Nesta edição do Boletim do NPC, apresentamos o depoimento do jornalista Beto Almeida (Telesur) sobre o 21º Curso Anual do NPC e contamos um pouco mais sobre algumas mesas da programação. Fique ligado! Em breve divulgaremos ainda mais!
25 de setembro de 2015
Curso Anual do NPC
O jornalista Beto Almeida, do canal de televisão Telesur e presidente da TV Cidade Livre de Brasília, vai participar da mesa “YO SOY… periodista! A mídia alternativa na luta dos trabalhadores” do 21º Curso Anual do NPC. Confira seu depoimento sobre a importância desse curso!
No dia 18/11, na segunda mesa do primeiro dia, refletiremos sobre a atualidade política e econômica no Brasil e no mundo. Para esse debate estão confirmados o sociólogo e professor da Unicamp, Ricardo Antunes, que é referência na avaliação das condições atuais da classe trabalhadora e das consequências da terceirização; Luiz Pinguelli Rosa, físico e professor da UFRJ, ex-presidente da Eletrobrás e referência no debate dos ataques à soberania nacional; e o advogado Eloá dos Santos Cruz, que acompanhou o processo de leilões da Vale, vai falar sobre as privatizações no Brasil.
O professor Francisco Fonseca, jornalista e autor do livro Consenso forjado; o jornalista José Arbex Jr., da Caros Amigos; a filósofa Márcia Tiburi; e o filósofo e professor da USP Vladimir Safatle (que ainda não confirmou a presença), são os convidados do 21º Curso Anual do NPC para debater o crescimento do pensamento de direita no Brasil e o papel da mídia no fortalecimento desse processo. Muitos trabalhadores e militantes sociais comprometidos com a defesa dos direitos humanos tem se assustado, o que torna urgente avançarmos nessa discussão. Nessa mesa, que é a primeira do dia 19, às 9h30, queremos refletir sobre o papel dos meios de comunicação hegemônicos na perpetuação desse discurso de ódio, além de valores como o machismo, a homofobia e o racismo.
Debater o papel da mídia alternativa se torna ainda mais urgente num contexto em que as lutas dos trabalhadores precisam ser cada vez mais fortalecidas. E é isso que pretendemos para a segunda mesa do dia 19/11, às 12h30. Nosso coordenador e um dos criadores do NPC, Vito Giannotti, sempre dizia que os trabalhadores não devem esperar nada dos meios de comunicação empresariais, comprometidos com os interesses do capital. Cabe à classe trabalhadora e aos militantes construírem seus próprios veículos de informação, por meio dos quais podem defender seus direitos, denunciar os ataques e valorizar suas formas de vida. Para pensar sobre esse assunto, convidamos três jornalistas que, assim como outros, eram muito queridos por Vito: Beto Almeida (Telesur e TV Comunitária de Brasília); Claudia Costa (Conlutas-SP); e Breno Altman (Opera Mundi).
Como não poderia ser diferente, uma das mesas do 21º Curso Anual do NPC será um momento especial de homenagem ao nosso coordenador, Vito Giannotti, que tanta falta nos fará nessa edição do “cursão”, como ele gostava de chamar. Vito partiu no dia 24 de julho, mas deixou um legado sem dimensões no campo da comunicação popular e dos trabalhadores. Não haveria espaço melhor para homenageá-lo do que uma mesa sobre a comunicação sindical, uma de suas obsessões e à qual dedicou grande parte de sua militância e de sua produção teórica. Para nós e para muitos do que estarão conosco nesses dias de novembro, é praticamente impossível falar sobre esse tema sem pensar nele. Essa mesa, na quinta-feira, dia 19, às 18 horas, contará a participação de Claudia Santiago Giannotti, outra referência neste tema. Jornalista, escritora e companheira de vida e de trabalho de Vito, Claudia é autora de, entre outros, “Comunicação Sindical: a arte de falar para milhões”, livro que dá nome à mesa. Além dela, alguns dirigentes foram convidados para apresentar os veículos desenvolvidos em seus sindicatos, como Carlos (STIU-DF) e Clóvis Nasicmento (Fisenge). Alguns amigos do Brasil inteiro também foram convidados a dar depoimentos e prestar sua homenagem a Vito Giannotti, o homem que virou semente e teima em continuar berrando em nossos ouvidos: “A luta continua, porra!”.
O debate sobre um determinado tipo de programa da mídia hegemônica, em especial, é bastante caro aos moradores de periferia: a criminalização da pobreza. É preciso refletir sobre os discursos produzidos a partir da cobertura de crimes e de ações policiais no rádio, na TV e nos jornais. Por que algumas mortes geram mais indignação que outras? Por que o pouco destaque dado à chacina de Osasco e Barueri? Como se produz a banalização e a naturalização de certas mortes, de acordo com sua classe social? Para isso, na sexta, às 11h30, vai ter início uma mesa com Dannilo Duarte, professor da UESB; Kleber Mendonça, professor da UFF; e Cecília Oliveira, jornalista e coordenadora de comunicação da LEAP-Brasil (Agentes da Lei contra a Proibição).
Na parte da tarde da sexta, às 15 horas, entra em cena o debate sobre a democratização da comunicação no Brasil. Renata Mieli, do FNDC e do Barão de Itararé; Laurindo (Lalo) Leal Filho, apresentador de TV e professor; e Alessandro Molon, deputado federal, irão debater em que as leis podem ajudar a termos uma maior pluralidade e diversidade de vozes veiculadas pelos meios de comunicação. Como fazer valer os artigos destinados ao campo da comunicação? De que maneira uma alteração no marco legal pode alterar esse quadro? Que avanços tivemos desde a realização da Conferência Nacional de Comunicação, em 2009? O que é a Lei de Mídia Democrática e como podemos saber mais sobre ela? Os canais de TV aberta, por exemplo, são concessões públicas, o que significa que a Globo, o SBT, a Band e outros devem servir aos interesses da maioria da sociedade, e não aos dos grupos empresariais. O que vemos, no entanto, é o contrário disso. Programas preconceituosos, novelas que incentivam a violência, ou seja, uma programação que não obedece a função informativa e educativa prevista pela Constituição Brasileira.
No sábado, 21/11, às 9 horas, a jornalista do Repórter Brasil, Sabrina Duran; Guilherme Boulos, membro da coordenação nacional do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto); e o deputado estadual pelo PSOL do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, debatem o processo de gentrificação das cidades brasileiras, a mídia e os trabalhadores. Com o aumento do custo de vida, a especulação imobiliária e a hipervalorização das regiões centrais com a consequente expulsão dos mais pobres, quase todas as grandes cidades têm se tornado espaços para privilegiados. A mídia desempenha um papel importante nesse processo tanto ao estimulá-lo quanto ao denunciá-lo, como tem feito principalmente a imprensa alternativa.
Nos últimos anos, o NPC tem contribuído nacionalmente para a conscientização do papel fundamental dos meios de comunicação de esquerda para a disputa das ideias dominantes da sociedade. Entendemos que os jornalistas de sindicatos e de entidades de luta devem colaborar não apenas com a transmissão de informações, mas também, e principalmente, com a formação da classe trabalhadora. Refletirão sobre essas questões jornalistas de diversos estados do país, como Rita Casaro de São Paulo; Ednubia Ghisi, do Paraná; Rogério Almeida, do Pará; e Cristian Góes, de Sergipe.
Por dentro da programação
Na próxima semana, enviaremos um Boletim do NPC contando sobre as outras mesas da programação do 21º Curso Anual! Não deixe de conferir! A programação completa e as informações sobre inscrição estão em: http://nucleopiratininga.org.br/curso2015.
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Edição Especial: 21º Curso Anual do NPC
Para jornalistas, dirigentes, militantes e assessores sindicais e dos Movimentos Sociais
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