Boletim do NPC

Chegou o Livro-Agenda NPC 2016!

Já está à venda o Livro-Agenda do NPC de 2016, que neste ano tem como tema LUTADORES E LUTADORAS NA HISTÓRIA DO BRASIL. Cada dia traz uma nota sobre brasileiros que sonharam e ousaram lutar por um país melhor para a maioria. Adquira já o seu!

21 de maio de 2015

Artigos

Vito Giannotti : companheiro e amante

[Por Claudia Santiago - Texto escrito em 3 de outubro de 2015] Neste momento estou em um avião voltando para o Rio de Janeiro após um dia de trabalho em Goiânia juntamente com meu colega Arthur William. Não era para ser assim. Eu devia estar em casa muito brava com Vito por ter passado mais um fim de semana sozinha enquanto ele cruzava os céus do Brasil dizendo para os trabalhadores que um partido sem jornal era como um exército sem armas. Era sempre assim. A cada viagem a cena se repetia. Primeiro eu caía no choro e depois rapidamente ficava feliz por saber como era importante o trabalho dele. Ele me telefonava o tempo todo. Às vezes eu era boazinha, compartilhava da felicidade dele de estar junto com os companheiros, ajudando a luta da classe. Ele nunca se cansava. Nunca dizia não. Passava horas em escalas nos aeroportos. Mas vibrava com o pessoal do Maranhão, do Rio Grande do Norte, do Sergipe, do Piauí, de Pernambuco, do Ceará. Com as gentes das cinco regiões brasileiras. Outras vezes, quando ele ligava eu estava chateada. Mal respondia. Mas quando ele chegava em casa, toda bronca se dissipava e eu contava nos dedos os dias que o teria no Rio de Janeiro. Eram os dias mais felizes da minha vida. Dormir e acordar ao lado dele. Sempre conversando. Eu dizia: - Quando a gente ficar velhinho, pode ser que não façamos mais sexo, mas teremos sempre assunto para conversar. Leia o texto completo.

Proposta de Pauta

Sem controle de alimentos, Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos

Matéria divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo no último domingo, 4 de outubro, chama atenção para a falta de controle dos níveis de agrotóxicos de frutas, legumes e verduras que chegam diariamente à mesa dos brasileiros. Segundo análise por amostragem da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), dos alimentos que compuseram as cestas básicas do Estado de São Paulo no ano passado, 31% tinham agrotóxicos proibidos ou em quantidade acima da permitida. Com o resultado, fica evidente a falta de rigor no controle de qualidade desse tipo de alimentos que são produzidos e comercializados no país. | Por Catraca Livre.

Entrevistas

TV-NPC entrevista Beto Almeida

Nosso entrevistado dessa semana da TV-NPC é o jornalista Beto Almeida. Ele nos conta sobre o novo veiculo de comunicação popular, o jornal Brasil Popular, que surge em Brasília. "Essa iniciativa é cooperativa, ela tem uma previsão de fazer um jornal impresso. Já estamos com um site (www.brpopular.com.br) para fazer um aquecimento", diz o jornalista.

Radiografia da Comunicação Sindical

CNTE realiza 5º seminário de Comunicação em Brasília

A Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) realiza nos dias 22 e 23 de outubro o seu 5º Seminário de Comunicação. O evento será dedicado ao nosso coordenador Vito Giannotti. A abertura do evento será feita por Renato Rovai que falará sobre “As potencialidades e limites das redes sociais ante os conglomerados de comunicação”. Paulo Vitor Melo vai abordar “o ideário fascista na sociedade e na mídia’. Em seguida haverá debate sobre a TVT, com Luiz Roberto Parise. No dia seguinte serão mostradas experiências de comunicação bem sucedidas em Sindicatos da Educação.

A Comunicação que queremos

Jornal produzido por moradores de rua de Porto Alegre é tema de documentário

"Boca de Rua - Vozes de uma Gente Invisível" é um documentário inédito que conta a história do único jornal do país produzido inteiramente por pessoas que moram na rua. Com textos, fotos e ilustrações que revelam um pouco da realidade escondida nas grandes cidades, o veículo (fonte de renda para os participantes do projeto) é reconhecido mundialmente pela ONG International Network Of Street Papers (INSP). No jornal os integrantes aprendem a ler, a escrever e a lutar contra a invisibilidade. Com dez minutos de duração, o filme faz parte do Programa Rumos do Itaú Cultural. Para assistir, acesse.

Democratização da Comunicação

Semana Nacional pela Democratização da Comunicação começa 14 de outubro

Entre os dias 14 e 21 de outubro, militantes, ativistas, entidades e movimentos sociais de todo o país realizam a Semana Nacional pela Democratização da Comunicação. Um dos objetivos é dar continuidade ao debate em favor de um novo marco legal para as comunicações, com ênfase no apoio e coleta de assinaturas ao Projeto de Lei de Iniciativa Popular da Mídia Democrática. Além disso, cobraremos do Poder Público medidas imediatas para avançar na garantia e promoção da liberdade de expressão de todos e todas, combatendo as violações praticadas no atual sistema de comunicação do Brasil, que ainda impedem o exercício pleno da nossa democracia. Participe das atividades na sua cidade e no seu estado!

Democratização da Comunicação

Anatel marca audiência pública para debater fim da outorga para ISPs

No dia 20 de outubro, a Anatel realizará, em Brasília, uma audiência pública sobre a proposta de novo Regulamento sobre Equipamentos de Radiocomunicação de Radiação Restrita. A principal alteração proposta é o fim da exigência de outorga para os pequenos provedores de banda larga (ISPs) que utilizam espectro não licenciado. Além disso, o texto também incorpora algumas inovações importantes, como a previsão de faixas de banda ultra larga UWB (Ultra Wide Band). A proposta está em consulta pública desde o dia 2 de setembro. O prazo para envio de contribuições vai até o dia 6 de novembro. Saiba mais.

NPC Informa

Em Vitória (ES), Biblioteca Joaquim Beato apresenta acervo da cultura negra

Do moçambicano Mia Couto, um dos mais repercutidos autores africanos da atualidade, passando por obras do historiador local Maciel Aguiar até os contos africanos de Rogério Andrade Barbosa. Essas são algumas das obras que fazem parte da mais nova biblioteca do Espírito Santo, especializada na história cultura e literatura africana e afrodescendente. É a Biblioteca Joaquim Beato, do Museu Capixaba do Negro (Mucane), inaugurada no final de setembro de 2015. Não há mapeamentos ainda sobre a quantidade de bibliotecas especializadas na história e cultura do povo negro no Estado. Mas, de acordo com Adelson Ferreira, bibliotecário do espaço, é possível que essa seja a primeira do Espírito Santo. Os livros disponíveis tratam de temas como a mitologia dos orixás, a história do povo negro no Espírito Santo; ciências políticas; literatura infantil com livros de contos africanos; artes; religiões de matriz africana, entre diversos outros gêneros. No total serão mais de 400 títulos que, por enquanto, estão chegando de pouco a pouco na Biblioteca. A Biblioteca Joaquim Beato está aberta à visitação de terça a sexta-feira, das 9h às 12h; e das 13h às 17h, na sede do Mucane - avenida República, 121, Centro de Vitória. A entrada é livre.

De Olho Na Mídia

Ficamos combinados assim

[Por Cid Benjamin] O Globo noticia hoje (9/10/2015), em sua página 13, a prisão de um jovem de classe média alta, morador de Ipanema. que integrava uma rede internacional que vende drogas sintéticas na Holanda e na Zona Sul do Rio. O rapaz tem ligações com traficantes do Complexo do Alemão. Além de grande quantidade de drogas sintéticas, foram apreendidos em seu apartamento haxixe paquistanês e sementes para plantio, além de metanfetamina e skank (uma espécie mais forte de maconha). O jovem não trabalha, mas, segundo a matéria, "leva uma vida de festas, tem muito dinheiro e carro de luxo". Até aí, tudo bem. Interessante é que a extensa matéria só se refere a ele como "rapaz" ou como "jovem". A palavra "traficante" só é usada quando se refere aos contatos no Alemão. Como se vê, pobre é "traficante". Rico, mesmo que viva do tráfico de drogas, é sempre "rapaz" ou "jovem". Ficamos combinados assim.

De olho no mundo

Antes de zerar morte por tráfico, Uruguai proibiu programas policiais

[Por Igor Carvalho | Carta Maior] Em junho de 2012, quando o Uruguai sofria com o avanço de 70% no número de homicídios, o presidente José Mujica anunciou um pacote de medidas para conter a criminalidade no País. Estudos e pesquisas conduzidos pela equipe do presidente concluíram que era preciso um conjunto de ações que atacasse o tráfico de drogas. Entre as medidas tomadas pelo governo, estava a proibição da exibição de programas policiais [similares ao “Cidade Alerta” e “Brasil Urgente”] entre 6h e 22h. A alegação é que essas “atrações televisivas” promovem atitudes ou condutas violentas e discriminatórias. | Leia mais.

De Olho Na Vida

Famílias quilombolas da Ilha da Marambaia, no Rio, recebem títulos de terra

Na última quinta-feira, dia 8/10, a comunidade remanescente do quilombo da Ilha da Marambaia, no Rio de Janeiro, ganhou vida nova. O Ministério do Desenvolvimento Agrário entregou títulos de propriedade de terra a 100 famílias quilombolas e caiçaras da região. Elas descendem dos antigos quilombolas que ocupam a ilha há mais de 150 anos. Ao todo, foram titulados 530 hectares, o que significa uma média de 5,3 hectares por família. Uma conquista resultou de muita luta desse povo batalhador. De acordo com Nilton Alvez, presidente da Associação dos Remanescentes de Quilombo da Ilha da Marambaia (Arquimar), “Foi muito tempo de espera e de luta para a comunidade. A titulação vai resolver a questão da construção das casas da comunidade e buscar políticas públicas para educação, transporte, saúde. Ter uma vida mais digna. Agora, passamos a ser reconhecidos como proprietários do nosso território”. [Fonte: EBC]

Memória

Casamento de Inês Etienne com Jarbas Marques durante a ditadura: um ato político

O jornal O Globo divulgou, na semana passada, um belíssimo vídeo do casamento, em 1975, dos ex-presos políticos Inês Etienne Romeu e Jarbas Marques. Ela foi a única sobrevivente da Casa da Morte de Petrópolis e havia sido condenada à prisão perpétua em 1971. O casamento dos dois militantes serviria para proteger a integridade física de Inês, que corria o risco de sofrer um atentado a qualquer momento. Amigos e familiares convocaram o máximo de jornalistas que puderam. Os militares diziam que não havia presos políticos no Brasil e, segundo Jarbas, Inês era a única mulher, naquele momento, condenada à prisão perpétua no mundo! Para assistir ao vídeo, basta clicar aqui.

Memória

Livro com memórias da ditadura é relançado pela Assembleia Legislativa do Espírito Santo

Dez anos após o primeiro lançamento, a Assembleia Legislativa do Espírito Santo lançou, na última semana, a 2ª edição do livro “Ditaduras não são eternas: memórias da resistência ao golpe de 64 no Espírito Santo”. Na obra, são reunidos depoimentos de 40 ex-presos políticos que sofreram com a ditadura no Estado entre 1961 e 1979. A compilação dos depoimentos foi organizada pelo historiador da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) Miguel Marvilla (já falecido) e contou com a colaboração dos professores Ana Gabrecht, Ueber José de Oliveira e Valter Pires Pereira. A Comissão Especial da Verdade da Ales, que funcionou de junho de 2012 a janeiro de 2015, reeditou a publicação em versão ampliada. Os exemplares serão distribuídos para instituições e escolas públicas.

Dicas

Exposição “Carolina em Nós” homenageia escritora em São Paulo

Carolina Maria de Jesus (1914-1977) foi poetisa, escritora e sambista que inspirou – e ainda inspira – muitas manifestações artísticas pelo Brasil. Sua preciosa contribuição para a cultura brasileira fez com que nós, do grupo Ilú Obá De Min, somássemos esforços para formatar uma mostra para resgatar um pouco de Carolina que há dentro de cada um. Assim é “Carolina em Nós”, exposição patrocinada pela CAIXA que estreou no dia 3 de outubro, no Museu Afro Brasil. A mostra é gratuita e ficará em cartaz até o dia 31 de janeiro de 2016. Informações em www.museuafrobrasil.org.br

Dicas

Peça “Todo camburão tem um pouco de navio negreiro”, em Fortaleza

O espetáculo “Todo Camburão Tem Um Pouco de Navio Negreiro” conta a história de Natanael, uma espécie de anti-herói que nasceu na periferia. A peça apresenta a saga de um negro que nasce numa situação muito comum a de muitos brasileiros, vive inserido num sistema de opressão e violência e, aos 18 anos, resolve entrar pra polícia militar. As apresentações são gratuitas e ocorrem às quintas-feiras do mês de outubro, 19h, na Praça Verde do Dragão do Mar.

Pérolas

Por Camila Marins

Tenho muita coisa para falar sobre o documentário "Panteras Negras", no Festival do Rio, mas só vou falar sobre uma vivência. Eu estava vindo de metrô para o cinema, em Ipanema. Uma mulher negra na saída me pergunta onde é a rua Aníbal de Mendonça e eu sem localização vou ajudando. Ela pede para me acompanhar já que era o mesmo caminho. Ela diz que estava atrasada para uma entrevista de emprego e celular estava sem bateria. Ofereço meu celular, ela recusa, porque não lembrava o número. Ela me confessa que só me pediu informação, porque eu sou negra e não ia temer a um assalto. Viemos juntas falando como certos bairros como Ipanema são tão brancos e não nos reconhecemos. Ela me deu o telefone e ainda me disse no final: "amiga, me faz tchau e finge que viemos de taxi. Me liga". (Camila Marins é dirigente do Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro)

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Edição 289

Para jornalistas, dirigentes, militantes e assessores sindicais e dos Movimentos Sociais

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Coordenação: Vito Giannotti
Edição: Claudia Santiago (MTB 14.915)
Redação: Claudia Santiago Colaboraram nesta edição: Eric Fenelon (RJ), Marina Schneider (RJ), Sheila Jacob (RJ), Tatiana Lima (RJ).

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