Boletim do NPC

Você já conhece a livraria Antonio Gramsci?

Se não conhece, não sabe o que está perdendo! Especializada em marxismo, comunicação e lutas dos trabalhadores, a livraria do NPC tem atraído cada vez mais militantes. Nas prateleiras estão clássicos como Marx, Lênin, Rosa Luxemburgo e, claro, Gramsci e seus intérpretes. Além das obras clássicas do pensamento marxista e da esquerda mundial, a livraria também privilegia temas como história, educação, sociologia, cidade, cultura, movimentos sociais, sindicalismo e mulheres. Professores e estudantes de licenciatura têm 10% de desconto. A coordenadora do NPC e da livraria, Claudia Santiago, explica que a loja surgiu da paixão pela leitura e pela divulgação de ideias. “Esse espaço é uma peça do grande mosaico de instrumentos da esquerda para a construção de um mundo para todos”, explica a jornalista. No ano passado, a livraria realizou o projeto “Quintas Resistentes” e recebeu militantes que falaram sobre as diversas formas de luta e resistência à ditadura civil-militar brasileira. As entrevistas foram transmitidas ao vivo pela internet. A livraria também realizou diversos lançamentos, entre eles o do escritor português Luís Leiria, “O inferno de outro mundo”, o de Rodrigo Castelo e “História da Polop”, de Leovevilgo Pereira Leal. A Livraria Antonio Gramsci fica na Cinelândia. Venha fazer uma visita! Clique aqui para saber mais.

7 de fevereiro de 2013

Radiografia da Comunicação Sindical

CUT lança coleção de cadernos sobre temas internacionais do mundo do trabalho

"Crise na Europa: impacto para a classe trabalhadora” é tema do primeiro volume da coleção Cadernos Internacionais da CUT, organizada pela Secretaria de Relações Internacionais da Central. O caderno “Crise na Europa” está disponível no site da CUT (www.cut.org.br) em duas versões: digital (E-book) e para impressão gráfica.

A Comunicação que queremos

Brasil de Fato regional é exemplo de veículo popular

A 43ª edição do Brasil de Fato regional do Rio de Janeiro é um exemplo de jornal bonito, de qualidade, de esquerda e popular. Além de colocar na manchete desta quinta (20) o fato de Claudia Silva Ferreira ser negra a pobre e não apenas “a mulher arrastada pelo carro da polícia”, como tratou a imprensa empresarial, o jornal destaca, já na capa, uma das razões para mais esta tragédia: a militarização da cidade. Esse é o objetivo do jornal: dar ferramentas para que os leitores possam interpretar os fatos que afetam diariamente a vida dos trabalhadores e pensar sobre suas causas. A cada semana o jornal está mais bonito e se aperfeiçoando no compromisso de informar de forma simples e clara. Na pauta desta edição há também matérias sobre os 30 anos do Campo Alegre, acampamento do MST na Baixada Fluminense, entrevista sobre remoções e diversos outros assuntos. Nesta quinta-feira também Curitiba se junta a Belo Horizonte, São Paulo e Rio e passa a ter também uma versão regional do Brasil de Fato.

A Comunicação que queremos

Novo livro de Vito Giannotti a caminho

[Por Vito Giannotti] Até agosto deve sair um novo livro meu com o título “Comunicação dos trabalhadores e hegemonia”. O livro é novo, mas os temas já são discutidos há décadas. É uma síntese dos cursos que o NPC tem dado nestes 20 anos pelo Brasil afora. O centro do livro é a necessidade de nós trabalhadores, seja de sindicatos, de movimentos sociais, de Ongs ou de organizações políticas como partidos e centrais sindicais aperfeiçoar e multiplicar sua comunicação. Para que? Para disputar a hegemonia na sociedade. No livro falaremos bastante sobre a necessidade de conquistar “corações e mentes” para o nosso projeto de uma nova sociedade: uma sociedade socialista. Os primeiros cinco capítulos já prontos têm este título: 1- COMUNICAÇÃO PARA A DISPUTA DE HEGEMONIA. 2-DEMOCRATIZAÇÃO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO. 3-MÍDIA O VERDADEIRO PARTIDO DA BURGUESIA. 4-HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO DOS TRABALHADORES NO BRASIL. 5-MÍDIA E HEGEMONIA NO BRASIL - ONTEM E HOJE. A cada boletim falaremos sobre estes assuntos.

De Olho Na Mídia

Historiador rebate manchete de O Globo

[Por Luiz Antonio Simas] Quem escreve essas manchetes desvairadas de O Globo? Noticiar que "dois ônibus são queimados em ato após morte de moradora" é, no mínimo, uma afronta ao sentimento de dignidade humana. A morte da moradora não deveria ser o centro da manchete? Ou é apenas um detalhe e o que interessa são os ônibus queimados? Pelamor... Não sois ônibus, homens é que sois.

De Olho Na Mídia

Veja e José Dirceu: um caso de obsessão?

[Por Claudia Santiago-NPC] A relação dos meios de comunicação com o ex-deputado e ex-ministro José Dirceu é patológica. Impossível ler um jornal que não o tenha como notícia. A capa da revista Veja da semana (16 a 22/03/2014) é exemplar a ser estudado por especialistas em midia. Eles não o querem apenas preso ilegalmente em regime fechado. Ele foi condenado em regime semi-aberto. A Veja e seus pares querem vê-lo sangrar. Por que? Repito aqui a pergunta feita neste mesmo boletim em junho do ano passado. Por que tanto ódio de José Dirceu?

Democratização da Comunicação

Trecho sobre regulamentação da neutralidade de rede deve ser alterado e Marco Civil da Internet só deve ir à votação semana que vem

Em reunião nesta quarta-feira (19/03) com líderes dos partidos, o governo decidiu fazer nova concessão no texto do Marco Civil da Internet que pode beneficiar as empresas de telecomunicação e prejudicar os usuários de internet. O texto original do deputado Alessandro Molon (PT-RJ) define que a neutralidade de rede seja regulamentada por decreto presidencial. Assim, por meio do decreto seria possível garantir que as empresas continuem cobrando por velocidades diferentes, como acontece hoje, mas não ofereçam pacotes de acordo com o tipo de informação que o usuário acessa. Dependendo de como for a regulamentação da neutralidade de rede, empresas provedoras de internet poderão vender pacotes com preços diferentes para usos distintos da internet. Por exemplo, um pacote para uso de e-mail com preço mais baixo e um pacote mais caro para quem acessa e-mail, redes sociais e vídeos. Isso mudaria totalmente a relação que temos com a internet hoje, tornando-a menos livre e menor democrática. | Continue lendo e veja um vídeo que explica o que pode mudar.

De Olho Na Vida

Vândala, eu?

[Por Claudia Santiago-NPC] A Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro derrubou na noite da última terça-feira, dia 18, proposta do vereador Renato Cinco (PSOL) de conceder a maior honraria da casa, a Medalha Pedro Ernesto à Ocupação Manoel Congo. Na ocasião, disse o vereador "É essa mesma a mensagem dos vereadores do Rio de Janeiro: estuprador pode ter a medalha Pedro Ernesto. Estuprador é condenado pela Justiça e os vereadores desta Casa se recusam a cassar a medalha do estuprador. Mas o trabalhador, a trabalhadora que se organizou e, com sua luta, fez com que o Estado não fizesse nada além de cumprir sua obrigação, essas pessoas não merecem. Depois, os vereadores não sabem por que, quando junta gente lá fora, há quem tenha de sair dentro do camburão, com escolta. É porque esta Casa, mais uma vez, se revelou inimiga, inimiga do povo do Rio de Janeiro!"

Proposta de Pauta

Comunicações brasileiras, um modelo a ser superado

[Por Instituto Telecom,18.03,2014] (...) Dentro da perspectiva do regime militar (instalado no Brasil há 50 anos) para convencer a sociedade de que o caminho escolhido era o melhor para todos, as (tele)comunicações tiveram papel fundamental. Daí a construção de uma infraestrutura que ligou o país de norte a sul através da Embratel e do Sistema Telebrás. Um projeto que se completou com a criação de uma rede nacional de comunicações - a Rede Globo, criada no mesmo ano da Embratel, 1965. Paradoxalmente, a um preço muito alto para a democracia, a sociedade passou a ter acesso quase universal às telecomunicações. A redemocratização não trouxe mudanças significativas nas (tele)comunicações. O caminho escolhido foi a permanência do modelo autoritário da radiodifusão imposto há 50 anos. E se o que era ruim permaneceu, o que havia de positivo - uma rede integrada de telecomunicações -, foi destruído.O subsídio cruzado, por exemplo, que fazia com que regiões mais ricas financiassem as mais pobres, acabou. Um dos raros centros de pesquisa em telecomunicações existentes fora do eixo Europa/EUA, o CPqD, foi transformado numa fundação privada. O Sistema Telebrás, que era blue chip na Bolsa de Valores, ou seja, altamente importante para o desenvolvimento da economia nacional, foi esfacelado para viabilizar a privatização. (...)

De olho no mundo

Vencedora do prêmio Shell critica multinacional por apoio à ditadura na Nigéria

A atriz Fernanda Azevedo, vencedora de melhor atriz da 26ª edição do Prêmio Shell pela peça "Morro como um país – cenas sobre a violência de estado", ao receber a premiação, na terça-feira, 18 de março de 2014, disse: "Como esse prêmio tem patrocínio da Shell, eu gostaria de ler quatro linhas sobre essa empresa. O texto é de Eduardo Galeano [autor do livro 'As Veias Abertas da América Latina']. No início de 1995, o gerente geral da Shell na Nigéria explicou assim o apoio de sua empresa à ditadura militar nesse país: 'Para uma empresa comercial, que se propõe a realizar investimentos, é necessário um ambiente de estabilidade. As ditaduras oferecem isso'".

Artigos

Memória da Ditadura: a história do POC

[Por Angela Mendes de Alrmeida e Maria Regina Pilla -| 01/01/2008] Fundado em 1968, o POC (Partido Operário Comunista) foi o resultado da fusão entre a POLOP (sigla de Política Operária) e a Dissidência Leninista do Partido Comunista Brasileiro (PCB) no Rio Grande do Sul. Desde a sua origem, o POC se reivindicou como a continuação da POLOP, adotando como base programática o "Programa Socialista para o Brasil", que no decorrer dos anos 1961 (data da fundação da POLOP) até 1968 havia orientado as posições de seus militantes no debate ideológico que nesses anos os opunha ao PCB (diretamente marcado pela influência soviética) e às correntes originárias do catolicismo de esquerda, que deram origem à AP. O golpe de 1964 veio colocar em cheque aquilo que se convencionou chamar como o "reformismo" do PCB, em poucas palavras, a sua famosa teoria da "revolução por etapas" - pela qual nosso país se encontraria na fase da revolução democrático-burguesa e, portanto, de alianças com um pretenso setor "revolucionário" da burguesia nacional, a mesma que havia articulado o golpe contra as forças progressistas do país. Era contra essa visão que se colocava o "Programa Socialista para o Brasil".

Entrevistas

Marco Civil da Internet: “O texto atual subverte tudo. Teremos uma espécie de América Online – AOL”. Entrevista especial com João Carlos Carib

“O Marco Civil da Internet era um projeto reverenciado no mundo todo: várias organizações internacionais achavam o texto espetacular, uma proposta incrível, e aí nossos parlamentares conseguiram estragar o projeto”, lamenta o publicitário. De referência internacional como normativa que define os princípios, direitos e deveres dos usuários da internet, o Projeto de Lei do Marco Civil, tal como está escrito atualmente, passou a ser criticado inclusive pelos ativistas que acompanharam a sua elaboração desde 2009. Entre eles, está João Carlos Caribé, que em entrevista à IHU On-Line, por e-mail, foi enfático em relação aos pontos inegociáveis a partir da proposta original. “Neutralidade da rede não se negocia de jeito nenhum, privacidade não se negocia de jeito nenhum, e a liberdade também não se negocia de jeito nenhum. Não abrimos mão desse tripé.” Caribé esclarece que o texto do Marco Civil foi alterado pela primeira vez na Casa Civil e a versão enviada à Câmara dos Deputados já propunha a quebra da neutralidade. “As modificações na questão de neutralidade estavam muito claras: conforme regulamentação. Ou seja, para quem não está ligado, essa expressão passaria sem maiores problemas”. Segundo ele, essa versão do texto é a que o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) “chama de original, mas não é. O texto foi deformado para atender as empresas de telecomunicações. Além disso, esse é o texto que ele quer votar, porque quem vai regulamentar a rede será a ANATEL. E, por sua vez, a ANATEL já está com tudo pronto. (...)

Memória

Quando o proletariado tomou o céu de assalto

Em 18 de Março de 1871 teve início na França o primeiro poder proletário na história da humanidade, a Comuna de Paris. Na época, disse Karl Marx: “o proletariado tomou o céu de assalto”. Para saber mais sobre o assunto, você pode ler alguns bons livros, entre eles: "150 anos da Comuna de Paris", "A Guerra Civil na França", "Comuna de Paris. O proletariado toma o céu de assalto", "Karl Marx, história e vida". Confira aqui!

Dicas

“Pão e Rosas”, de Ken Loach

O filme retrata a vida dos trabalhadores migrantes, mexicanos, em Los Angeles, nos EUA, a partir da luta pela sobrevivência de empregados de uma empresa de liimpeza de um prédio comercial. “As irmãs Maya (interpretada por Pilar Padilla) e Rosa (Elpidia Carrillo), são trabalhadoras migrantes, de origem mexicana, em situação ilegal, empregadas de prestadora de serviço de limpeza de um prédio comercial no centro da cidade de Los Angeles. Sam (Adrien Brody), ativista sindical, convence a jovem de Tijuana a apoiar e participar da campanha de organização sindical dos faxineiros contra a exploração dos patrões. Os trabalhadores faxineiros recebem salários miseráveis, não têm assistência médica, nenhuma proteção trabalhista e ainda suportam um patrão abusivo. O tema de Bread and Roses, de Ken Loach, é a luta contra a precarização do estatuto salarial do contingente de trabalhadores subcontratados do setor de serviços que, nas últimas décadas, cresceu bastante nos EUA e nos paises capitalistas. São trabalhadores assalariados sem tradição de organização sindical, constituído por proletários imigrantes, muitos deles ilegais, sem direitos, e disponíveis para a superexploração do capital.”.

Pérolas

Por Luiz Antonio Simas, historiador

A polícia militar foi criada por D. João, no início do século XIX, em um contexto em que a revolução dos pretos do Haiti apavorava, pelo poder de inspirar movimentos similares, as elites do Brasil. A função original da polícia era, basicamente, defender a propriedade e as camadas dirigentes contra as "gentes perigosas e de cor". Tal fato me faz crer que, em pouco mais de duzentos anos, a PM é uma das instituições mais bem sucedidas da história do Brasil. Sou dos que acham, portanto, que não adianta dotar esta polícia de um suposto "perfil cidadão", ensinado em algumas aulas mequetrefes, e ponto. O buraco é muito mais embaixo. A PM foi criada para matar. Alguém conhece aí a fábula da natureza do escorpião? Pois é.

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Edição 265

Para jornalistas, dirigentes, militantes e assessores sindicais e dos Movimentos Sociais

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Coordenação: Vito Giannotti
Edição: Claudia Santiago (MTB 14.915)
Redação: Arthur William, Marina Schneider e Sheila Jacob. Colaboraram nesta edição: Rosângela Gil (SP).

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