Boletim do NPC

22 de março de 2021

Notícias do NPC

Vem aí o almanaque da Comunicação Sindical e Popular no Rio de Janeiro

O Núcleo Piratininga de Comunicação está fazendo uma pesquisa sobre comunicação sindical e popular no Rio de Janeiro. Queremos saber como estamos nessa área tão importante. Ao final vamos produzir um almanaque e um vídeo com o resultado da pesquisa. Como estamos passando por esse momento horrível de pandemia, estamos fazendo a pesquisa nos sites e redes sociais e as entrevistas por telefone ou e.mail. Aguarde! Apesar de tudo, tem coisa boa vindo por aí.

Conexões Periféricas

Conexões periféricas debate sindicalismo e favela

O coletivo “Conexões Periféricas” que reúne agentes culturais crias de Rio das Pedras, no Rio de Janeiro, está promovendo uma série de conversas sobre "Direitos Trabalhistas e Sindicalismo nas Favelas". “Importante entendermos a história e o papel dos sindicatos na garantia de nossos Direitos Trabalhistas. Se tá ruim, como mudar?! Ficar sem, certamente não é a melhor opção. Basta observarmos os sindicatos dos patrões, que os fortalecem ainda mais, e que eles não abrem mão.”, diz trecho de texto que convida para o projeto. Todas as quartas-feiras.

A Comunicação que queremos

Jornalistas populares mostram visão positiva sobre as favelas

“Em 2012, durante a distribuição do jornal, tiramos uma foto que talvez seja o último registro do Amarildo vivo. Meses depois, ele desapareceu, e ao ajudar sua sobrinha na divulgação, me recordei desta foto. Ela nos faz lembrar que, através do jornal, cruzamos com a vida dos moradores da Rocinha o tempo todo”. Esse é um trecho da conversa com Michelle Silva, 32, uma das jornalistas que entrevistamos. Ela é da equipe do “Fala Roça”, jornal impresso que circula na favela da Rocinha. Um estudo, ainda em andamento, do NPC, nos mostra que há em torno de 70 equipes de comunicação comunitária no Rio, mas apesar do grande número de participação das mulheres, elas ainda são poucas no comando dos jornais. Nessa matéria, trouxemos a vida da Michele, da Jéssica Santos, 33, e da Thaís Cavalcante, 26, comunicadoras comunitárias há mais de dez anos. As conversas duraram em média uma hora cada, e dentre os vários assuntos, abordaremos alguns deles.

Diário da Pandemia na Periferia

Fiocruz diz que Brasil vive “maior colapso sanitário e hospitalar da história”: entenda os motivos

O mês de março tem sido o período mais letal da pandemia de Covid-19 no Brasil, com média de 1.861 mortes por dia. Entre os dias 1º e 19 desse mês, foram registrados 35.372 óbitos pela doença, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS). Além da letalidade, o aumento no número de novos casos diários e os altos índices de ocupação dos leitos hospitalares indicam que março superou os picos anteriores da doença, registrados em agosto e dezembro do ano passado. Leia a matéria de Jaqueline Suarez no Diário da Pandemia na Periferia: https://bit.ly/3cTJvB7. Acompanhe nossa página no Facebook: facebook.com/npcinstitucional. #CompartilheInformação #CompartilheSaúde

Artigos

Com um Ano de Pandemia, o Vírus da Fome Ataca as Favelas: Sem Vacina e Com Pratos Vazios o Genocídio Se Desmascara

[Por Tatiana Lima para Rio On Watch] Em 12 meses, desde o início da pandemia, o preço dos alimentos subiu em média 15%, quase o triplo da inflação no período. Segundo o IBGE os preços que mais subiram foram os de cereais, leguminosas e oleaginosas (57,8%). Na sequência, aparecem as categorias óleos e gorduras (55,9%) e tubérculos, raízes e legumes (31,6%). Anna Paula Salles, da Associação de Mulheres Guerreiras e Articuladoras Sociais de Itaguaí (A.M.I.G.A.S.), líder comunitária há 15 anos, afirma que “a situação está ainda mais calamitosa em relação à fome, à doença”. Além da falta de alimentos, ela também conta que “as famílias não têm o que comer porque não têm onde cozinhar. Cozinham a lenha”. Por isso, a associação tomou a decisão de “fornecer a comida pronta”. Para ela: “É nítido ver a movimentação política na região, pois após as eleições, políticos querem jogar para debaixo do tapete as mazelas da pandemia”. Ela completa: “Ao longo desses 12 meses é fácil verificar que as pessoas estão morrendo antes da Covid, por fome e por violência. É um cenário tão caótico, um genocídio acontecendo de todos os lados. O povo não tem água, luz, gás e nem comida. É um retrocesso”. A taxa de mortalidade na Baixada Fluminense é 2,5 vezes maior que a média nacional. | Leia mais.

Radiografia da Comunicação Sindical

Seis e meia no NPC

O NPC abriu no início de março a série “Seis e meia” no NPC. Um programa sobre Comunicação Sindical. Todas às quintas, sempre às 18h30, a jornalista Claudia Santiago vai conversar com jornalistas e sindicalistas que fazem a comunicação da classe trabalhadora no Brasil. O primeiro entrevistado foi Marcos Verlaine, do DIAP. O papo sobre a necessidade de formação dos que atuam na área fluiu muito bem. Na semana passada, Nina Valente, apresentadora do programa Democracia No Ar e Socia-fundadora da agência Metamorfose Comunicação, do Ceará; e Guilherme , do Paraná. Na próxima quinta, dia 25 tem mais. "Sem tesão não há solução". Sem comunicação, também não!

A Comunicação que queremos

"A confusão da Normalidade" é curta animado que reflete sobre as diferentes realidades durante a pandemia. A versão em português está nos canais de comunicação do Youtube, Instagram e Facebook do MPA e do Núcleo Piratininga de Comunicação. A direção é de Verónica Vélez e o roteiro de Luz Angela Rojas y Verónica Vélez. A locução é da juventude Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA). O trabalho contou com a ajuda de André G, do Núcleo Piratininga de Comunicação.

A Comunicação que queremos

Conheça o Pinga-Pinga e a TV Quilombo

O Coletivo Pinga-Pinga produziu os boletins do seminário Internacional sobre Direitos Humanos e Empresas. A edição do dia 18/3 relembra defensoras e defensores de direitos humanos: Berta Cáceres, Seu Edvard, Rosana do Taim, Irmã Anni). Os textos são de Renato Paulino, Sislene Costa, Sandra Araújo e Idayane Ferreira.O Pinga-Pinga é um coletivo de comunicação popular, composto por jovens de comunidades maranhenses, que vivem ao longo da Estrada de Ferro Carajás. https://nucleopiratininga.org.br/comunicacao-popular-esperanca-no-ar/ TV Quilombo A TV Quilombo foi co.criada por dois jovens do Quilombo Rampa (MA). Com uma câmera de papelão, um tripé de bambu, um bambu drone, e muitos materiais naturais improvisados em mãos, o repórter Raimundo José e a cinegrafista Aparecida Leite deram o pontapé com o objetivo de mostrar a realidade quilombola para o mundo. E como eles sempre dizem: “Essa história é para sempre.”

De Olho Na Vida

Aumenta número de gente com fome

O MTST está implementando cozinhas solidárias na periferia dos estados de Roraima, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, duas no Distrito Federal, quatro nas periferias de São Paulo e, por fim, uma na região do ABC paulista. O objetivo é servir, ao menos, uma refeição diária gratuitamente para a comunidade de cada local, nas periferias urbanas, incluindo dias de semana e finais de semana. Quem tiver em condições de ajudar financeiramente, com qualquer valor, será de grande ajuda. Caso não seja possível colaborar financeiramente, se possível, ajude divulgando essa campanha. O número de pessoas rondando a linha de pobreza e a quantidade de gente passando fome está aumentando. | Acesse para saber como colaborar e mais informações!

NPC Informa

A rádio comunitária de Alcântara precisa de ajuda

Amigos/as, tá rolando uma vaquinha virtual pra arrecadar recursos financeiros para reativar a Rádio Comunitária FM de Alcântara/MA . É um importante e necessário equipamento de comunicação comunitária e social. Quem puder colaborar, acesse aqui.

NPC Indica

Notícias da Pacificação: 500 matérias de O Globo analisadas entre 2008 e 2016

No último dia 11 de março, a Editora UFRJ lançou o livro "Notícias da pacificação" , de Pedro Barreto. O trabalho é resultado de seis anos de pesquisa sobre cobertura midiática, segurança, lei e ordem. Participaram do debate a jornalista Claudia Santiago (NPC) e o professor Márcio Castilho (UFF). Nele, o autor analisa 500 matérias sobre as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), publicadas no jornal O Globo, entre 2008 e 2016. Na semana seguinte, Pedro participou de debate promovido pela Agência de Notícias Pressenza. Novamente o NPC estava presente através do jornalista Euro Mascarenhas. | Para ver o vídeo do lançamento e saber como comprar o livro, acesse aqui.

NPC Indica

“Mulheres de Havana” está disponível até o dia 23/03

O documentário Mulheres de Havana está disponível até hoje, 23/03, na plataforma do Santos Film Fest - Festival Internacional de Cinema de Santos! O filme retrata os sonhos e as lutas de mulheres cubanas que vivem numa sociedade muito diferente dos demais países. Em Havana, as mulheres têm sido historicamente encorajadas a se unirem para exercer poder, influenciar e alcançar a igualdade de gênero. | Clique aqui e veja como assistir.

Memória

1817

“Tem início, em Recife, a REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA, que se estenderá a PB, RN e Sul do Ceará. Durante dois meses, os patriotas controlam boa parte do nordeste brasileiro, declaram a independência de Pernambuco, convocam uma Assembleia Constituinte, aprovam a liberdade de culto e de imprensa e propõem o fim da escravidão” (Fonte: Livro Agenda do NPC 2013: História das lutas, Levantes e Insurreições Populares no Brasil dos séculos XIX, XX e XXI).

Memória

1987

“Os MARÍTIMOS ESTÃO EM GREVE nos principais portos do país. Durante todo o séc. 20, os operários foram uma das categorias mais mobilizadas na defesa e conquista de direitos. Mesmo com o fim da Ditadura, a Marinha, no dia 7, ocupa os portos do Rio e Santos, continuando a velha prática de tratar as greves como ‘caso de polícia" (Fonte: Livro Agenda do NPC 2013: História das lutas, Levantes e Insurreições Populares no Brasil dos séculos XIX, XX e XXI).

De olho no mundo

150 anos da Comuna de Paris

Karl Marx a qualificou como ′′glorioso prenúncio de uma nova sociedade": a comuna de Paris de 18 de março a 28 de maio de 1871. Durante os 72 dias de sua existência, a sociedade francesa foi fundamentalmente reformada. Por exemplo, o conselho da comuna socializou fábricas, promoveu melhorias sociais para os necessitados, determinou salários oficiais iguais aos salários médios dos trabalhadores, a gratuidade escolar e a separação entre igreja e Estado. Em aliança com o exército prussiano, que venceu a guerra franco-alemã no ano anterior, o governo civil de Versalhes iniciou uma ação militar contra a comuna. Após sua vitória, seu exército disparou contra milhares de Communards. O programa do primeiro governo operário do mundo visando instaurar uma ′′république démocratique et sociale ", é ainda muito atual. (Fonte: Fundação Rosa Luxemburgo)

Pérolas

Tecendo a manhã, por João Cabral de Melo Neto

“Um galo sozinho não tece uma manhã: ele precisará sempre de outros galos. De um que apanhe esse grito que ele e o lance a outro; de um outro galo que apanhe o grito de um galo antes e o lance a outro; e de outros galos que com muitos outros galos se cruzem os fios de sol de seus gritos de galo, para que a manhã, desde uma teia tênue, se vá tecendo, entre todos os galos.“

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Edição 415

Para jornalistas, dirigentes, militantes e assessores sindicais e dos Movimentos Sociais

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Equipe
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Equipe NPC: Ana Lucia Vaz (RJ), Arthur Willian (RJ), Cristina Braga (RJ), Eric Fenelon (RJ), Gustavo Barreto (RJ), Josué Medeiros (RJ), Juan Leal (RJ), Katia Marko (RS), Lidiane Mosry (RJ), Luisa Santiago (RJ), Marina Schneider (RJ), Mario Camargo (SP), Matheus Santiago (RJ), Najla Passos (MG), Sergio Domingues (RJ), Sheila Jacob (RJ), Rosangela Ribeiro Gil (SP).

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