Na última terça-feira, 10 de maio, foi lançado o livro do NPC sobre experiências de comunicação popular no Rio de Janeiro. Assista aqui o vídeo do evento!
19 de maio de 2016
Notícias do NPC
Neste último final de semana, tivemos uma importante programação do Curso de Comunicação Popular do NPC. A aula foi realizada na comunidade São José Operário, na Praça Seca, zona oeste do Rio. De manhã, a aula foi sobre linguagem e redação em comunicação popular. De tarde, a turma andou pelas ruas do local, conheceu sua história e participou do lançamento do filme "Irmão do Morro". Produzido pelos alunos do NPC, o curta conta a história do Padre Frank, que morou na comunidade e transformou não apenas o local, mas também as pessoas com quem conviveu.
Na última edição do Boletim NPC, anunciamos as ferramentas de comunicação do Sindicato dos Petroleiros do Rio. Na mesma semana, no dia 5 de maio, fomos convidados para participar de uma edição do programa “Democracia e Comunicação”, que é transmitido toda quinta-feira, às 17h30, pela Rádio Petroleira. Nesse dia, falamos sobre a publicação do livro “Experiências em comunicação popular no Rio de Janeiro ontem e hoje”. Para ouvir o programa, basta clicar aqui.
Em homenagem ao nascimento de Karl Marx, a Boitempo faz, desde o dia 5 de maio, uma promoção de 40% de desconto em todos os livros de Marx e de Engels. E aqui na Livraria Antonio Gramsci você pode aproveitar essa promoção apenas até AMANHÃ (dia 20/05) na loja e até DOMINGO (dia 22/05) no site. NÃO PERCA! A Livraria fica na Rua Alcindo Guanabara, 17 - Centro - Rio de Janeiro (Rua entre a Câmara dos Vereadores e o Bar Amarelinho).
Charge de Semana
Por Carlos Latuff
Artigos
[Por Rita Casaro/SP*] Para os jornalistas e ativistas digitais que compareceram à entrevista coletiva com Pepe Mujica, organizada pelo Centro de Estudos Barão de Itararé, em 27 de abril último, na sede da entidade, em São Paulo, o encontro com o ex-presidente Uruguaio foi um fundamental momento para reflexão. Mais que trazer apoio àqueles que se mobilizam contra o ilegal processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, cuja abertura havia sido aprovada pela Câmara dos Deputados dez dias antes, o carismático líder da esquerda latino-americana lançou luz sobre questões essenciais em pauta hoje no Brasil. Os caminhos da civilização humana, os sentidos da política, a relatividade dos triunfos e derrotas e a necessidade de se ter uma causa para viver foram alguns dos pontos abordados por Mujica. Em tempos de pragmatismo excessivo, hipocrisia generalizada e desesperança, as lições generosas desse militante, então prestes a completar 81 anos, 13 dos quais passados preso em condições desumanas durante a ditadura no Uruguai, podem ajudar a renovar a fé no futuro. Confira trechos da palestra e entrevista concedidas em clima de bate-papo e irreverência.
Entrevistas
[Por Joana Tavares/Brasil de Fato] Apesar do cenário tenso, há perspectiva de que haja uma nova escalada de mobilização social contra as medidas conservadoras do governo Temer. Essa é a avaliação de Breno Altman, diretor editorial do site Opera Mundi e da revista Samuel e militante histórico do PT. Ele comenta ainda sobre as perspectivas para a esquerda e as lições que se pode tirar dessa crise. Confira a entrevista completa!
A Comunicação que queremos
A TeleSur vive um período de resistência contra o avanço conservador e o ataque à mídia contra-hegemônica. O projeto inicialmente foi idealizado por Hugo Chavez e Fidel Castro para criar o primeiro canal de TV que integre as vozes dos movimentos populares e trabalhadores da América Latina. A TV vem perdendo apoio com a tomada de poder dos representantes de um projeto neoliberal na região. Também vem sofrendo uma forte campanha de perseguição e desligamento do sinal nos serviços de TV a cabo, como é o caso da Argentina. Apesar de tudo, a diretoria do canal já argumentou que "a linha editorial não está em negociação", e vem pedir colaboração para continuar. Por isso, o canal lança a campanha Ciudadano TeleSur / Cidadão TeleSur, que pode ser acessada aqui.
NPC Informa
Nesta quinta-feira, 19 de maio, o Cine Odeon exibirá uma sessão especial de lançamento do filme “FREENET”, com debate e presença de especialistas e do diretor do longa. O filme discute direitos, liberdade da população em relação à internet e o futuro desta através de diversos depoimentos. O longa também fomenta um debate acerca da realidade supostamente democrática da internet, e também sobre seu futuro. Levanta as seguintes questões: a internet é democrática? É um direito de todos? Nas mãos de quem está nossa privacidade? Estarão no debate: Fabro Steibel (diretor executivo do ITS Rio); Joana Varon (fundadora da Coding Rights); Fernanda Bruno (coordenadora do MediaLab UFRJ); e Pedro Ekman (diretor e roteirista de “FREENET”, e representante do coletivo Intervozes). Saiba mais.
O documentário brasileiro "Retratos de Identificação" que tinha uma projeção-debate agendada para o próximo dia 31 de maio, teve sua sessão cancelada pela Embaixada brasileira em Paris. O evento havia sido organizado pela Associação Alter'Brasilis. Segundo os organizadores, o cancelamento da sessão foi feito via telefone porque tratava de um “assunto espinhoso”. A página oficial do filme no Facebook divulgou o ocorrido. Dirigido por Anita Leandro, o documentário mostra que, na época da ditadura militar, os presos políticos eram fotografados em diferentes situações: desde investigações e prisões até em torturas, exames de corpo de delito e necropsias.
De Olho Na Mídia
Antes e depois. O site G1, do Grupo Globo, mudou a forma de falar sobre a alta do dólar depois do golpe que afastou a presidente Dilma Rousseff, eleita democraticamente em 2014. Antes, o valor alto da moeda era visto como um problema. Pela manchete da imagem, vemos a crítica pela perda de poder de compra dos brasileiros no exterior. Na semana seguinte, depois do golpe, já com o presidente interino Michel Temer empossado, a abordagem muda. O que antes era visto negativamente, passa a ser olhado por um ponto de vista positivo. O que é ressaltado não é mais o problema da alta do dólar para os brasileiros, mas o fato de que o dólar barato para os estrangeiros atrai turistas para o país. Conveniente, não?
As capas da revista Isto É também mostram a abordagem diferente quando o assunto é Dilma e quando é o governo interino de Temer. Na edição de 23 de setembro do ano passado, o tom da manchete era que os cidadãos brasileiros estavam sendo prejudicados pelo governo. Já no caso do presidente em exercício atualmente, querem nos convencer de que devemos colaborar com ele, e que todos os reforços devem ser entendidos “pelo bem da nação”.
[Por Mario Magalhães] A primeira página da edição impressa do jornal britânico “The Guardian'' tem espaço para uma só fotografia grandona, rasgada. Ontem, estampou artistas brasileiros protestando no mais importante festival de cinema do mundo, o de Cannes. Cartazes em inglês e francês denunciaram o golpe de Estado que depôs a presidente constitucional Dilma Rousseff. No dia em que historiadores e pesquisadores do jornalismo quiserem reconstituir e interpretar o ambiente nestes trópicos nesta época, deixo a sugestão: comparar a capa do “Guardian'' com as primeiras páginas de diários do Brasil. Leia mais.
De olho no mundo
Pela Globo News ficamos sabendo um pouco sobre a repercussão internacional negativa do governo de Michel Temer. O correspondente Jorge Pontual cita as críticas publicadas nos jornais "The New York Times" e "The Guardian", principalmente sobre a ausência de mulheres nos Ministérios. Para ver o vídeo, acesse aqui.
[Por Opera Mundi] Segundo artigo publicado no jornal britânico, o processo de impeachment de Dilma foi alimentado desde sua eleição por homens ricos e brancos na política e na mídia, aponta artigo publicado neste domingo (15/05) no jornal britânico The Independent. De acordo com o texto, assinado pelo professor Manuel Barcia Paz, da Universidade de […]
Proposta de Pauta
[Por Pedro Carrano/ Brasil de Fato] Tive a oportunidade de acompanhar, presencialmente, alguns episódios de queda de presidentes na América Latina. Eu estava na Bolívia quando o presidente Carlos Mesa, em 2005, foi derrubado pelo movimento indígena e pelos trabalhadores. A questão é que essa mudança esteve amparada na luta de amplas massas populares e expressou o avanço para um programa democrático, de ampliação de direitos e inclusão social, em um ciclo que se instalou em todo o continente. [...] É justamente o contrário de situações que sucederam, anos mais tarde, em Honduras (2009), no Paraguai (2012), e agora no Brasil, onde o golpe é gestado no parlamento e no judiciário, ancorado em setores sociais específicos, com um programa que, na verdade, busca a restauração de cortes trabalhistas e ajustes como saída para a crise internacional. | Continue lendo.
De Olho Na Vida
"Pele preta nessa terra/É bandeira de guerra porque vi/Conceição, Dandara/Pra matar preconceito, eu renasci". Confira, curta e compartilhe o clipe da música "Pra matar preconceito", de Manu da Cuíca e Raul DiCaprio, nas vozes de Marina Iris e Nina Rosa. Assista aqui!
No fim do ano passado, o coletivo Não Me Kahlo iniciou uma campanha que teve grande repercussão na internet. Com depoimentos de mulheres denunciando comportamentos machistas de homens próximos, a hashtag #MeuAmigoSecreto rapidamente se espalhou e tomou conta das redes sociais. Para que a iniciativa não se limitasse a hashtag, as fundadoras do coletivo partiram dos depoimentos para eleger alguns temas e aprofundá-los em um livro recém-lançado. O livro se chama "#MeuAmigoSecreto - Feminismo além das redes" e entre os temas escolhidos estão: aborto, violência contra a mulher, feminismo negro e padronização estética. Vale conferir!
Democratização da Comunicação
Helder Barbalho é o novo ministro da Integração Nacional e dono de TVs no Pará, retransmissoras da Band. Sarney Filho, dono da TV Mirante, no Maranhão, afiliada da Globo, volta a ser ministro do Meio Ambiente. É também para retransmitir imagens globais que Henrique Eduardo Alves retorna à Esplanada dos Ministérios, agora na pasta do Turismo. Ricardo Barros, nomeado por Michel Temer como ministro da Saúde, possui a Rádio Jornal de Maringá, no Paraná. Eles não são os únicos políticos a controlar rádios e TVs – prática contestada por dez entre dez especialistas em direito à comunicação e, mais recentemente, pelo Ministério Público Federal, que pretende cassar as concessões de congressistas. Outros três ministros do presidente interino têm rádios e TVs em nome de parentes. São eles: o eterno Romero Jucá, do Planejamento/ e os oligarcas Mendonça Filho, da Educação (e da Cultura), e Fernando Coelho, das Minas e Energia. A proporção é inédita. Quase 1/3 dos 23 ministros de Temer – ao todo, sete – possui ou controla pelo menos uma rádio ou televisão. Quatro ministros declararam possuir rádios ou televisões. Ou ambos. Os dados são da Justiça Eleitoral. São eles: Ricardo Barros (PP), Sarney Filho (PV), Helder Barbalho (PMDB) e Henrique Eduardo Alves (PMDB). | Continue lendo.
Memória
Em 19 de maio de 1895 morreu José Martí, político, pensador, jornalista, filósofo e poeta cubano. Martí nasceu em Havana, em 28 de janeiro de 1853, quando Cuba ainda era uma das últimas províncias ultramar da Espanha. Aos 16 anos foi aluno do poeta Rafael de Mendive e, influenciado por seus ideais separatistas, publicou seu primeiro drama patriótico em versos, o Abdala, no único número do jornal La Pátria Livre. Foi neste mesmo período que teve início a primeira luta pela soberania de Cuba, conhecida como Guerra dos Dez Anos (1868-1878). José Martí apoiou essa luta publicamente. Junto com os ideais do marxismo-leninismo, suas ideias orientam a política de Cuba até hoje. [Fonte: OperaMundi]
Imagens da Vida
Em protesto contra a extinção do Ministério da Cultura, artistas, profissionais da cultura e sociedade civil organizada ocuparam nesta semana o Palácio Capanema, prédio que abrigava a sede do ministério no Rio de Janeiro. [Foto: Cristina Froment/Facebook]
Dicas
O documentário “She’s beautiful when she’s angry” (“Ela é bonita quando está brava”) chegou recentemente à Netflix. O longa relembra a história dos movimentos de mulheres dos Estados Unidos entre os anos de 1966 e 1971 e como eles impactam a realidade até hoje. Conta a história do movimento poderoso que culminou em mudanças concretas no país e em inspiração para o mundo todo. As mulheres lutavam pelo reconhecimento de sua causa e pelo direito de escolha, para que a maternidade, o casamento e a dedicação ao lar fossem opções. “O pessoal é político”, diziam elas. Também foi nessa fase que surgiram as dissidências tão necessárias do feminismo negro e dos movimentos das mulheres lésbicas, que questionavam a ideia de uma mulher universal e reafirmavam as nossas diferentes experiências.
Quem tem a oportunidade de ir para São Paulo não pode perder a exposição que está em cartaz no CCBB. A mostra apresenta 75 obras de 32 artistas do movimento que propôs um novo projeto, baseado na intensidade das cores. O grupo é formado por ícones do movimento impressionista, como Van Gogh, Gaughin, Cézanne, Matisse e outros. Um dos pintores da exposição, o francês Maximilien Luce (1858 – 1941), era conhecido por seu ativismo político. Homem de origem humilde, ele se valeu de sua pintura como forma de denúncia dos limites do capitalismo, povoando seus quadros com cenas do mundo do trabalho. “Batedores de estacas”, que você vê neste post, é um dos quadros expostos. A mostra “O triunfo da cor. O pós-impressionismo: obras-primas do Musée d'Orsay e do Musée de l'Orangerie” fica em cartaz no CCBB São Paulo até 7 de julho. Essa dica veio do amigo e jornalista paraense Rogério Almeida. Mais informações aqui.
Pérolas
“O mundo não pode aceitar um governo ilegítimo”, “Brasil está passando por um golpe de estado”, “54,5 milhões de votos queimados”
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Edição 311
Para jornalistas, dirigentes, militantes e assessores sindicais e dos Movimentos Sociais
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Equipe Coordenação: Claudia Giannotti Edição: Claudia Giannotti (MTB 14.915) Redação: Claudia Giannotti, Sheila Jacob e Luisa Santiago
Colaboraram nesta edição: Eric Fenelon (RJ), Gizele Martins (RJ), Marina Schneider (RJ).
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