ATENÇÃO SINDICATOS! As agendas do NPC de 2015 já estão sendo preparadas. Sindicatos interessados em fazer o seu material personalizado já devem entrar em contato conosco para dar início à produção. Cada entidade pode escolher um dos seguintes assuntos: “MULHERES NA HISTÓRIA”, “COMUNICAÇÃO”, “INSURREIÇÕES DOS TRABALHADORES NO BRASIL” ou “LUTAS E REVOLUÇÕES POPULARES NA AMÉRICA LATINA”. Todos os temas foram atualizados no último ano pela equipe de pesquisa do NPC. Para saber mais sobre os prazos e orçamento, basta enviar um e-mail para npiratininga@piratininga.org.br.
8 de agosto de 2014
Notícias do NPC
Companheiros/as! Anotem em suas agendas: o 20º Curso Anual do NPC já está com data marcada. Será entre os dias 5 e 8 de novembro de 2014, no Centro do Rio. Em breve divulgaremos outras informações referentes à hospedagem, programação, local e valor da inscrição.
Radiografia da Comunicação Sindical
“A grande imprensa somos nós (movimento sindical). Quantos panfletos os sindicatos fazem por semana? Quantos jornalistas a imprensa sindical possui? O problema é que em muitas publicações, das 10 páginas, 12 trazem fotos do presidente. Ou quando há uma análise econômica, o artigo é da Dona Leitão (ironizando a economista global Miriam Leitão). Essa gente não entende nada de nós. O que precisamos é aprimorar o diálogo com as bases, fazer pesquisa para saber como o trabalhador vê a nossa comunicação." Professor e economista Marcio Pochmann, no dia 30 de julho último, na 14ª Plenária Nacional da CUT, em Guarulhos. O NPC tem dito isto há 20 anos. Que bom que muitos nos ouviram e praticam uma comunicação a serviço dos interesses dos trabalhadores.
A Comunicação que queremos
Nos dias 16 e 17 de agosto a Rede Nacional de Meios Alternativos, em La Rioja, seu 11º Encontro Anual. Fundada em 2004, quando foi realizado o primeiro encontro, a (RNMA) é um espaço de articulação de agências de notícias, rádios e TVs comunitárias, comunicadores populares e estudantes da Argentina que se pauta pela noção de que os meios de comunicação alternativos são fundamentais nos processos de transformação social. No site, que reúne notícias e artigos próprios e também uma seleção do que publicam e veiculam os mais de 50 veículos que fazem parte da rede, fica claro o foco da RNMA: divulgar o que acontece com a classe trabalhadora. Tudo a partir de um ponto de vista “antimperialista, anticapitalista e antipatriarcal”, como afirmam. “Trabalhamos para gerar uma agenda comum, distinta daquela imposta pelas corporações midiáticas e pelos governos, apontando para a democratização da palavra”, explicam. Uma experiência que precisa ser mais conhecida por nós. Saiba mais sobre o Encontro e sobre a rede em http://www.rnma.org.ar/.
De Olho Na Mídia
[Por Gustavo Gindre - 5/8/2014] O tal crescimento da classe c (sic) é entendido pela indústria de TV paga (apesar de todo o discurso contrario) como a chegada de um bando de idiotas, dispostos a consumir um produto que, embora possa ter um alto valor de produção (tecnicamente bem feito) não consegue promover uma única sinapse nos nossos neurônios. A Discovery, tida como uma programadora de melhor qualificação de seu conteúdo, trouxe como caso de estudo um vídeo da recepção feérica e fanática, num shopping em São Paulo, de um confeiteiro norte-americano. E isso foi vendido como um ícone para o conteúdo de classe c (sic). Já o representante da NET citou o fato de que a empacotadora teve que incorporar nada menos que sete canais religiosos, porque a classe c demanda isso. Por fim, ainda o representante da NET citou vários exemplos de canais de TV paga que mudaram de canais segmentados para canais generalistas. Ou seja, a TV paga ficou com cara de TV aberta.
Com a cobertura eleitoral da grande imprensa voltada, em boa parte, às polêmicas pessoais e à imagem dos candidatos, a grande maioria das pautas de comunicação acabam excluídas do debate político e, consequentemente, os candidatos não assumem compromissos que contribuam para uma mídia mais democrática no país. Por essa razão, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé iniciou, no dia 5 de agosto último, uma série de reportagens especiais sobre diversos temas ligados à comunicação, com o intuito de trazer à tona a necessidade de discuti-los não apenas ao longo dos mandatos de políticos eleitos, mas também durante a campanha eleitoral.
Democratização da Comunicação
A Câmara dos Deputados analisa proposta que cria o Fundo de Desenvolvimento da Mídia Independente (FDMI), com o objetivo de financiar programas, projetos e atividades desenvolvidas por veículos de comunicação que integram a mídia alternativa no País. A medida está prevista no Projeto de Lei 7354/14, da deputada Luciana Santos (PCdoB-PE). O texto define como mídia independente emissoras de rádio e TV comunitárias, incluindo as utilizadas por organizações não governamentais (ONGs) e universidades, as rádios e TVs educativas, produtoras brasileiras regionais independentes e veículos de comunicação de pequeno porte. Os recursos do fundo serão destinados à instalação, à manutenção e à modernização desses veículos. [Por Observatório da Imprensa]
[Por Lúcia Berbert - Tele Síntese - 5.8.2014] Debatedores criticaram, nesta terça-feira (5), a prática de arrendamento de grades de TV, em audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara. Mas foram confrontados pela maioria dos parlamentares presentes, que veem na medida a única possibilidade de sobrevivência dessas emissoras. Para o procurador regional da República, Domingos Sávio, a venda de espaço fora dos 25% dedicados à publicidade é ilegal e a Câmara não pode defender a barbárie. “Esta não é a saída”, afirmou. De acordo com a representante da Intervozes, Bia Barbosa, há emissoras arrendando até 90% de sua programação diária, especialmente para credos religiosos, como a Rede 21 de São Paulo e a CNT. Mas acha tão grave a transferência da outorga da MTV para a Spring, sem autorização expressa do Ministério das Comunicações, assim como a existência de outorgas de radiodifusão em mãos de 40 parlamentares que, segundo ela, estão sendo processados no Supremo Tribunal Federal (STF). “Falta fiscalização do MiniCom”, ressaltou Bia. Para saber mais, leia aqui.
Proposta de Pauta
A maioria do petróleo é consumido pela China, Europa e Estados Unidos. Conhecido neste infográfico sobre as importações e as exportações de petróleo do mundo. Saiba mais.
De Olho Na Vida
[Por Sérgio Domingues - 04.-8.2014] “Os ídolos da nova geração de brasileiros” é o título da reportagem de Rafael Sigollo, publicada pelo Valor, em 30/07. A matéria refere-se a uma pesquisa feita com 51.674 jovens brasileiros entre 17 e 26 anos para saber quem são seus ídolos. Barack Obama aparece em primeiro, com pouco mais da metade das preferências. Depois vieram Steve Jobs e Bill Gates, os empresários brasileiros Jorge Paulo Lemann e Flávio Augusto da Silva e Mark Zuckerberg, do Facebook. Presentes em 2013, Lula e Dilma desapareceram agora. Eike Batista também chegou a figurar em lisas passadas, mas deu lugar a Silvio Santos. Joaquim Barbosa, Roberto Justus e o Papa Francisco também aparecem entre os dez primeiros. Em uma lista contendo apenas líderes brasileiros, aparece Bel Pesce, 26 anos de idade. Ela é fundadora da escola “FazINOVA”. Aos 17 anos, conseguiu ser aprovada no Massachusetts Institute of Technology, nos Estados Unidos. Trabalhou na Microsoft, Google e Deutsche Bank e, após a conclusão do curso, mudou-se para o Vale do Silício. O caso de Bel é a exceção das exceções. Ela venceu uma disputa típica de um sistema que só produz desigualdade social. Apesar disso, milhões de jovens acham que podem seguir seu caminho. Mas tudo isso só comprova o que disse Marx há 150 anos: as ideias dominantes em uma sociedade são as ideias da classe dominante.
De olho no mundo
[Beto Almeida] Em 24 de julho, a Telesur, emissora multi-estatal sediada na Venezuela, criada por Hugo Chávez para enamorar os povos por meio da integração cultural-informativa, completou 9 anos. Nesta data começou a emitir também em inglês. O Brasil ainda não se associou à emissora, embora esteja no Banco do Sul e na Petrosul. Mas, Lula aproveitou o belo programa De Zurda, quando a Telesur, na Copa, escalou Maradona como brilhante comentarista - para elogiar tanto o craque como a emissora criada por Chávez. Lula disse que andando pelo mundo sempre vê o sinal de Telesur e destacou sua função para a democratização e integração informativas. Recordo um debate sobre mídia na Comissão Brasileira Justiça e Paz, da CNBB, quando um deputado federal petista e também jornalista, argumentou que “a referência em matéria de comunicação era Lula e não Chávez”. A resposta veio pelo tempo e o vento, com o próprio Lula enaltecendo a Telesur como legado de Chávez. E também porque Lula tem reconhecido que não foi feito, ainda, todo o possível e necessário em matéria de democratização da comunicação no Brasil, nos 12 anos do PT no governo. O desafio continua. Leia mais.
A presidente das Avós da Praça de Maio e grande defensora dos direitos humanos na Argentina, Estela de Carlotto, encontrou finalmente seu neto. A busca se deu por mais de 35 anos. Sua filha, Laura, deu a luz enquanto estava detida em um centro clandestino durante a ditadura militar argentina. O neto de Estela nasceu em junho de 1978, no Hospital Militar, e foi batizado como Guido, em homenagem ao avô. Laura foi assassinada pelos militares dois meses depois, e nunca mais se soube o paradeiro de seu filho. Hoje, o neto de Estela, Ignacio Hurban tem 36 anos, está casado e vive em Olavarría, na Grande Buenos Aires, onde trabalha como músico. O jovem se apresentou voluntariamente por suspeitar de sua identidade, e testes de DNA confirmaram seu parentesco. Cerca de 30 mil pessoas desapareceram durante a última ditadura argentina, segundo os órgãos de defesa de direitos humanos, e cerca de 500 netos foram afastados de suas famílias biológicas. Em coletiva de imprensa, Estela afirmou que as buscas irão continuar, pois ainda faltam informações sobre 400 meninos desaparecidos. | Com Informações do jornal O Globo.
NPC Informa
“CORTE SECO”, de Renato Tapajós, recentemente lançado em São Paulo, é um longa metragem ficcional que investiga a tortura praticada pelos órgãos de repressão durante a ditadura civil-militar implantada pelo golpe de 1964. Ele conta a história de quatro militantes que lutavam contra a ditadura militar, presos e violentamente torturados pela OBAN (Operação Bandeirantes) em 1969. O filme investiga a tortura e sua aplicação como política de Estado no período ditatorial. É objetivo do filme mostrar que os torturadores não são, exatamente, “funcionários públicos”, como quer certa visão banalizadora da tortura. Para torturar, eles “se aquecem”, entrando num processo irracional que os transforma em desequilibrados. O filme conta o dia a dia da primeira semana de prisão dos militantes. Mostra que a vida na cadeia, nesse período, é a de um sobressalto permanente, muito longe do tédio associado à prisão. Mostra os presos como seres humanos, sem nada de heróicos, apenas como jovens que acreditavam em suas ideias e são obrigados a enfrentar o inferno por causa disso.
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) lançou, no dia 5 de agosto último, com o apoio da Fundação Friedrich Ebert (FES), a publicação "Rotatividade Setorial: dados e diretrizes para a ação sindical”. A obra é resultado de uma série de seminários promovidos com entidades sindicais de trabalhadores bancários, da construção, do ramo metalúrgico, do comércio, de alojamento e alimentação e dos químicos. Os setores estudados recebem análise individual sobre a referente rotatividade, abordando também alternativas de enfrentamento.
'A cultura e as artes no regime militar: 50 anos do golpe' é o tema do Debate Cedem/Unesp. O evento, promovido pelo Cedem – Centro de Documentação e Memória da Unesp, dia 8 de agosto, começa às 18h30 e será seguido de lançamento de livros dos palestrantes. A proposta é estimular o debate a partir da vasta produção acadêmica e científica existente nos âmbitos da história, das ciências sociais, literatura e artes no Brasil. Discussões que se pautam pela construção da história e de uma memória do período que compreende 1964 a 1985. Adotando uma perspectiva interdisciplinar, em que a literatura, a música, o teatro, o cinema, as artes plásticas e demais produções culturais foram decisivas na construção de uma “resistência cultural” ao regime militar. Saiba mais.
Memória
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Artigos
[Por Cátia Guimarães / Observatório da Imprensa] A maior afronta ao Estado de direito no Brasil não são os black blocs, como defendem os pacifistas, e nem mesmo os miseráveis embrutecidos da Polícia Militar, como costumam apontar os radicais. A instituição que mais corrói até os limitados caminhos de liberdade que a democracia capitalista pode oferecer não precisa usar máscaras nem se expor ao descontentamento das ruas. Organizações Globo: esse é o aparelho privado de hegemonia que assumiu, sem medos, o papel de recolocar o barco na direção que ele seguia antes dos abalos de junho. Mas quem leu Gramsci sabe que hegemonia é mais do que um disciplinamento artificial, que o bom resultado desse processo, para a classe que quer se manter dirigente, requer que a relação entre consenso e coerção, força e convencimento, seja razoavelmente equilibrada. Quando abusa da força – ainda que só ideologicamente –, atacando violentamente todos os indivíduos, grupos e instituições que acompanham os movimentos das ruas, o/a Globo está pondo em risco a dimensão do consenso estável. Toda a cobertura das prisões políticas ocorridas no Rio de janeiro, mas também em São Paulo, traz evidências disso. Na edição de quarta-feira (23/7) do Jornal Nacional, William Bonner não conseguiu disfarçar a cara de derrota e desaprovação quando deu a notícia de que o desembargador Siro Darlan havia concedido habeas corpus para 23 presos políticos. Informação e cara feia, nem um detalhe a mais. Mas o último golpe de verdade, pelo menos enquanto escrevo, foi um editorial publicado no dia anterior (22/7), intitulado “Entre a liberdade de manifestação e a criminalidade”, em que o jornal O Globo diz, no espaço de opinião, tudo aquilo que ele tentou travestir de informação nas matérias que fingiu que eram jornalísticas. Leia o artigo completo.
Entrevista
Em passagem recente pelo Brasil, o presidente do Equador, Rafael Correa, concedeu entrevista aos jornalistas Valter Xéu, (Pátria Latina); Beto Almeida (Brasil de Fato, Telesul e TV Comunitária e ao sociólogo Emir Sader (TV Brasil). Foram 40 minutos de uma conversação agradável onde o presidente equatoriano que esta no poder desde 2007, afirmou que pretende concorrer à reeleição em 2017. Correa esteve no Brasil para participar da reunião da UNASUL, que reúne países da América do Sul, com os BRICS, integrado por China, Rússia, Brasil, África do Sul e Índia. O presidente equatoriano, que defende a existência de leis que limitem o poder midiático, também acredita que, no momento, está em marcha na América Latina uma "restauração conservadora", que tem como objetivo pôr fim ao ciclo de governos progressistas que emergiu no continente nos últimos anos. Leia a entrevista completa.
Imagens da Vida
Dicas
“Olho, alma, razão e coração” é o lema do novo site do fotógrafo documentarista Thiago Ripper. Inspirado na trajetória do pai, João Roberto Ripper, o trabalho de Thiago é também voltado para as causas sociais, buscando defender os direitos dos menos favorecidos, dos esquecidos e marginalizados. Quilombolas, indígenas, sem-teto e sem-terra, jovens e crianças de comunidades urbanas e artistas populares fazem parte de seus temas preferidos, com ênfase para a cultura popular rural e urbana. Saiba mais.
Pérolas
Não posso falar com autoridade no Brasil, mas às vezes não é preciso ser especialista para perceber que alguma coisa está errada em um país cuja maioria é negra e a representação é majoritariamente branca.
Se há um nome que resume o que é a grande mídia brasileira ele aparece nessa matéria: máfia. E isso nada tem que ver com a profissão de jornalista, que é também a minha e a do autor do artigo; pelo contrário, qualquer jornalista, por mais ingênuo que seja, descobrirá a natureza mafiosa das quatro ou cinco famílias em algum ponto de sua carreira.
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Edição 275
Para jornalistas, dirigentes, militantes e assessores sindicais e dos Movimentos Sociais
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Equipe Coordenação: Vito Giannotti Edição: Claudia Santiago (MTB 14.915) Redação: Claudia Santiago Colaboraram nesta edição: Eric Fenelon (RJ), Sheila Jacob (RJ), Marina Schneider (RJ), Rosângela Gil (SP), Tatiana Lima (RJ).
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