Boletim do NPC

Dia 31 de março, vai ao ar entrevista do Frei Betto para o Programa Quintas Resistentes

Não perca!

23 de março de 2016

Notícias do NPC

Jornalista Renata Souza assina prefácio do livro sobre comunicação popular

Já está na gráfica o livro do NPC sobre a história e experiências da comunicação popular no Rio de Janeiro. Coordenada pela jornalista Claudia Santiago, a pesquisa reúne um rico e vasto material, de interesse a jornalistas, comunicadores populares, professores e todos aqueles interessados no assunto. O prefácio da obra foi assinado pela jornalista Renata Souza, que já foi do NPC, faz Doutorado em Comunicação e Cultura na UFRJ e trabalha no Mandato do deputado Marcelo Freixo. Escreve Renata: “Experiências em Comunicação Popular no Rio de Janeiro ontem e hoje é um livro que dá o ‘papo reto’ sobre a comunicação dos trabalhadores, dos favelados. Um papo reto, sem curva ou reticência, é aquele que forma e informa sem ‘mimimi’, que vai direto ao ponto de interesse: a luta pelo direito à vida e à voz. Em busca disso, essa publicação trafega, a partir da ditadura militar, na resistência cotidiana nos becos e vielas da favela com seus moradores, mas atenta às balas, vozes e vidas perdidas”. O livro será lançado em breve!

Notícias do NPC

Livraria Antonio Gramsci assina manifesto dos escritores e profissionais do livro pela democracia

Foi publicado, no início da tarde de segunda-feira, 21 de março, o texto final do manifesto que reúne assinaturas de cerca de mil autores e profissionais do livro em defesa da democracia. Diz um trecho do texto, assinado pelas editoras da Livraria Antonio Gramsci. O manifesto conta também com assinaturas de nomes como Chico Buarque, Antonio Candido, Aldir Blanc, Milton Hatoum, Bernardo Carvalho, Laerte, Elisa Lucinda, Ivana Jinkins, entre outros. “Nós, abaixo assinados, que escrevemos, produzimos, publicamos e fazemos circular o livro no Brasil, vimos nos manifestar pela defesa dos valores democráticos e pelo exercício pleno da democracia em nosso país, de acordo com as normas constitucionais vigentes, no momento ameaçadas. Não podemos imaginar a livre circulação de ideias em outra ordem que não seja a da diversidade democrática, gozada de forma crescente nas últimas décadas pela sociedade brasileira, que é cada vez mais leitora e tem cada vez mais acesso à educação”. Leia o texto completo.

Proposta de Pauta

Negras são as principais vítimas do trabalho infantil doméstico no país

94 por cento das crianças e adolescentes que faziam serviços domésticos no Brasil em 2013 eram meninas. De acordo com uma pesquisa divulgada na quarta-feira (16), em Brasília, pelo Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, no ano de 2013, 200 mil crianças do sexo feminino trabalhavam com atividades domésticas, contra 12 mil do sexo masculino. Em relação à cor e raça, o trabalho infantil doméstico é praticamente composto de negros: 73% contra 27% de não-negros. O estudo, feito com base em informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), compara dados de 2012 e 2013, e revela que, no ano de 2013, o total de crianças que realizavam atividades domésticas no Brasil era de mais de 6 milhões. | Fonte: Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades| Leia mais.

Radiografia da Comunicação Sindical

Se a Globo não mostra, a TV dos Trabalhadores registra o ato contra o golpe e pela democracia

Quem ligou a TV no domingo, 13 de março, e na sexta-feira seguinte, dia 18, percebeu a diferença. No domingo, a cobertura da Globo era feita ao vivo com transmissões durante todo o dia, não apenas noticiando o fato como também convocando para as ruas. Já na sexta-feira, o tom foi completamente diferente. Os protestos não tiveram a mesma repercussão, apesar de diversas cidades do país inteiro estarem lotadas com artistas, militantes e cidadãos reunidos contra o golpe, em defesa da democracia e contra a atuação política do judiciário. Ciente de que não dá para esperar postura diferente das organizações Globo, que inclusive em 1964 apoiaram o golpe, a TVT, TV dos Trabalhadores, cobriu o ato de sexta. Confira o vídeo.

A Comunicação que queremos

Cartilha contribui para a produção audiovisual comunitária 

A cartilha Educação Audiovisual e Processos Colaborativos é um projeto que quer contribuir para o fortalecimento de experiências de produção de audiovisual comunitárias ligadas à juventude. A iniciativa é do Departamento de Comunicação social da Universidade Federal de Minas Gerais e do Programa Polo de Integração da UFMG no Vale do Jequitinhonha. Foi pensada para estimular e alimentar a formação de uma rede de diálogos entre os jovens da região do Vale do Jequitinhonha. Mas traz dicas e informações úteis para quem quer fazer comunicação e trabalhar com rede de qualquer lugar do país e até do mundo. A cartilha ensina sobre o uso estratégico do vídeo para a mobilização comunitária, a linguagem a ser utilizadas, os elementos da narrativa audiovisual, o processo de produção de um vídeo ou programa de TV, além do planejamento da produção em vídeo e TV. Está disponível online. [Fonte: AIC - Associação Imagem Comunitária]

NPC Informa

Publicidade federal: Globo recebeu R$ 6,2 bilhões dos governos Lula e Dilma

Segundo dados divulgados em junho de 2015, a Rede Globo e as cinco emissoras de sua propriedade teriam recebido R$ 6,2 bilhões em publicidade federal durante os últimos doze anos de governo petista. A segunda maior verba foi destinada à Record: R$ 2 bilhões. De 2003 a 2014, o SBT recebeu R$ 1,6 bi, a Band, R$ 1 bi e a Rede TV! ficou com R$ 408 milhões. | Leia a matéria completa publicada na Carta Capital no ano passado.

A Comunicação que queremos

Aplicativo para denunciar violações de direitos humanos é lançado pelo Fórum de Juventudes do Rio

[Por Gizele Martins] O Fórum de Juventudes do Rio de Janeiro lançou na noite de segunda-feira, 21 de março, o aplicativo NósporNós. Mais de 80 pessoas estiveram presentes no evento realizado no auditório do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação Rio de Janeiro (Sepe), Centro do Rio. Durante os dois últimos anos, o Fórum de Juventudes circulou por mais de 10 favelas cariocas para realizar oficinas que facilitassem o levantamento de informações sobre o racismo praticado pelos governantes. Nestas aulas, foi solicitado por inúmeros jovens uma forma de denúncia prática das violações de direitos humanos que eles sofrem pela polícia e pelo Estado. Uma das sugestões foi a criação deste aplicativo, que pode ser baixado no celular de qualquer pessoa. É importante lembrar que todas as denúncias serão analisadas por organizações de direitos humanos do Rio. Depois disto, serão encaminhadas para o Ministério Público. Durante o lançamento, mais de dez militantes defensores de direitos humanos foram homenageados pelos jovens que compõem o Fórum de Juventudes. O evento encerrou com músicas, poesias e nomes de moradores e moradoras assassinados nas mais variadas favelas e periferias do país.

De Olho Na Mídia

Manifestação da direita não causa “transtornos”

[Por Luisa Santiago] É comum que, nos jornais de maior circulação da mídia brasileira, as notícias sobre as manifestações organizadas pelos movimentos sociais ou pela esquerda brasileira comecem pelos supostos transtornos que elas causam no trânsito e na vida das grandes cidades. "Você acha justo que toda uma cidade pare por causa do problema de alguns?", nos perguntam frequentemente. Professores, estudantes, garis, profissionais da saúde pública, para citar os protestos mais recentes, todos viram suas mobilizações e passeatas serem noticiadas para o resto da sociedade a partir do problema que causavam, e não de sua demanda. Isso, no entanto, não se repetiu no início da semana passada quando manifestantes contra o governo Dilma fecharam a Avenida Paulista, uma das mais importantes e movimentadas de São Paulo, maior cidade do Brasil. Foram mais de 24 horas de fechamento de uma via por onde passam milhares de veículos todos os dias e, curiosamente, não foi possível ler uma linha sobre o inevitável caos no trânsito que deve ter se estabelecido no entorno. O tom era sempre de exaltação. A criminalização, os transtornos e problemas, eles deixam para destacar quando a manifestação não atender aos seus interesses. É a velha história dos pesos e medidas e mais uma prova de que esse jornalismo não trabalha com imparcialidade, ao contrário do que insistem em afirmar.

De Olho Na Mídia

Capas de O Globo comprovam que o jornal está, mais uma vez, do lado dos golpistas

Pela imagem acima, fica clara a diferença de abordagem do jornal O Globo com relação às duas manifestações da semana passada. Enquanto na passeata de domingo (13), segundo o jornal, o “Brasil” foi às ruas, na de sexta-feira (18) foram os “aliados” de Dilma e Lula - enquanto o mote era a defesa da democracia e contra o golpe. Uma análise completa foi feita pelas jornalistas Bia Barbosa e Helena Martins, ambas do Intervozes. | Leia o texto completo.

De olho no mundo

Direitos humanos em Cuba

[Por Cid Benjamin/via Facebook em 21.3.2016] A grande imprensa brasileira tem enfatizado a importância de que, em sua visita a Cuba, Obama converse com Raul Castro a respeito da situação dos direitos humanos na ilha. Estou de pleno acordo. É inadmissível que haja pessoas torturadas, presas em condições desumanas durante anos, sem acesso a advogados ou que sequer saibam do que são acusadas. Isso tem que acabar. A base de Guantánamo tem que ser fechada e o território, devolvido ao governo cubano. Com um pedido de desculpas.

De olho no mundo

Imprensa internacional noticia tentativa de Golpe no Brasil

Diversos veículos da imprensa internacional têm noticiado os recentes acontecimentos da política brasileira denunciando os excessos de alguns setores do poder judiciário e a tentativa de Golpe em curso. Confira algumas matérias!

De Olho Na Vida

Crime? escreveu uma crônica – conheça a história do jornalista Cristian Góes

[Por Cristian Góes] Volto ao assunto porque ele se tornou público e algumas pessoas acompanham seus passos. Muitos sabem que fui condenado a sete meses e 16 dias de prisão (convertida em prestação de serviço à comunidade e já cumprida) e ao pagamento de R$ 30 mil de indenização, tudo isso por escrever uma crônica ficcional e em primeira pessoa (Eu, o coronel em mim), texto sem nomes de pessoas e, claro, sem fatos reais. As ações são de 2012 e foram movidas pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Sergipe, Edson Ulisses, com apoio e participação decisiva do Ministério Público do Estado. Na verdade, elas são a vontade absoluta de caciques políticos, numa parceria com outros esquemas de poder. Segundo a acusação, quando escrevi “coronel” estaria me referindo comprovadamente ao então governador Marcelo Déda, do PT. Quando escrevi “jagunços das leis” nomeie com nome e CPF o senhor Edson Ulisses, cunhado do governador. Os textos das condenações são absurdos, parecem retirados de Kafka. Condena-se com base em “é possível fazer uma associação”, “para bom entendedor meia palavra basta”, etc. Não se respeitou a lei, fazendo imperar a vontade subjetiva para atender o poder. Pois bem, depois de um ano da condenação cível e da entrada de nosso recurso ao TJ, o caso deverá será julgado essa semana pelos pares do mesmo desembargador. Leia mais.

Memória

A OAB está onde esteve em 1964: no golpe

[Por Ayrton Centeno] Houve quem se surpreendesse com a decisão do Conselho Federal da OAB de apoiar o impeachment de Dilma Rousseff. Mas quem sabe como a Ordem se comportou 52 anos atrás recebeu a notícia até com certo enfaro. Zero de espanto. Em 1964, o Conselho Federal da OAB saudou a deposição de João Goulart e o fim abrupto do governo constitucionalmente eleito. Em êxtase, alegrou-se com o golpe. Quem afirma isto não é o reles escriba mas…a OAB. Abre aspas: “Dessa forma, a Ordem recebeu com satisfação a notícia do golpe, ratificando as declarações do presidente Povina Cavalcanti, que louvaram a derrocada das forças subversivas”. É o que está registrado, com todos os verbos e adjetivos, no próprio site do Conselho Federal. Leia mais.

Democratização da Comunicação

O direito à comunicação do povo, que não é bobo

[Por Luísa Guimarães e Rafael Villas Bôas] Nas últimas semanas, a Rede Globo subiu o tom em seu noticiário político. São edições inteiras do Jornal Nacional dedicadas a grampos aparentemente ilegais contendo toda sorte de fofoca palaciana – mas nenhum crime –, delações tomadas como verdade absoluta, além do circo montado na condução coercitiva de Lula. Mas por que tratar tão mal quem sempre lhe deu verbas e anúncios? Por que tamanha ingratidão a um governo que nunca peitou realmente o debate acerca da democratização dos meios? As respostas se desdobram em diversas facetas. Uma delas passa pela emergência da discussão sobre o direito à comunicação. [...] O que sabemos sobre o nosso direito à comunicação? Essa talvez seja uma das discussões mais silenciadas – especialmente porque não interessa às empresas de comunicação trazê-la à tona. Embora as pessoas se sintam incomodadas em relação à qualidade do que se pode ver na televisão ou ouvir no rádio, não sabem que há um direito sendo desrespeitado nesse processo. | Leia o texto completo.

Artigos

Mídia empresarial e a corrosão dos valores democráticos

[Por Gaudêncio Frigotto] Pela Constituição brasileira, os meios de comunicação são concessão do Estado e deveriam atender aos interesses universais e não privados. Portanto, interesses democráticos. Mas a imprensa empresarial privada e monopolizada é, por definição, anti-democrática. Vale dizer, atende aos interesses de grupos e não aos interesses da sociedade no seu conjunto. | Leia mais.

Entrevistas

Para Sylvia Moretzsohn, professora da UFF, cobertura da Globo sobre acontecimentos políticos cria condições para golpe de Estado no Brasil

[Por Mariana Pitasse - Brasil de Fato RJ] O modo como a Rede Globo está noticiando os últimos acontecimentos políticos tem repercutido de várias formas pelo país. Na última quarta-feira (16 de março), uma edição estendida do Jornal Nacional foi dedicada apenas a interpretar gravações sigilosas de Lula e da presidente Dilma, parte de investigações da Polícia Federal liberadas diretamente pelo juiz federal Sérgio Moro. Nas redes sociais, o Jornal Nacional foi um dos assuntos mais comentados, principalmente no Twitter, em que a maioria das postagens fazia críticas à “cobertura manipuladora promovida pela emissora”. Para Sylvia Moretzsohn, professora do Instituto de Artes e Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense (UFF), está crescendo a consciência de que existe uma manipulação de informações articulada pela Rede Globo. Leia a entrevista completa.

Dicas

Documentário “Muito além do Cidadão Kane”

O documentário Muito além do Cidadão Kane foi produzido pela BBC de Londres no início dos anos 1990. Quem já assistiu não tem se surpreendido com a clara defesa do golpe promovida pela emissora nos últimos dias. Essa atitude não é nova, já que, como mostra o filme, a Globo apoiou a ditadura, promoveu censura a artistas, fez manipulações no debate entre Lula e Collor em 1989 e teve outras atuações com motivação política. O filme traz depoimentos de Chico Buarque, Brizola, Lula e outros. Veja o documentário.

Dicas

Como conversar com um fascista

A filósofa Marcia Tiburi traz, em Como conversar com um fascista, um propósito filosófico-político: pensar com os leitores sobre questões da cultura política experimentada diariamente, de um modo aberto, sem cair no jargão acadêmico. O argumento principal é como pensar em um método, ou uma postura, para contrapor o discurso de ódio, seus reflexos na sociedade brasileira e repercussão nas redes sociais. Tiburi propõe o diálogo como forma de resistência e analisa notícias recentes e acontecimentos do mundo político para mostrar mais uma vez que é possível falar sobre temas complexos de maneira que todos compreendam. Compre aqui!

Pérolas

Por Leandra Leal, no twitter

"@GloboNews, estou trabalhando e, assim como domingo (13 de março) e ontem, queria acompanhar as manifestações. Cadê a cobertura ao vivo?" [Leandra Leal questiona a diferença da cobertura feita pela GloboNews. Enquanto as manifestações do dia 13 de março, que pediam o impeachment, foram transmitidas ao vivo, as do dia 18, contra o golpe e pela democracia, não tiveram a mesma repercussão.]

Pérolas

Por Florestan Fernandes

"Para o sociólogo, não existe neutralidade possível: o intelectual deve optar entre o compromisso com os exploradores ou com os explorados”. [Assim começa Florestan Fernandes o prefácio do seu livro Em busca do socialismo]

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Edição 307

Para jornalistas, dirigentes, militantes e assessores sindicais e dos Movimentos Sociais

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Equipe
Coordenação: Claudia Giannotti
Edição: Claudia Giannotti (MTB 14.915)
Redação: Claudia Giannotti, Sheila Jacob e Luisa Santiago

Colaboraram nesta edição: Eric Fenelon (RJ), Marina Schneider (RJ), Rosangela Ribeiro Gil (SP), Tatiana Lima (RJ).

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