Boletim do NPC

15 de setembro de 2023

Notícias do NPC

29º Curso Anual do NPC: inscrições abertas!

Sem luta política não há conquistas de direitos. Sem comunicação não há luta política. Logo, não há conquista de direitos sem comunicação. Estão abertas as inscrições para o 29º Curso Anual do NPC, que acontece entre os dias 23 e 26 de novembro, no Rio de Janeiro. Sindicalistas e jornalistas de quase todo o país vão se encontrar para conversar sobre comunicação: a comunicação da esquerda e a comunicação da direita. O tema deste ano é “Comunicação e contra hegemonia: democratização, novas tecnologias e disputa de poder”. Vamos falar da disputa de ideias na Internet, mas também da função do panfleto e do carro de som. O objetivo do curso é o fortalecimento da comunicação sindical. Por isso, durante quatro dias vamos passear pela história do Brasil, com destaque para a herança cultural africana no Rio de Janeiro, o Brasil pós-1930 e a ditadura militar. É preciso, também, conhecer a história e as lutas sociais para se fazer uma comunicação sindical que esteja à altura das transformações no mundo da comunicação e no mundo do trabalho. A programação pode vir a ter pequenas alterações. O valor das inscrições é o mesmo do ano passado. Acesse, confira a programação e saiba como se inscrever!

Notícias do NPC

Claudia Santiago participa do VII Colóquio de Culturas Digitais

A jornalista e coordenadora do NPC, Claudia Santiago, participa, no dia 25/9, às 14 horas, do VII Colóquio de Culturas Digitais, promovido os grupos de pesquisa Economia Política da Comunicação e da Cultura (EPCC - CNPq/FCRB) e Centro de Pesquisas e Produção em Comunicação e Emergência (EMERGE - CNPq/UFF) e pelo setor de pesquisa em Políticas Culturais e Programa de Pós-graduação em Memória e Acervos (PPGMA) da Fundação Casa de Rui Barbosa. Claudia dividirá a mesa com Eula D.T.Cabral, coordenadora do EPCC (CNPq/FCRB, Cláudio Salles, coordenador do Laboratório de Estudos Multimídias do INCT/INEAC e da rádio Pop Goiaba e Adilson Cabral, coordenador do EMERGE (CNPq - UFF). O VII Colóquio de Culturas Digitais acontecerá na Casa de Rui Barbosa (Rua São Clemente 134 – Botafogo).

Reportagem da semana

Corpos pretos de almas coloridas

O repórter Cristian Góes conversou com o sargento da Polícia Militar de Sergipe Tiago Damasceno, que se dedica a estudar o ciclo de violência contra “corpos pretos de almas coloridas”. Seu trabalho de Mestrado em Sociologia na UFS (Negro e gay: do fetiche à discriminação) é um dos finalistas do mais importante prêmio acadêmico do Brasil. “Ser policial militar, declaradamente gay, não é fácil. Como agente da segurança pública, como ativista de movimento social, como cidadão, tenho o dever em lutar pela existência das pessoas”, respondeu Tiago à Mangue Jornalismo. Ele atenta para a invisibilização do ser negro e gay em vínculos afetivos, inclusive em movimentos sociais e nas políticas públicas. | Leia a entrevista completa.

Artigos

Padre Júlio no meio do inferno

[Por Sérgio Domingues] As polícias brasileiras mataram quase 50 mil pessoas de 2012 a 2022, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Foram 12 mortes diárias. O site Observatório de Mortes e Violências contra LBGTI+ registrou 273 mortes violentas envolvendo essa população, em 2022. O número representa uma pessoa LGBTI+ assassinada a cada 32 horas, no Brasil. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2022, uma mulher foi morta a cada seis horas no país, num total de 1.437 vítimas de feminicídio. Estudo do Unicef, divulgado em maio de 2022, identificou 35 mil mortes violentas intencionais de crianças e adolescentes no Brasil, entre 2016 e 2020. Levantamento do Observatório Polos de Cidadania da UFMG mostra que a população de rua era de 220 mil pessoas no país, em junho passado. Os números acima poderiam ser os de uma guerra. Não são porque apenas um dos lados está armado. O lado da violência estatal e paraestatal (milícias). Mas também o da criminalidade, que mantém embaixo a violência que deveria ser dirigida para cima. | Leia o texto completo.

Comunicação Sindical

História da Folha Bancária

[Redação SPbancarios] Em 1939, o principal e mais antigo veículo de comunicação, até então, chamado de Vida Bancária, é rebatizado como Folha Bancária. A publicação é impressa desde 1924 e se tornou uma das principais estruturas da comunicação sindical, responsável por divulgar ações, denúncias, processos de negociação e resultados de mobilizações. Durante a ditadura militar (1964-1985) foi usado para estreitar as relações do Sindicato com sua base. Posteriormente com publicação bi-semanal, a FB chegou a ter impressão de 100 mil exemplares, sendo distribuída em mais de 3 mil locais de trabalho somente em São Paulo. Em 2006, o Sindicato lançou a Folha Bancária Resumo, com impressão mensal e chegando diretamente na casa dos bancários associados, via Correios. E em 2011, lançou a FB em Braille para os bancários com deficiência visual. | Assista aqui.

NPC Informa

Filme “Indústria cultural e Ideologia, uma análise dos filmes de super-heróis”

O professor João Braga Arêas apresenta o filme “Indústria cultural e Ideologia, uma análise dos filmes de super-heróis”, fruto de uma trajetória iniciada em 2019. Naquele ano, o professor e um conjunto realizaram a série “Papo Reto” com vídeos analisando as ideologias políticas presentes em filmes de super-heróis. O filme lançado agora é uma espécie de resumo de todos os episódios em 40 minutos. A obra é voltada para pessoas interessadas em análise fílmica, além de professoras que trabalham em sala de aula com os conceitos de “Indústria cultural”, “ideologia” e ” imperialismo”. Assista e compartilhe!

NPC Informa

Rede de Defensores de Direitos Humanos e Promoção da Saúde no Rio de Janeiro

A Fiocruz, por meio de sua Coordenação de Cooperação Social, lançou, em 13/09, a Chamada Pública "Rede de Defensores de Direitos Humanos e Promoção da Saúde no Estado do Rio de Janeiro", que visa selecionar 20 lideranças populares para participar de uma formação de 10 meses em Direitos Humanos e Promoção de Saúde. A convocatória é voltada para lideranças comunitárias e defensores de direitos que atuem em grupos, movimentos, organizações, coletivos ou instituições em territórios populares de áreas urbanas ou rurais do Estado do Rio de Janeiro. As inscrições ficam abertas até o dia 27 de setembro. | Continue lendo.

A Comunicação que queremos

Coordenador do FNDC, Admirson Medeiros (Greg), participa de debate no Rio

A Fale-Rio promove na próxima quarta, dia 20 de setembro, às 18 horas, um debate com o coordenador do FNDC, Admirson Medeiros (Greg), sobre o fortalecimento das atividades pela democratização da comunicação no estado do Rio de Janeiro. A atividade acontecerá no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (Rua Evaristo da Veiga, 16. 17° andar - Cinelândia).

Proposta de Pauta

Imprensa Negra no Brasil completa 190 anos

[Ana Flávia Magalhães Pinto no Instagram] Em 1899, muito provavelmente, Theophilo Dias de Castro, por acreditar no que ele e seus pares tinham feito, enviou um exemplar do jornal “O Progresso – Orgam dos Homens de Cor” de São Paulo para a redação do jornal “O Paiz”, no Rio de Janeiro. O exemplar foi incorporado ao acervo do periódico, que tempos depois foi recolhido na Biblioteca Nacional. Entre tantas páginas, a reprodução de “O Progresso” foi parar num rolo de microfilme, mas sem ser identificado. Duas décadas atrás, fui surpreendida com a imagem da capa enquanto insistia em acreditar que encontraria outro exemplar do primeiro jornal da imprensa negra paulista que se tem notícia “A Pátria – Orgam do Homens de Cor”, de 1889. Desde que me encontrei naquela imagem microfilmada, pouquíssimas pessoas tiveram acesso à totalidade do conteúdo de “O Progresso”. Muita gente achava que eu me referia ao jornal de mesmo nome que foi editado por Lino Guedes a partir de 1928. Mas não, ele era o ponto de referência para desmontar vários mitos e apagamentos referentes ao século 19 mesmo. | Continue lendo.

De Olho Na Vida

Trabalho análogo à escravidão

No último mês de agosto a operação Resgate III, coordenada por Auditores-Fiscais do Trabalho, resgatou mais de 532 trabalhadores em situação análoga à de escravidão. Entre as vítimas havia uma idosa de 90 anos de idade, que trabalhava como empregada doméstica e cuidadora de uma senhora de 101 anos, 74 pessoas vítimas de tráfico humano e 26 crianças. A operação ocorreu em 22 estados, além do Distrito Federal, e contou com a participação de com a participação de representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública da União (DPU), Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF). [Fonte: DS Sinait MT]

Memória

21 de julho de 1983: a greve geral contra a ditadura

[LEHMT/UFRJ] Há 40 anos, no dia 21 de julho de 1983, uma greve geral convocada por mais de 100 entidades sindicais paralisou a região metropolitana de São Paulo, além de várias cidades em todo o país. Era um protesto contra a política econômica da ditadura militar, em particular os decretos que arrochavam ainda mais os salários dos trabalhadores. Ocorrida em contexto de grande insatisfação popular, a greve geral aconteceu em um momento de crescimento, mas também de forte divisão do movimento sindical. Para relembrar esse momento importante de luta dos trabalhadores pela democracia, o portal do LEHMT/UFRJ publica uma Contribuição Especial de Breno Altman intitulada "21 de julho de 1983: a greve geral contra a ditadura". | Acesse e leia.

Dicas

Dossiê Edgard Carone

[Via Marxismo 21] Extenso e inédito dossiê divulga a obra de Edgard Carone (1923-2003), historiador marxista que, em 14 de setembro de 2023, completaria 100 anos de vida. Nas palavras de um dos organizadores deste dossiê, Edgar Carone “foi um historiador preocupado com a reunião, análise e publicação de documentos, deixando uma obra que aborda um período que vai de 1889 até 1964 e se constitui em um projeto político-intelectual de compreensão das causas históricas do golpe militar de 1964. Nessa empreitada, o professor reuniu a um conhecimento profundo das fontes históricas e da bibliografia sobre o período republicano, uma metodologia marxista inovadora na universidade brasileira de sua época”. Incomparável bibliófilo, Carone foi, durante toda a existência, um “companheiro de viagem dos comunistas”. | Leia o texto completo.

Confira outras notícias no site do NPC

Edição 447

Para jornalistas, dirigentes, militantes e assessores sindicais e dos Movimentos Sociais

 

 

Livraria Antonio Gramsci

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