Boletim do NPC

1 de fevereiro de 2020

Notícias do NPC

NPC produz entrevistas e matérias sobre a Covid 19 nas periferias do Rio

Desde o início da pandemia da Covid 19, estamos produzindo matérias, entrevistas e vídeos sobre como moradores de favelas e periferias estão agindo para se proteger e sobreviver nesses tempos tão difíceis. É a série “Diário da pandemia na periferia”. Entrevistados e entrevistadores são, em sua maioria, ex-alunos do curso de comunicação popular do NPC. O curso existe há quase vinte anos e, graças a ele, criamos uma grande rede de troca de ideias e compartilhamento de experiências e iniciativas. É essa rede que garante a riqueza e a diversidade do material aqui divulgado. São notícias atualizadas sobre a situação no Alemão, na Maré, na Praça Seca, no Chapadão, no Morro da Formiga, na favela Santa Marta, no Fallet, no Morro do Pinto, no Borel e em outras localidades. | Saiba mais e acompanhe!

Diário da Pandemia na Periferia

O efeito dominó da falta de renda na vida dos moradores do Chapadão

[Por Ana Lúcia Vaz] “Parece aquele dominó, que uma peça cai e vai derrubando as outras”. É assim que Inessa Lopes descreve as dificuldades enfrentadas pelos moradores do complexo do Chapadão, na Pavuna. Inessa faz parte da coordenação do MCP que, além da Escola Jardim da Comunidade (EJC) e da creche comunitária, promove ações de geração de emprego e renda para adultos, que incluem um mercadinho coletivo e um banco comunitário. | Continue lendo.

Diário da Pandemia na Periferia

Nova Brasília: “Aqui tem famílias com até 12 filhos”, diz Mariluce Mariá

[Por Tatiana Lima] “A questão aqui é que não pode espalhar! Tem famílias com até 12 filhos”. Essa é a constatação da ativista e comunicadora popular Mariluce Mariá de Souza, moradora da favela de Nova Brasília, no Complexo do Alemão, sobre a pandemia do Covid-19 nas favelas. Ela coordena o projeto Favela Art, que atende 300 crianças nas favelas do Capão Redondo, Inferno Verde, Palmeiras e Matinha, todas do conjunto do Complexo do Alemão. | Continue lendo.

Diário da Pandemia na Periferia

Santa Marta é a primeira favela do Rio sanitizada contra Covid 19

[Por Tatiana Lima/NPC] Thiago Firmino, guia de turismo em favela, cria do Morro Santa Marta, na zona sul do Rio, é protagonista de ação de combate ao novo coronavírus na cidade. Por conta própria, ele teve a ideia de higienizar os becos e vielas do Santa Marta contra o Covid-19, inspirado em ação da China e da prefeitura de Niterói, que sanitizou, no fim de março, três comunidades na cidade. Testes no Santa Marta começaram no sábado e o equipamento passou a ser usado no domingo (05/04). “Eu estava ajudando na distribuição de cestas e de conseguir doação, mas depois fiquei pensando que se tudo tiver sujo, muita gente pode morrer! Não dá pra esperar o Estado. Não tá fazendo nem na pista, que dirá aqui no morro”, afirma. | Continue lendo.

Diário da Pandemia na Periferia

Moradores do Morro do Divino, na Praça Seca, seguem orientações da OMS

[Por Tatiana Lima/NPC] Medo, isolamento, comércio fechado, ruas desertas, solidariedade, desemprego e muita incerteza do futuro. É o que revela Antonieta Simões, 39 anos, ex-aluna do Curso de Comunicação do NPC, trabalhadora terceirizada e mãe de dois filhos. Ela apresenta a realidade da quarentena de uma família de classe baixa do subúrbio e de vizinhos e amigos do Morro do Divino, comunidade onde ela morou por cinco anos. | Continue lendo.

Diário da Pandemia na Periferia

‘Os agentes de saúde estão fazendo muita falta’, diz morador do Fumacê

[Por Carolina Vaz] Wellington Castro tem 36 anos. Ex-aeroviário, atualmente está desempregado. Mora no Fumacê, em Realengo. E é sobre vida no Fumacê durante a pandemia que iremos conversar aqui. Essa entrevista foi feita em 25/03/2020. | Continue lendo.

Diário da Pandemia na Periferia

Autônoma, mãe e em quarentena: moradora do Fallet aguarda auxílio para garantir subsistência

[Por Amanda Soares/NPC sob supervisão] Nice Lira, jornalista, 31 anos e moradora do Fallet, que fica em Santa Teresa, região central do Rio. Vivem ela e o filho de doze anos, que tem bronquite e asma, com a mãe, de 64, e atualmente, a única com renda fixa na família. Como muitos brasileiros que cansaram de esperar o tão sonhado emprego de carteira assinada, Nice criou um cadastro de MEI (Microempreendedor Individual), para formalizar possíveis freelas, e garantir direitos trabalhistas básicos. Atualmente, cumpre um tipo de aviso prévio, pois seu contrato será rescindido ao fim do mês devido à quarentena. | Continue lendo.

Diário da Pandemia na Periferia

Morro do Pinto carece de prevenção

[Por Amanda Soares] Hioran Barcala (29) mora no Morro do Pinto, no bairro Santo Cristo, próximo à Gamboa, na zona portuária do Rio de Janeiro. Produtor cultural, ele é membro do Coletivo MP e da Escola de Samba Fala meu Louro. Hioran está em casa desde o dia 15 de março, seguindo as recomendações do Ministério da Saúde. Tem se desdobrado entre manter a rotina em casa, o home office, e a distribuição de 150 cestas básicas para famílias menos favorecidas na comunidade. | Continue lendo.

Diário da Pandemia na Periferia

Na Maré, ameaça à saúde evidencia problemas negligenciados há décadas

[Por Amanda Soares, com supervisão de Claudia Santiago] Diana (23) é jovem, estuda, tem água potável em casa e saneamento básico. Tem um probleminha de rinite alérgica, que pra ela não incomoda muito. Mesmo estando fora do grupo de risco do Covid 19 (o novo Corona vírus, que até o fechamento desta matéria já contaminou mais de três mil e quinhentas pessoas), ela está em casa, fazendo isolamento voluntário. Ela e a mãe, 49 anos, professora da rede pública, estão em casa há oito dias. | Continue lendo.

Diário da Pandemia na Periferia

Moradores do Morro do Borel fazem quarentena

[Por Tatiana Lima] “É aquele negócio: não vai ser um na família ou apenas uma família que vai pegar, porque as pessoas vivem de fato em casa pequenas com muita aglomeração de pessoas. Quando alguém pegar, acabou. É o pobre que vai ser mais afetado. Não quero nem pensar quando chegar aqui. A gente da favela já é discriminado. Acho que com o coronavírus a gente pode ser mais criminalizado ainda”, afirma Maria Dalva, moradora do morro do Borel. | Continue lendo.

Diário da Pandemia na Periferia

Formiga trabalha para enfrentar os tempos de crise

[Por Ana Lúcia Vaz] No morro da Formiga o movimento não parou, mas reduziu muito. Uma parte da população foi liberada do trabalho e está em casa, aproveitando para fazer aquelas tarefas domésticas que ficam sempre adiadas por falta de tempo. Mas muita gente não foi liberada. São entregadores de jornal, trabalhadores em setores estratégicos, mas também domésticas que não forma dispensadas pelos patrões e trabalhadores informais que não têm como sobreviver se não trabalhar. “A gente sabe como são as relações trabalhistas: a galera que é o elo fraco da corrente é a que fica mais vulneráveis. São tratadas como peças da engrenagem que, se ficarem inutilizadas, vão ser substituídas”, lamenta André Leonardo. | Continue lendo.

Diário da Pandemia na Periferia

O dia a dia dos moradores da Ocupação Vito Giannotti

[Por Sheila Jacob] Além das periferias, as ocupações urbanas também levantam a preocupação quanto à possibilidade de manter as dicas de isolamento social e de higiene. Além disso, muitos moradores, que são trabalhadores informais, já estão sentindo no bolso as dificuldades desse momento. O “Diário da pandemia na periferia” conversou com Angela Cassiano, da Central de Movimentos Populares (CMP), e Genilson Xavier de Medeiros, do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB). Ambos são moradores da ocupação Vito Giannotti. A ocupação tem quatro anos e fica no bairro do Santo Cristo, zona portuária do Rio. Recebeu esse nome em homenagem ao metalúrgico e comunicador popular-sindical que é um dos fundadores do NPC. Além dos dois movimentos citados, a ocupação também é organizada pela União Nacional de Moradia Popular (UMP). | Continue lendo.

Diário da Pandemia na Periferia

O isolamento infantil pode proteger a população economicamente ativa

[Por Amanda Soares, com supervisão de Claudia Santiago] Profissional da educação, mãe e com pais idosos, moradora de um condomínio minha casa minha vida no Anil acredita que o distanciamento social é útil para evitar que crianças peguem e transmitam o vírus. | Continue lendo.

Diário da Pandemia na Periferia

Complexo do Alemão toma medidas contundentes contra a Covid 19

[Por Tatiana Lima] “O governo já decidiu que prefere que a gente morra. Se a gente que mora nas favelas e periferias do Brasil, não se organizar pra DIMINUIR O IMPACTO, já era. É tragédia anunciada, sem exagero”. O desabafo é de Rene Silva, fundador do jornal Voz das Comunidades, no Twitter. Neste cenário, a ONG Voz das Comunidades, do Complexo do Alemão, criou uma campanha para ajudar as famílias mais pobres do conjunto de favelas a enfrentar o Covid-19, com um novo pedido: que as doações sejam feitas através de transferências, priorizando depósito bancário e a plataforma PicPay, para evitar que mais pessoas se ponham em risco nas ruas. | Continue lendo.

Diário da Pandemia na Periferia

Os mais jovens se cuidam melhor do que os mais velhos

[Por Amanda Soares, sob a supervisão de Claudia Santiago] Felipe dos Santos está em casa há oito dias. A gráfica onde ele trabalha deu férias coletivas para colaborar com o isolamento social. As únicas vezes em que ele sai de casa, na comunidade da Boiuna, sub bairro da Taquara, é quando vai ao mercado no centro do bairro, ou para acompanhar a esposa ao ponto de ônibus de madrugada. Nutricionista, ela trabalha em um hospital público, em período de doze por 60 horas. Apesar de ser hipertensa, a direção não a liberou do serviço, nem ofereceu equipamento de proteção individual. “Ela teve que comprar por 100 reais um pacotinho de máscara.” | Continue lendo.

Diário da Pandemia na Periferia

O cotidiano na Praça Seca

[Por Amanda Soares, supervisionada por Claudia Santiago] Para a primeira entrevista da série “Diário da pandemia na periferia”, conversamos com Bruno Lima, morador do morro São José Operário, no bairro Praça Seca, Zona Oeste do Rio, que até outro dia tinha outro problema: falta d’água. Bruno tem 36 anos mora com os pais e o irmão no morro São José Operário. | Continue lendo.

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Redação: Sheila Jacob

Colaboração: Rubermária Sperandio (RJ)

Equipe NPC: Ana Lucia Vaz (RJ), Cristina Braga (RJ), Eric Fenelon (RJ), Gustavo Barreto (RJ), Josué Medeiros (RJ), Juan Leal (RJ), Katia Marko (RS), Lidiane Mosry (RJ), Luisa Santiago (RJ), Marina Schneider (RJ), Mario Camargo (SP), Najla Passos (MG), Sergio Domingues (RJ), Reginaldo Moraes (SP), Rosangela Ribeiro Gil (SP).

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