deste tema, também será debatida a "Democratização da comunicação, imprensa sindical e alternativa"; e haverá ainda oficinas práticas de rádio, comunicação comunitária, vídeo e assessoria de imprensa.
O Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal em Minas Gerais (Sitraemg) recebeu, nos dias 31/09 e 1º/09, o curso História das Lutas dos Trabalhadores no Brasil, ministrado pelo coordenador do NPC, Vito Giannotti. O curso dá uma visão sobre toda a história desde o início da industrialização no país até os dias de hoje. Passa pelas primeiras lutas operárias, pelo início da conquista de direitos trabalhistas, que depois é interrompida pela ditadura empresarial-militar, chegando à década das greves (1980) e à implantação do neoliberalismo com a perda de muito do que tinha sido conquistado. Participaram do curso cerca de 50 dirigentes, militantes e funcionários do Sitraemg.
Charge de Semana
Henfil, sempre atual.
Artigos
O Globo continua em sua guerra suja contra a liberdade O último texto dessa coluna abordou o acervo completo do jornal O Globo. Destacou, principalmente, o apoio do periódico ao golpe militar de 1964. Avaliou que a abertura ao público dos “11 milhões de documentos” do jornalão poderia ter como objetivo tornar menos visíveis episódios vergonhosos, como o apoio do diário carioca à ditadura que se seguiu ao golpe. Mas, logo depois, o “Globo” não só reconheceu a postura favorável à implantação da ditadura de 64, como pediu desculpas por isso. Em 31/08, publicou o editorial “Apoio editorial ao golpe de 64 foi um erro”. O texto afirma que “há muitos anos, em discussões internas, as Organizações Globo reconhecem que, à luz da História, esse apoio foi um erro”. E que a decisão de tornar pública esta avaliação aconteceu há alguns meses, quando o projeto “Memória” estava sendo estruturado. | Por Sérgio Domingues* | Continue lendo.
A Comunicação que queremos
Mais um 7 de setembro se aproxima. Já faz um tempo que nessa data, durante o Grito dos Excluídos, é lançado o jornal Vozes das Comunidades, fruto do Curso de Comunicação Popular do NPC. O jornal deste ano está pronto e apresenta matérias de interesse para quem mora, trabalha, estuda e se diverte no Rio. Os textos falam sobre os impactos das UPPs na rotina dos moradores da Baixada; o sucateamento da saúde pública; a greve dos profissionais da educação; o fim dos lixões e a situação dos ex-catadores; a privatização do Maracanã; a importância da CPI dos Ônibus; as consequências dos leilões do petróleo; e outros assuntos. Os leitores também poderão ler uma entrevista com a professora Sonia Fleury (FGV) sobre as manifestações de junho e saber mais sobre a história do Chile, nosso vizinho latino-americano. Para ler o jornal, basta clicar aqui.
Radiografia da Comunicação Sindical
Está em fase de teste a Webradio do Sindicato dos Trabalhadores de Ciência e Tecnologia (SindCT), mais uma ferramenta de comunicação com os trabalhadores. “Nosso objetivo é fazer uma programação que atenda os interesses não apenas da categoria, mas também da cidade toda”, explica Vítor Portezani, o secretário de Comunicação e Cultura do Sindicato, que fica em São José dos Campos (SP). Ele explica que a equipe de comunicação do sindicato está estabelecendo parcerias com emissoras comunitárias da região, agências de notícia como a RadioagenciaNP e a faculdade de comunicação da UNESP. O Sindicato já possui um jornal impresso, que começou a ser produzido em 2011 com a assessoria do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC). “O impresso é importante, mas nossa intenção é fazer com que a notícia chegue mais rápido”. Segundo Portezani, além das notícias informativas sobre o mundo do trabalho, o Brasil e o mundo, a ideia é também divulgar os artistas da região, que muitas vezes não têm espaço nos meios comerciais.
De Olho Na Mídia
Robert Fisk é o mais respeitado correspondente estrangeiro britânico. É um defensor da causa palestina e do diálogo entre os países árabes. Num artigo de 3/9/13, Fisk faz uma pergunta importante: “O Iraque – quando era aliado ‘nosso’ contra o Irã – também usou armas químicas contra o exército iraniano? Usou”. Mas, diz ele, “nós não demos a mínima bola para isso”. O resumo disso tudo é o seguinte: primeiro, as ações militares dos imperialistas no mundo nada têm a ver com humanitarismo. São motivadas por razões puramente econômicas e políticas. Segundo, as agências noticiosas dão a versão que interessa aos seus patrões sobre qualquer fato. É preciso aprender a desconfiar de tudo e fazer SUA SÍNTESE. Assim veremos que a história do gás sarin é só o pretexto para os Estados Unidos invadirem a Síria e assustar o Iraque. O resto é balela. | Por Vito Giannotti, com informações de Sérgio Domingues.
Democratização da Comunicação
O seminário "Rádio Comunitária para todos os Povos", realizado em Belém do Pará no dia 29 de agosto, discutiu políticas públicas para garantir o Direito Humano à Comunicação em comunidades rurais e tradicionais. Organizado pela AMARC (Associação Mundial de Rádios Comunitárias) na Universidade Federal do Pará (UFPA), a atividade contou com a participação de líderes indígenas, quilombolas, sem-terra, rádios comunitárias, rádios públicas, Governo Federal, estudantes e professores.
Proposta de Pauta
Vai ser debatido no próximo dia 17, na Câmara dos Deputados, o projeto de lei 4330/2004, do deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO), que permite a contratação de prestadoras de serviços para executarem atividades-fim em uma empresa. Quer ver um exemplo de como isto funciona? É assim. Uma empresa de aviação contrata uma empresa terceira para realizar suas atividades. Qual seria o sindicato destes trabalhadores? Deveria ser o Sindicato dos Aeroviários, mas a empresa terceira não reconhece. Consequentemente, os direitos dos aeroviários não chegam aos terceirizados. Quer outro exemplo? Vamos lá. Você trabalha em uma empresa. Um belo dia seu patrão chega e diz que para você continuar trabalhando precisa abrir uma empresa e apresentar nota fiscal no fim do mês para receber. Ou seja, ela não paga seus direitos trabalhistas e você ainda paga os impostos. Hoje, 30/08, haverá atos de protesto em todo o pais. | Por Claudia Santiago - NPC.
De Olho Na Vida
Três dos acusados pela execução dos auditores fiscais do Ministério Público do Trabalho Nelson José da Silva e Eratóstenes de Almeida e João Batista, e do motorista Aílton Pereira de Oliveira, em 2004, no município de Unaí (MG) foram condenados no final de agosto. O julgamento de outros quatro envolvidos na Chacina de Unaí, como ficou conhecida, está marcado para o dia 17/09. Entre eles está o produtor rural Norberto Mânica, tido como principal mandante. Os funcionários do Ministério do Trabalho foram vítimas de uma emboscada enquanto investigavam denúncia de trabalho escravo em fazendas da região. A demora da Justiça e o encobrimento pela mídia patronal são culpadas pela impunidade quase total destes crimes cometidos contra os trabalhadores. O julgamento de outra chacina, o Massacre de Felisburgo, ocorrido em 2004, também foi adiado. E pela terceira vez. O fazendeiro Adriano Chafi é o principal acusado de mandar assassinar cinco trabalhadores rurais sem terra no acampamento Terra Prometida, em Felisburgo, no Vale do Jequitinhonha, também no interior de Minas. I As informações são do jornalista Gil Carlos, do Sitraemg. | Leia o artigo completo.
De olho no mundo
O semanário “La Época”, desde Bolívia, traz uma densa e oportuna análise (¿Están dispuestos los occidentales a bombardear Siria?) sobre a nova ameaça de ataque no mundo. Desta vez os “canhões” estadunidenses, e seus capachos de plantão, miram o povo sírio. Como bem diz o texto assinado pelo francês Thierry Meyssan, “fingindo crer na existência de um ataque químico do governo sírio contra seu próprio povo, Washington, Londres e Paris soam os tambores de guerra”. Todavia, o alvo é outro, segundo o analista, Irã e Rússia. | Continue lendo | Por Rosângela Ribeiro Gil.
NPC Informa
O Fórum Nacional Pela Democratização da Comunicação (FNDC) realiza, nos dias 21 e 22, em Brasília, sua 17ª plenária. O objetivo do encontro, que vai reunir representantes de entidades de todo o país, é avaliar as perspectivas da luta pela democratização da comunicação. Também estará na pauta a alteração no estatuto do FNDC. Organizações filiadas ao Fórum devem enviam suas propostas de mudança no estatuto até o dia 11/09 para o e-mail secretaria@fndc.org.br. As inscrições de delegados e observadores também vai até o dia 11. O prazo para novas organizações se filiarem ao FNDC se encerrou no último dia 2. O FNDC solicita que todos os delegados e observadores levem as listas de assinaturas coletadas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular da Mídia Democrática, que circula desde maio. A ideia é fazer uma primeira contagem das assinaturas. Para ser levado ao Congresso, o projeto precisa ter 1,3 milhões de assinaturas. Aqueles que não participarão da plenária poderão encaminhar as listas por correio ao FNDC. As assinaturas só poderão ser computadas caso conste também o número do título de eleitor. Saiba mais.
O Clube de Engenharia entrou com uma representação no Ministério Público contra a indicação, pela presidente da República, de Fabiano Vergani para a vaga destinada à sociedade civil no Conselho Consultivo da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Vergani é empresário e presidente do Sindicato de Empresas de Internet no Rio Grande do Sul. Ele tomou posse no Conselho no dia 30/08. Apoiado por mais de 40 entidades, o nome de Marcio Patusco, diretor do Clube de Engenharia, foi descartado por Dilma Rousseff. A indicação de um empresário para a vaga enfraquece a participação da sociedade civil no conselho e dificulta a defesa dos interesses dos usuários.
Memória
Em 1970, um sinal de esperança acenava para todo o continente latino-americano. No dia 4 de setembro, 43 anos atrás, chegava à presidência do Chile o grupo de esquerda Unidad Popular, na pessoa de Salvador Allende. Três anos depois, em 11 de setembro de 1973, um golpe acabaria com o sonho de um governo voltado aos interesses dos trabalhadores. No blog da equipe do Vozes das Comunidades, um texto do professor de História, Rodrigo Barrenechea, e do editor da Agência de Notícias Alternativas, Rodrigo Noel de Souza, lembra essa história. Barrenchea é chileno e, junto com Rodrigo Noel, foi aluno do Curso de Comunicação Popular do NPC no ano de 2013. Saiba mais.
Fotos
Na noite do dia 30 de agosto, militantes do Levante Popular da Juventude escracharam a sede das Organizações Globo, na cidade do Rio de Janeiro. No ato, o grupo jogou sacos de lixo na porta da emissora. O objetivo foi de denunciar o monopólio dos meios de comunicação no controle de poucas famílias, e a qualidade do conteúdo veiculo em rede nacional. | Fonte: Boletim MST-RJ
Dicas
O livro, escrito por Maria Helena Moreira Alves e Philip Evanson, é um retrato da violência policial sofrida cotidianamente por moradores de favelas. Os autores avaliam as políticas de segurança adotadas pelos governadores do Rio de Janeiro desde a redemocratização, enfatizando avanços e recuos relacionados aos direitos humanos. Também questionam o futuro das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), na época do lançamento instituídas somente nas favelas da zona sul, as mais próximas dos bairros de classe média. Por meio de depoimentos dos próprios moradores das favelas e líderes comunitários, os autores mostram o terror a que eles estão submetidos, sem deixar de apontar a precariedade e o medo que predomina também entre os policiais. Com ilustrações de Carlos Latuff, o livro propõe rumos possíveis para a segurança pública no país. Apresenta, por exemplo, a proposta do relator especial das Nações Unidas, Philip Alston, de abolir a PM e substituí-la por uma nova força policial para servir a população, em vez de reprimi-la.
Pérolas
Não somos nós que vamos a público tentar agredir estrangeiros. Da mesma forma que não é a mão de pastores ou deputados que seguram a faca, o revólver ou a lâmpada fluorescente que atacam homossexuais. Mas somos nós que, muitas vezes, na busca por audiência ou para encaixar um fato em nossa visão de mundo, tornamos a agressão banal, quase uma necessidade para restabelecer a ordem das coisas. [Sobre os jornalistas]
Quando se privatiza um presídio, entregamos a vida de presos para uma empresa que tem o objetivo de lucrar. Isso significa que o dono da empresa e seus sócios vão lucrar com a prisão das pessoas. Caso seja aprovada a diminuição da maioridade penal, a população carcerária tende a aumentar. Para aumentar o lucro, normalmente as empresas investem em propaganda. Só que as empresas que administram os presídios não poderão fazer comerciais dizendo que ficar preso é bom ou faz bem à saúde. A maneira como essas empresas conseguirão aumentar a sua clientela é pressionando os políticos para que façam leis mais duras. A diminuição da maioridade penal é uma delas. [estudante e aluna do Curso de Comunicação Popular do NPC]
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Edição 248
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Equipe Coordenação: Vito Giannotti Edição: Claudia Santiago (MTB 14.915) Redação: Arthur William, Marina Schneider e Sheila Jacob. Colaboraram nesta edição: Rosângela Ribeiro Gil e Sérgio Domingues
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