Boletim do NPC

Vito Giannotti convida para o 19ºCurso Anual do NPC: a comunicação dos trabalhadores e a outra, o mundo afora, em debate

Jornalistas, dirigentes sindicais e demais interessados já podem se inscrever no 19º Curso Anual de Comunicação do NPC. Este ano o curso acontece de 20 a 24 de novembro, no Rio de Janeiro, com o tema “MÍDIA E PODER NO BRASIL E O MUNDO HOJE”. A mesa de abertura, na tarde do dia 20, será com o Joel Rufino dos Santos e Ignacio Ramonet, que debaterão “A Comunicação e a Resistência das classes populares no século XXI”. As inscrições custam R$ 670 (sem estadia) e R$ 1220 para os que precisarem de estadia no Rio. Todas as inscrições dão direito a almoço nos dias 21, 22 e 23/11, estadia nos dias 20, (após 12h), 21, 22 e 23 até 12h do dia 24, lanches e apostilas. Os primeiros 10 estudantes de comunicação, que se inscreverem, têm desconto de 30% em inscrições sem estadia. Confira a programação completa e saiba como se inscrever. Informações pelo e-mail npiratininga@piratininga.org.br ou pelo telefone (21) 2220-4895. Para conferir a programação completa, saber como se inscrever e acompanhar as novidades, basta acessar a página do curso.

23 a 30 de agosto de 2013

Notícias

Agenda do NPC 2014 sobre LUTAS E REVOLUÇÕES POPULARES NA AMÉRICA LATINA será lançada dia 1/9, no Domingo É Dia de Cinema, no Cine Odeon

Dia 1º de setembro será a próxima edição do Domingo É Dia de Cinema. A partir das 9h, será exibido no Cine Odeon o filme chileno No, de Pablo Larraín, sobre a campanha publicitária que colaborou para o resultado do plebiscito de 1988 que pôs fim à ditadura do ditador Pinochet. Depois da exibição haverá um debate com a jornalista Claudia Santiago, coordenadora do NPC, e o professor Carlos Walter Porto (UFF), sobre os 40 anos do golpe que derrubou o governo socialista da Unidade Popular de Salvador Allende. Os ingressos custam apenas R$ 2,00. Neste dia também será lançada a Agenda do NPC de 2014, sobre Lutas e Revoluções Populares na América Latina nos séculos 19, 20 e 21. A publicação oferece pílulas diárias de informações sobre os vários acontecimentos que compõem a história de resistência do nosso continente. Além de resgatar fatos e personagens históricos, este material de formação tem o objetivo de incentivar um sentimento de integração latino-americana. A partir do dia 1/9, a agenda estará à venda na Livraria Antonio Gramsci por R$ 25,00. Sindicatos também podem fazer a sua personalizada! Basta enviar um e-mail para npiratininga@uol.com.br para saber como proceder.

Artigos

Ganância dos empresários da mídia destrói o rádio, prejudicando sua digitalização e a liberdade de expressão

Há algumas semanas, o Ministério das Comunicações lançou uma portaria (197) corrigindo alguns problemas técnicos da péssima regulamentação da já ruim lei de Rádios Comunitárias (9.612 de 1998). A portaria só coloca no papel pequenas e urgentes correções de situações absurdas que as normas anteriores ignoravam, cujas alterações a migração para o rádio digital mostrou inevitáveis. A primeira delas é o uso de uma outra frequência para o caso de haver interferência entre duas emissoras. Se hoje o que acontece é a famosa linha cruzada, num sistema digital o resultado seria um "apagão das rádios comunitárias". | Continue lendo | Por Arthur William.

A Comunicação que queremos

Antes da cruzada contra as drogas, até Mickey Mouse ficava doidão

Você se lembra daquela vez em que o Mickey e o Pateta viram traficantes de drogas e se envolvem numa guerra violenta com um cartel africano? Não? Pois é, em um história em quadrinhos de 1951, Mickey Mouse fica fissurado em um remédio chamado “Peppo”; uma colher do estimulante basta para fazê-los subir pelas paredes (literalmente). Apaixonados pelos efeitos da droga, Mickey e Pateta têm a brilhante ideia de vender anfetamina para faturar uma grana, mas acabam incomodando o fornecedor local de haxixe. Difícil de acreditar? É bom lembrar que na década de cinquenta, o uso não-medicinal de drogas estimulantes e sedativas era amplamente aceito e difundido na sociedade — os produtos eram vendidos no balcão das farmácias. A prática era tão comum que virou até enredo de quadrinhos infantis da Disney. A fracassada cruzada norte-americana contra as drogas só veio anos mais tarde, com Nixon nos anos sessenta. Leia mais.

Radiografia da Comunicação Sindical

Revista Imagem, do Sindipetro-NF, traz temas amplos de interesse geral da população

Em janeiro e fevereiro de 1999 circulava, pela primeira vez, a Revista Imagem, produzida pelo Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF). Inicialmente a publicação era bimestral, mas depois passou para trimestral. A jornalista Fernanda Viseu explica que o objetivo inicial era trazer reportagens que aprofundassem alguns temas do universo petroleiro e de formação, já que o boletim semanal não tinha espaço para tal. “Mas, com o o passar dos anos, percebemos que não havia um veículo na região que debatesse temas de interesse geral da população. Foi quando a pauta passou a incorporar assuntos nacionais e locais, além de pautas mais leves sobre meio ambiente, turismo, esporte e cultura”, explica a jornalista sindical. Leia mais.

De Olho Na Mídia

Globo disponibiliza seu acervo: um jornal desde sempre a serviço das forças mais conservadoras do País e do mundo

“Professores já utilizam ferramenta para melhor explicar episódios históricos e as mudanças na linguagem do brasileiro”, diz matéria de Eduardo Vanini publicada em 19/08, em O Globo. O texto refere-se à disponibilização pelo próprio jornal de seu acervo completo. Por enquanto, a consulta pode ser feita gratuitamente. Segundo o periódico, o internauta poderá: “...navegar pelas edições do jornal desde sua fundação. E consultar tanto as páginas quanto as matérias ou artigos, que foram digitalizados um a um. No total, são mais de 11 milhões de documentos, entre páginas e artigos”. Muitos poderiam achar que a ideia pode se virar contra o jornalão. Afinal, ficaria facilitado o acesso às posições políticas conservadoras que o diário carioca defendeu em vários momentos decisivos da história do País. Um exemplo clássico é a postura que o Globo adotou no golpe militar de 31 de março/ 1º de abril de 1964. Em 02 de abril, o jornal publicou o editorial “Ressurge a Democracia!”. Se o título já não fosse explícito o suficiente, alguns trechos confirmam o apoio ao ato ditatorial. | Continue lendo | Por Sérgio Domingues*.

Proposta de Pauta

OAB-RJ vai ouvir parentes de desaparecidos do período democrático

A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Rio de Janeiro (OAB-RJ) lança, no dia 27 de agosto, a campanha “Desaparecidos da democracia – Pessoas reais, vítimas invisíveis”. O objetivo inicial é convocar a sociedade civil para debater a segurança pública, a atuação policial e, esclarecer as mortes registradas como autos de resistência (em confronto com a polícia, civil ou militar). [Reprodução Tribuna do Advogado] Leia mais.

De Olho Na Vida

Trabalhadores precisam de cursos noturnos nas universidades federais

Os números abaixo revelam as matriculas em escolas superiores, federais, estaduais, municipais e privadas. São de 2011. Em 2005, as universidades federais tinham apenas 17% dos estudantes matriculados no período noturno. As escolas privadas tinham mais de 80%. Em 2011, mudou um pouco, mas continua ruim. É preciso mais vagas no período noturno nas universidades públicas para que o aluno não seja obrigado a optar entre estudar ou trabalhar.

Nosso mundo

Equador dá passos importantes na democratização da mídia. Mais um exemplo para o Brasil

No dia 14 de junho último, foi aprovada, pela Assembleia Nacional do Equador, a novaLei Orgânica de Comunicação daquele país. Uma vitória das organizações sociais que, durante muito tempo, lutaram por melhores condições para o exercício do direito humano à comunicação e ao acesso universal às tecnologias e aos meios que a facilitam. Leia mais.

NPC Informa

A comunicação da favela na voz da jornalista moradora da Maré, Gizele Martins

A jornalista Gizele Martins, moradora da Maré e participante do Jornal O Cidadão fala na ABI sobre a criminalização da favela nas mídias comerciais. Fala também sobre a importância de que existam cada vez mais ferramentas de mídias comunitárias que tenham o povo como dono e divulgador da sua própria história. Veja aqui.

Memória

Filme sobre ditadura vence festival de Gramado

REPARE BEM vence Festival de Gramado na categoria melhor filme estrangeiro. O documentário da cineasta portuguesa Maria de Medeiros conta a história de Denise Crispim, ativista política companheira de Eduardo Leite Bacuri, torturado durante 109 dias consecutivos nos porões do regime. Ambos eram militantes da ALN, a Ação de Libertação Nacional, maior organização política de combate à ditadura militar [Por Lúcia Rodrigues]

Democratização da Comunicação

Pesquisa aponta que 70% dos brasileiros querem regulação da mídia

Sete em cada dez brasileiros querem mais regras para o conteúdo da programação veiculada na tevê, revela uma pesquisa divulgada ontem (16) em São Paulo pela Fundação Perseu Abramo (FPA), entidade ligada ao Partido dos Trabalhadores. E 46% da população é favorável a que essa regulamentação seja definida e fiscalizada através do chamado “controle social”, por um “órgão ou conselho que represente a sociedade”. O estudo entrevistou 2.400 pessoas em 120 municípios do país, entre abril e maio, para mapear a percepção dos brasileiros sobre os meios de comunicação, além de formular perguntas relativas ao grau de concentração das emissoras, regime de concessões, penetração da internet, neutralidade da cobertura da imprensa e representação dos setores da sociedade na mídia. A margem de erro oscila entre 2 e 5 pontos percentuais.

Dicas

Conheça O Brasil de Aloysio Biondi. Veja entrevista exclusiva do filho ao Boletim NPC

O projeto O Brasil de Aloysio Biondi reúne diversos materiais que Biondi guardou ao longo de seus 44 anos de carreira. São fotos, livros, relatório, estudos, pesquisas e jornais dos mais variados. “É, de certa forma, um passeio pela história do Brasil e do nosso jornalismo ao longo do século 20”, contou seu filho Antonio Biondi em entrevista ao NPC. Para conhecer o projeto, basta acessar: www.aloysiobiondi.com.br/

Dicas

LIVRO Cidades Rebeldes reúne artigos sobre as manifestações de junho

Na esteira dos recentes protestos que abalaram o país, a Editora Boitempo lança o primeiro livro impresso inspirado nos megaprotestos que ficaram conhecidos como as "Jornadas de Junho". Os artigCios reunidos na publicação se propõem a analisar as causas e consequências desse acontecimento marcante para a democracia brasileira. Escrito e editado no calor da hora, em junho e julho, Cidades rebeldes é um livro de intervenção, que traz perspectivas variadas sobre as manifestações, a questão urbana, a democracia e a mídia, entre outros temas. O livro custa apenas R$ 10,00. Contém artigos de Carlos Vainer, Mauro Iasi, David Harvey, Slavoj Zizek, Ermínia Maricato, Ruy Braga e outros pensadores da atualidade. Você o encontra na LIvraria Antonio Gramsci.

Pérolas

Por Andréa Pachá

“Há cenas com as quais jamais me acostumarei, por mais banais que sejam. A tortura dos adolescentes na Fundação Casa, onde deveriam ser cuidados é uma delas. São esses, os jovens que serão punidos pela redução da maioridade penal. E o pior é que há quem defenda o encarceramento. E a violência”. - Andréa Pachá - Juíza - Rio de Janeiro

Pérolas

Mensagem para o GATB: Grupo Anti-Terrorismo de Babás

“Minha babá veio com uma história sem pé nem cabeça, de que eu estou devendo todos os feriados em dinheiro, porque existe uma lei agora, onde ela tem esse direito. Estou meio tonta com a atitude, decepcionada com a falta de educação e gratidão por tudo que já fiz por ela, mas gostaria de saber se sou obrigada a pagar. Quando achamos que estamos com uma babá ótima, lá vêm as bombas!" - Mensagem para o GATB: Grupo Anti-Terrorismo de Babás, fundado por cerca de 20 mães com sobrenomes como Gasparian, Vidigal, Pignatari, Souza Aranha e Flecha de Lima.

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Edição 246

Para jornalistas, dirigentes, militantes e assessores sindicais e dos Movimentos Sociais

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NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação

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Equipe
Coordenação: Vito Giannotti
Edição: Claudia Santiago (MTB 14.915)
Redação: Arthur William, Marina Schneider e Sheila Jacob. Colaboraram nesta edição: Rosângela Ribeiro Gil e Sérgio Domingues

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