Os cursos do NPC são muito conhecidos. Centenas de sindicatos já os fizeram com bons resultados. Os temas são aqueles abordados pelo nosso coletivo há muitos anos: 1) COMUNICAÇÃO DOS TRABALHADORES; 2) HISTÓRIA DAS LUTAS DOS TRABALHADORES no BRASIL e no MUNDO; 3) CONCEPÇÃO e PRÁTICA SINDICAL e uma série sobre COMUNICAÇÃO COMUNITÁRIA. Todos os cursos são destinados preferencialmente a dirigentes e jornalistas sindicais e militante de base, como delegados, representantes como cipeiros, membros de comissões etc. Atualizamos a página para você poder ver claramente os vários conteúdos e os enfoques diferentes. Confira aqui.
09 de fevereiro de 2015
Notícias do NPC
# Dia 10 e 11 de fevereiro: curso de ORATÓRIA no Sindipetro-MG # De 1 a 20 de fevereiro: atividade de produção de quatro jornais com os monitores do CURSO DO CEEP. Os jornais serão para os alunos e o povo de OSASCO, SANTO ANDRÉ, SÃO BERNARDO e MAUÁ. # Dia 26 de fevereiro: curso de CONCEPÇÃO E PRÁTICA SINDICAL, no Sintufejuf (Juiz de Fora)
Seis companheiros e companheiras do NPC, incluindo alunos do nosso Curso de Comunicação Popular, se juntaram a centenas de militantes, ativistas, lutadores de todas as batalhas que o MST está levando pelo Brasil afora. Eles foram a Guararema (SP) para uma comemoração pelos 10 anos da Escola Florestan Fernandes, uma escola de formação criada pelo MST com o apoio de diversos outros movimentos sociais. Na homenagem, estiveram presentes personalidades de referência da esquerda no país e no mundo. Dentre eles estavam João Pedro Stédile (MST), o teólogo Leonardo Boff, os políticos Eduardo Suplicy, Olívio Dutra e Ivan Valente, a professora Virgínia Fontes, os jornalistas Nilton Viana (Brasil de Fato) e Leonardo Severo (CUT), além dos filhos do sociólogo que dá nome à Escola: Heloísa Fernandes e Florestan Fernandes Júnior. O grupo teve a oportunidade de visitar a recém-inaugurada Casa de Artes Frida Kahlo, toda construída com o trabalho coletivo de militantes Sem Terra. Nossos companheiros voltaram encantados e mais dispostos a divulgar essas lutas para centenas e milhares de pessoas. Preparamos um curto vídeo que reúne imagens da comemoração. Para assistir, clique aqui.
Charge de Semana
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Artigos
[Por Paulo Pimenta] Toda vez que o debate sobre os limites do humor aparece, a mídia – especialmente a brasileira – diz que é preciso “ir até o fim” para se garantir a liberdade de expressão. “Não podemos recuar”, afirmam uns. “Não vamos deixar nos intimidar”, dizem outros. Mas dentro desses “limites do humor” é comum vermos por parte da mídia uma naturalização da violência, da cultura do machismo, da homofobia, do preconceito às minorias e intolerância às diferenças. Será mesmo que essas “gracinhas” fazem parte de um script tão inofensivo assim? Sabemos que não. O humor “apenas” por ser humor não está desprovido de um caráter ideológico em seu conteúdo. Mas, e quando a mídia passa a ser o alvo das críticas ou piadas, ela mantém o mesmo argumento de que o humor deve prevalecer a todo custo? Claro que não. Ela reage de forma autoritária quando é zombada ou satirizada em razão de seus erros e, especialmente, suas grandes fantasias jornalísticas. | Continue lendo.
Radiografia da Comunicação Sindical
A comunicação sindical não deve apenas olhar para o “próprio umbigo”. Ou seja, não deve tratar unicamente dos temas específicos de cada categoria. Um bom jornal ou revista sindical é aquele que aborda temas que têm a ver com a classe trabalhadora como um todo. A revista do Sindicato dos Engenheiros do Paraná é um exemplo dessa busca por temas mais amplos. A edição do final de 2014 deu bastante destaque ao tema da “democratização da mídia”, assunto que diz respeito não apenas a jornalistas e comunicadores mas à sociedade em geral. Nesse número, foi publicada uma grande reportagem sobre a mesa que debateu este assunto durante o 20º Curso Anual do NPC. O texto tem como título “Comunicação para todos”. A mesma revista publicou, com destaque, um artigo do coordenador do NPC, o escritor Vito Giannotti. Neste texto ele fala sobre seu novo livro “Comunicação dos trabalhadores e hegemonia” (2014, Fund. Perseu Abramo). Para ler a revista completa, basta acessar aqui.
A Comunicação que queremos
Um vídeo, preparado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, apresenta em pouco mais de 15 minutos um panorama das lutas realizadas em todo o país no ano de 2014. Para assistir, basta acessar aqui.
De Olho Na Mídia
Felipe Andreoli era repórter do CQC, da Band. Agora está na TV Globo, no programa Encontro com Fátima Bernardes. Na estreia, ele fez vários comentários preconceituosos enquanto conversava com a cantora Vanessa da Mata. Ao falar sobre o cabelo crespo, ele fez várias brincadeiras, dizendo que não molha na chuva, que não dá para jogar para o lado etc. A artista respondeu: “Você tem que parar com esse bullying com o nosso cabelo, porque já tem bullying demais por aí”. Infelizmente, nesses casos, a TV brasileira serve para reforçar um preconceito, já bastante difundido, de que negro tem “cabelo ruim” e, para ser bonito, precisa “alisar”.
Democratização da Comunicação
Entre os dias 10 e 12 de abril será realizado, em Belo Horizonte (MG), o 2º Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação (II ENDC). Antes, entre 12 e 14 de março, será realizado o Encontro Regional do Direito à Comunicação na Universidade Católica de Pernambuco, em Recife, cidade que foi sede do 1º ENDC. O objetivo do encontro é trocar informações sobre as lutas pelo direito à comunicação em que estão envolvidos midiativistas, pesquisadores, comunicadores comunitários e populares, dirigentes de emissoras públicas, sindicatos e outras organizações. Na pauta estão temas como o fortalecimento do sistema público; a sustentabilidade da comunicação popular, local, independente e comunitária; e a construção de estratégias para uma regulação democrática da radiodifusão.
Proposta de Pauta
Foi divulgado o resultado do Mapa da Violência 2014. De acordo com a pesquisa, o índice de jovens negros mortos no país corresponde a um número três vezes maior que o de homicídios de jovens brancos. A tendência é que esse quadro piore: aponta-se para uma redução do número de homicídios de jovens brancos e um aumento do de jovens negros. Mas isso não é novidade: todo dia a toda hora lemos e escutamos relatos horrorosos de violência. Qual a origem desta farra de sangue, em que a imensa maioria dos que morrem são jovens entre 18 e 22 anos, quase todos negros e favelados? Qual a explicação disso tudo? A população está envenenada pelas notícias da mídia. Ela vive apavorada e não se pergunta nada, só pede mais polícia para se garantir. Será que esta polícia, com esta mídia, vai garantir nossa segurança? Será que vai continuar matando, impunemente, aqueles jovens que correspondem ao grupo mais excluído de nossa população? E o que vamos fazer? O primeiro passo é abrir esta discussão na nossa imprensa, sindical, partidária, comunitária. Um bom caminho para estimular esse debate é divulgar o vídeo preparado pela Anistia Internacional para a campanha Jovem Negro Vivo. Ele aborda a invisibilidade e a naturalização dos assassinatos de negros no país. Está disponível no youtube.
De Olho Na Vida
[Por Vito Giannotti] A vitória dos trabalhadores gregos é uma lição muito séria para a Europa inteira: Espanha, Portugal, Itália, França, Inglaterra. É tudo a mesma desgraceira neoliberal. Em todos esses países a classe operária está sofrendo fortes derrotas. Perdendo velhas conquistas de décadas passadas. No Brasil com várias histórias de crise internacional e de recessão, os partidos de sempre querem impor fortes derrotas aos trabalhadores. Basta olhar as primeiras medidas que a presidente Dilma tomou no começo do mês de Janeiro. Todas são uma festa para os patrões e uma desgraça para os trabalhadores. Em resumo são todas retiradas de direito: auxilio doença, seguro desemprego, seguro pós morte. O que fazer? Povo na rua por um projeto político diferente do projeto neoliberal.
NPC Informa
A Coordenação dos Exames de seleção para a Escola Internacional de Cinema de TV de Cuba no Brasil (EICTV) comunica que estão abertas, até o dia 7 de março, as inscrições para o Processo Seletivo 2015 / 2018. As provas serão aplicadas nos dias 13 e 14 de março, em cinco cidades: Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Florianópolis (SC), Belém (PA) e Brasília (DF). Serão oferecidas oito especializações - Direção, Produção, Roteiro, Fotografia, Som, Documentário, Edição e TV e Novas Mídias. Cada candidato deverá optar por apenas uma destas especializações. O curso tem duração de três anos. O início está previsto para setembro de 2015 e término em julho de 2018.
De olho na história
Na internet é possível ver parte da trajetória da imprensa brasileira que combateu e resistiu à ditadura civil-militar brasileira. Foram jornais, revistas e cartazes produzidos na clandestinidade, no exílio e algumas vezes circulavam nas bancas. Para conferir, basta acessar a página do projeto “Resistir é preciso”, do Instituto Vladimir Herzog.
De dois anos para cá saíram dezenas de livros sobre a Ditadura de 64. Foi um show macabro, terrificante de prisões, tortura, exílios e mortes. Até poucos anos atrás, pouca gente sabia do que esta ditadura fez. Da desgraça que provocou para o país. Hoje, quem quer se informar, e quem tem possibilidade de se informar, pode ler centenas de livros, assistir dezenas de filmes, documentários e ouvir inúmeros depoimentos gravados de quem viveu e sofreu na pele a violência dessa época. Mesmo com tanta coisa publicada e divulgada sobre o assunto, faltava mostrar com mais destaque todas as perseguições, prisões torturas e mortes que atingiram diretamente os trabalhadores nas fábricas e nos bairros de moradia. Essa parte da investigação agora pode ser conferida por meio do livro “Investigação Operária: empresários, militares e pelegos contra os trabalhadores”. Seu objetivo é mostrar como os empresários prepararam o golpe, como o sustentaram e como viveram felizes com a ditadura. Junto com os militares e os pelegos seus servidores, esmagaram os trabalhadores naquele período.
De olho no mundo
Na segunda-feira dia 26, a esquerda do mundo todo se ligou no resultado das eleições presidenciais da Grécia. Faz mais de cinco anos que escutamos notícias do desastre econômico deste país. Para o povo e os trabalhadores sobram miséria, fome e morte. Sabemos que este é o resultado de toda a política dirigida pelo capital internacional por meio do FMI e do Banco Central Europeu. Por isso a vitória do SYRIZA nos encheu de esperança. Mas há visões contraditórias sobre para onde irá a Grécia. O boletim do NPC quer estimular o debate mais aberto e franco possível. Colocamos duas posições bem contraditórias. Uma de Tarso Genro, muito positiva e cheia de esperança. Outra de Antônio Mazzeo, totalmente negativa e nada de “oba oba”. E cada um de nós, como vai ficar? Por enquanto coçando a cabeça, procurando entender. Veja os links dos textos!
Imagens da Vida
Criado pelo Observatório de Favelas, o projeto Imagens do Povo foi lançado para formar fotógrafos em/de comunidades e mostrar novo olhar sobre esses espaços. Com a proposta de aliar a técnica da fotografia às questões sociais, o projeto foi idealizado pelo fotógrafo João Roberto Ripper, em 2004. Para marcar os dez anos de existência, foi lançado o livro “Nós”. Também está sendo realizada uma exposição na favela da Maré, no Rio de Janeiro, no Galpão Bela Maré. Na página da BBC, dez fotos mostram a sensibilidade dos participantes do projeto no momento de retratar as favelas.
Dicas
Está em cartaz, em vários cinemas do país, o longametragem “O Abutre”. Estrelado por Jake Gyllenhaal, o filme aborda a entrada de um jovem no agitado mundo do jornalismo criminal independente de Los Angeles. Ele passa a sobreviver dos crimes e acidentes que acontecem pela cidade, sendo capaz de tudo para conseguir imagens dessas situações chocantes. Esse filme deve ser visto por todos os comunicadores e aqueles que têm interesse pelo tema, pois propõe um construtivo debate sobre ética e as consequências do sensacionalismo para a sociedade.
O filósofo e ativista político francês Daniel Bensaid publicou um livrinho intitulado “Marx, manual de instruções”, editado no Brasil pela Boitempo. A obra oferece uma divertida introdução à vida e à obra do pensador alemão. É uma forma bastante clara, objetiva e bem humorada de apresentar importantes bases teóricas anticapitalistas. Ao texto soma-se uma série de quadrinhos que o provocativo cartunista francês Stéphane "Charb" Charbonnier fez especialmente para a obra. Charb foi morto recentemente no ataque, em Paris, à redação do Charlie Hebdo. O livro custa R$ 43,00 e está à venda em várias livrarias do país, inclusive na nossa Livraria Antonio Gramsci. Para comprar o seu exemplar pela internet, basta clicar aqui.
Pérolas
De qualquer forma, esse fenômeno [a vitória do Syriza na Grécia] é a prova mais flagrante de que acabou a chamada vitória do ‘capitalismo’ sobre o ‘socialismo real’ da União Soviética, bem como sobre a social-democracia. Algo está errado em um sistema econômico que não pode fornecer níveis adequados de emprego. [Trecho da entrevista do analista político Stan Draenos concedida a Gianni Carta, da Carta Capital.]
... logo percebemos que não nos tratavam como “oibó”, ou branco. Pertencíamos a outro grupo: o brasileiro. Um menino explicou-nos com candura: não cheirávamos a podre como um europeu e na vida diária nosso comportamento era semelhante ao dos seus. [Alberto da Costa e Silva, historiador e diplomata, sobre a Nigéria, país em que foi embaixador do Brasil nos anos 1970 – O Globo - 31/01/2015]
Sempre que vou ao Brasil tenho a impressão de que uma parte do país pensa: “Não temos nada a ver com a herança africana”. Já em outras partes as pessoas são mais iorubás do que muitos iorubás da Nigéria. Cultivam simbolismos e rituais, porque reconhecem que é uma visão de mundo autêntica. É como se o Brasil, em termos culturais, estivesse em guerra consigo mesmo. [Wole Soyinka, dramaturgo e escritor nigeriano, primeiro africano a receber o Nobel de Literatura, em 1986 – O Globo - 31/01/2015]
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Edição 283
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Equipe Coordenação: Vito Giannotti Edição: Claudia Santiago (MTB 14.915) Redação: Claudia Santiago Colaboraram nesta edição: Eric Fenelon (RJ), Marina Schneider (RJ), Sheila Jacob (RJ), Tatiana Lima (RJ).
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