Se não conhece, não sabe o que está perdendo. Ele conta a história da comunicação de esquerda no Brasil desde o início do século 20. Parte da ideia central que o NPC vem defendendo desde o início de sua existência: a de que a comunicação dos trabalhadores é estratégica para a construção de uma sociedade justa, fraterna, igualitária, com justiça social e respeito às diferenças. Pelas páginas da publicação, o leitor poderá acompanhar notícias e informações sobre o lançamento de livros, jornais, programas de rádio e TV. Esse material foi pensado como uma rica e diversificada fonte de informação, mas não apenas. Ele também pretende servir de incentivo para a criação de muitos outros veículos, por parte de sindicatos e movimentos sociais, que possam contribuir para a disputa de hegemonia e a transformação social. Encomende a sua!
28 de novembro de 2014
Notícias do NPC
Nos dias 27 e 28 de novembro, jornalistas de sindicatos de petroleiros filiados à FUP se reuniram no Hotel OK, Centro do Rio de Janeiro, durante o 1º Seminário Nacional de Comunicação Petroleira. Com o slogan “Comunicação é tudo!”, o objetivo do encontro foi discutir o planejamento e a qualificação da comunicação sindical. A jornalista Claudia Santiago, coordenadora do NPC, foi uma das palestrantes do primeiro dia. Ela destacou a importância da comunicação sindical, e disse considerá-la a sucessora de movimentos da imprensa de esquerda que existiram ao longo da história do Brasil. “Antes tivemos a imprensa anarquista, a comunista, a alternativa no tempo da ditadura, e a popular do final da década de 1970. A imprensa sindical, hoje, dá continuidade a esse processo”, disse. Para ela, jornalistas sindicais devem estudar, além de comunicação, história e economia. Ela também comentou sobre a distribuição dos jornais sindicais, que deve ser feita pelos dirigentes e representantes de base. Confira a cobertura completa do evento.
A Comissão de Anistia do Ministério da Justiça e o Intercâmbio, Informações, Estudos e Pesquisas (IIEP) promovem, no dia 29 de novembro, o evento “É nosso dia companheiros...”. Os coordenadores do NPC, Vito Giannotti e Claudia Santiago, estarão presentes no encontro, em que serão lançados o livro e o vídeo “A Investigação Operária”. Os trabalhos registram as memórias de luta e resistência de trabalhadores e militantes que sofreram violações durante a ditadura civil-militar (1964-1985). A atividade acontece às 14h, no auditório do Memorial da Resistência, que fica no Largo General Osório, 66, em São Paulo (próximo ao Metrô Luz).
O 1º Seminário Nacional de Comunicação da CSP-Conlutas será realizado entre os dias 12 e 14 de dezembro, no Hotel San Raphael, em São Paulo-SP. Os coordenadores do NPC, Claudia Santiago e Vito Giannotti, estarão presentes no encontro. Entre os temas da programação estão os desafios da comunicação hoje, a importância da linguagem, as mídias digitais e o audiovisual nas lutas. A troca de experiências das produções das comunicações locais será um dos aspectos importantes da atividade. Para saber como se inscrever e conferir a programação completa, basta acessar a página da CSP-Conlutas.
O SEPE Petrópolis estreia na televisão o programa educação de classe. O programa vai ao ar no canal 10 da rede local de televisão em Petrópolis. O conteúdo do programa é voltado para a educação pública da cidade, ampliando os conhecimentos relacionados à questão educacional geral e as questões específicas do município. O programa estreia também no youtube. Assista aqui.
Charge de Semana
Contra o machismo nosso de cada dia.
A Comunicação que queremos
Está disponível, na internet, uma cartilha sobre Assédio Sexual. Ela foi elaborada pelo blog “Think Olga”, em parceria com a Defensoria Pública do Estado de São Paulo. O objetivo é encorajar mulheres a denunciarem e combaterem o assédio sexual, que muitas vezes se manifesta como uma cantada. A cartilha será distribuída por todo o estado e está disponível aqui.
NPC Informa
“Que aqueles ‘indivíduos humanitários’ que são a favor da escravidão se coloquem no lugar do escravo no porão barulhento de um navio negreiro, apenas por uma viagem da África à América, sem sequer experimentar mais que isso dos horrores da escravidão: se não saírem abolicionistas convictos, então não tenho mais nada a dizer a favor da abolição.” As palavras são de Mahommah Gardo Baquaqua, ex-escravo nascido no Norte da África no início do século 19 e que trabalhou no Brasil antes de fugir das amarras da servidão em Nova York, em 1847. O trecho consta do livro “An interesting narrative. BiograpAhy of Mahommah G. Baquaqua” (“Uma interessante narrativa: biografia de Mahommah G. Baquaqua”, em tradução livre), lançado assim mesmo, em inglês, pelo próprio ex-escravo, em Detroit, no ano de 1854, em plena campanha abolicionista nos EUA. A obra permaneceu por muito tempo desconhecida do público brasileiro. Mas agora, com apoio do Ministério da Cultura e do Consulado do Canadá, o professo pernambucano Bruno Véras resolveu se debruçar sobre o documento, ajudado por outros dois pesquisadores. Ele viajou ao Canadá, onde buscou vestígios de Baquaqua e consultou os originais do livro. A primeira eidção em português deve ser lançada no Brasil até o fim do ano que vem. | Fonte: O Globo
De Olho Na Vida
Por não proteger a saúde dos trabalhadores, o Frigorífico Seara Alimentos, do grupo JBS, foi condenado a pagar R$ 10 milhões por danos morais coletivos. O TST também obrigou a Seara Alimentos a emitir Comunicações de Acidentes de Trabalho em caso de suspeita ou confirmação de doenças ocupacionais, garantir tratamento médico integral a todos os empregados com doenças ocupacionais e aceitar atestados médicos de profissionais não vinculados à empresa. A decisão, do dia 11 de novembro, também reconhece o frio como agente insalubre em frigoríficos. A Seara Alimentos já havia sido condenada pelo TRT a indenizar os trabalhadores em R$ 25 milhões. Motivo: segundo os juízes, havia “uma verdadeira legião de trabalhadores afastados, alguns em situação irreversível de incapacidade laboral, não tendo a empresa implementado qualquer medida preventiva a mudar este quadro”. A sentença dizia também que “a conduta da ré perpetrada por profissionais da área da saúde reporta-me ao período da história recente do País, quando muitos profissionais médicos colaboraram com o regime da ditadura militar”. | Por Revista Fórum.
Aos pés da serra da Cantareira, no bairro paulistano do Tremembé, roupas da Lojas Renner eram fabricadas por trabalhadores bolivianos em regime análogo ao escravo. Em 11 de novembro, a fábrica foi interditada pelo Ministério do Trabalho e 37 funcionários foram resgatados, dentre eles 36 adultos (21 homens e 15 mulheres) e um adolescente de 16 anos. Havia 35 mil peças da Renner, das marcas Cortelle, Just Be, Blue Steel e Blue Steel Urban. Apesar de terem registro em carteira, os trabalhadores viviam em alojamentos em condições degradantes, tinham descontos indevidos nos salários, trabalhavam em jornadas exaustivas, eram remunerados por produção e sofriam violência psicológica, verbal e física. Identificou-se ainda o crime de tráfico de seres humanos para fins de exploração laboral. A Renner poderá ser incluída na lista suja do trabalho escravo. | Por Carta Capital.
Proposta de Pauta
O Projeto de Lei 4471/12 prevê o fim da possibilidade de que assassinatos cometidos por policiais sejam justificados por meio de autos de resistência. O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), autor da proposta, está se esforçando para que a matéria seja votada ainda em dezembro. “Consideramos o momento adequado para retomar o debate sobre o PL, em caráter de urgência, e fazer os ajustes necessários para votá-lo ainda neste ano. Até porque teremos um Congresso mais conservador no ano que vem, o que pode criar novos entraves para a tramitação do PL, já aprovado em todas as comissões da Câmara”, afirmou Teixeira. | Fonte: Desacato
De olho no mundo
[Por Beto Almeida] Como parte do fortalecimento, ampliação e qualificação da imprensa-missão pública, o Partido Socialista Unificado da Venezuela (PSUV) lançou no domingo (23.11) , poucos meses após decisão aprovada em Congresso, o seu jornal de circulação diária Cuatro-F. Enquanto isto, o PT, além de não aprovar as diversas decisões de congresso com a mesta determinação, ainda discute o que fazer e há quem argumente ser obsoleta a opção por uma mídia impressa. Enquanto isto, Dilma sofre seus mais venenosos ataques por parte da mídia impressa, e o jornalismo impresso gratuito vai alcançando a escala de milhões de leitores em várias capitais. Na Venezuela, Equador, Bolívia e Argentina há expansão do parque gráfico, a impressão de jornais e livros, em escala de milhões de exemplares, assegurando o direito dos povos à leitura. Na Venezuela o livro Contos, de Machado de Assis, teve uma tiragem de 300 mil exemplares, o que nunca obteve no Brasil, onde a tiragem padrão não supera os miseráveis 3 mil exemplares. Machado de Assis foi distribuído gratuitamente em terra de Bolívar. Dom Quixote, teve uma tiragem de 1 milhão de exemplares, quando Chávez orientou a homenagem aos 400 anos desta obra fundamental da literatura universal. A melhor homenagem a um escrito é, sem dúvida, democratizar a leitura. Não acaso, na Venezuela, uma tribo, que não possuía versão escrita de seu idioma, terá como primeiro livro publicado, neste idioma, o belíssimo Cem Anos de Solidão, de Gabriel Garcia Marquez. Obsoleto é ter, no Brasil, 50 por cento da indústria gráfica ociosa e um povo sem ler, sem conhecer sequer as obras fundamentais da literatura brasileira!
Memória
Se depender do Ministério Público Federal (MPF) de Volta Redonda, cidade no interior fluminense, mais um espaço público deixará de carregar o nome de um ditador. O MPF encaminhou em outubro à prefeitura e à Câmara de Vereadores o pedido de mudança na denominação de uma das principais pontes do município, batizada em 1973 de Emílio Garrastazu Médici, um dos responsáveis pelas torturas e pela repressão política dos anos de chumbo. O procurador Júlio José Araújo Jr. sugere que um novo nome seja dado em 90 dias, por meio de discussão pública, com ampla participação da sociedade civil e baseada em normas constitucionais e legais. Se a população aprovar, sai Médici e entra dom Waldyr Calheiros de Novaes, bispo emérito da Diocese de Volta Redonda e Barra do Piraí morto em 2013. Novaes protegeu perseguidos pelo regime, segundo as informações prestadas por 103 testemunhas à Comissão da Verdade montada no município. | Fonte: Carta Capital.
Entrevistas
O filósofo marxista Leandro Konder faleceu recentemente, na tarde do dia 12 de novembro de 2014. Recuperamos essa entrevista feita pela jornalista Raquel Júnia em 2009, quando trabalhava para o NPC. Nela, Konder fala sobre a importância de se repensar as lições de Marx nos dias atuais, atualizando-as não para negá-lo, mas sim para retomá-lo frente as imposições da atualidade. Ele também fala um pouco sobre sua trajetória no PCB, PT e PSOL, e conta passagens bem humoradas de sua vida. Confira a entrevista com esse saudoso intelectual.
De Olho Na Mídia
[Por Vito Giannotti-NPC] Recentemente, muitos estanharam que a TV Globo mostrasse uma manifestação de SEM TETOS lutando por sua casa. Ninguém imaginava que a TV do Jardim Botânico mostrasse uma luta do povo por seus direitos. Mas foi. A Globo apresentou uma luta de sem-teto exigindo moradia, no bairro de Santa Teresa. Mas o chocante não foi a manifestação em si. O chocante foram os discursos feitos pelo líder destes SEM TETO. No microfone, como numa manifestação verdadeira, o líder fazia discursos altamente revolucionários. Iguaizinhos aos discursos de tantos líderes que encontramos na vida real. Agora no começo de novembro a novela IMPÉRIO disse o porquê de os sem-teto terem entrado na novela. A mensagem da senhora Globo é extremamente venenosa, criminosa, que merece 100 manifestações de repúdio. Na trama da novela, o líder dos sem-teto é transformado em ladrão. Ele e mais outros três personagens sem caráter roubam pedaços do famoso diamante. Mas não para por aí. Em outro capítulo, este líder é mostrado como morador de um super apartamento e dono de uma carro de luxo. Se o que dizem as sinopses das revistas que antecipam os capítulos das novelas se confirmar... O líder dos sem-teto também vai matar. | Leia o texto completo.
Imagens da Vida
Na madrugada desta terça-feira (25/11), manifestante segura um cartaz em frente a incêndio em Ferguson, onde se lê “Vidas negras têm importância”.
Dicas
O MST acaba de lançar o livro MST 30 anos: retratos de gerações em luta com fotos de militantes e texto sobre o programa agrário do Movimento. Nas palavras de João Pedro Stédile, coordenador do movimento: “Darci Ribeiro nos descreveu na literatura e na antropologia; agora Giulio Di Meo, com sua arte e seu olhar, nos descreve em retratos. Na lente artística de Giulio, vocês poderão agora conhecer o MST. Quem somos, nome e rosto. Nossas expressões de luta e de alegria. Nossa experiência e nossa esperança. Algumas moram no Brasil, outras na América Latina, na Europa; temos militantes em todos os continentes. Todos atuam, lutam e se solidarizam conosco. Alguns trabalham no campo, outros em escola, universidades, centros de pesquisa, igrejas, mídia, fábricas, comércio, cozinhas e cooperativas. Nesse mundo, ninguém é estrangeiro, todos somos iguais!”
Vai até o dia 12 de janeiro a mostra gratuita que apresenta obras do pintor russo Wassily Kadinsky, precursos do abstracionismo. A exposição “Kandinsky: tudo começa num ponto” reúne mais de uma centena de obras e objetos do artista, seus contemporâneos e suas influências. A ideia é possibilitar uma maior interação entre o público e as imagens, contando inclusive com uma sala interativa. A exposição é dividida em cinco blocos: Kandinsky e as raízes de sua obra em relação com a cultura popular e o folclore russo; Kandinsky e o universo espiritual do xamanismo no Norte da Rússia; Kandinsky na Alemanha e as experiências no grupo Der Blaue Reiter, vida em Murnau; Diálogo entre música e pintura: a amizade entre Kandinsky e Schonberg; Caminhos abertos pela abstração: Kandinsky e seus contemporâneos. Está em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil: SCES, Trecho 02, lote 22. Depois de Brasília, a mostra passará por Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo.
Pérolas
"Hoje vim com um vestido mais curto. Também trouxe a minha calcinha no bolso. Alguém pode me chamar de vagabunda? Alguém pode dizer que tenho de ser surrada? [...] Infelizmente, ainda nos deparamos com certo tipo de comportamento desprezível, abominável, que ainda enxerga a mulher como propriedade do homem. Esse é um dos maiores fatores da violência. Enquanto o homem não se libertar desse sentimento, as mulheres serão vítimas". - Resposta da vereadora a Agamenon Sobral (PP), que disse no plenário que uma mulher que desejava casar sem calcinha era “vagabunda” e merecia “uma surra”.
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Equipe Coordenação: Vito Giannotti Edição: Claudia Santiago (MTB 14.915) Redação: Claudia Santiago Colaboraram nesta edição: Eric Fenelon (RJ), Sheila Jacob (RJ), Rosângela Gil (SP), Sergio Domingues (RJ), Tatiana Lima (RJ), Junior Eler (ES).
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