cuba

[Por Tereza Cruvinel/ Brasil 247] Num momento em que o Brasil volta a cultuar o Estado mínimo, alguma coisa podemos aprender com a passagem do furacão Mathew. O Haiti foi devastado, mais de mil pessoas morreram, sem contar as vítimas fatais e os desabrigados em toda a América Central e nos Estados Unidos. Sabem quantas pessoas morreram em Cuba? Nenhuma. A diferença: a ação do Estado. Isso não saiu na mídia e muito menos nas agências americanas de notícias. |

No Haiti, além de matar mais de mil mortos e deixar 60 mil pessoas desalojadas, o furacão provocou o adiamento da eleição presidencial do dia 9 passado para o dia 20 de novembro. O Haiti, que nem havia se recuperado da tragédia do terremoto de 2010, mergulhou no caos. Mas ali não existe ainda propriamente um Estado. O Haiti é uma nação sofrida e em frangalhos tentando virar um país. O furacão, entretanto, fez vítimas também no país mais rico do mundo. Pelo menos 43 pessoas morreram nos Estados Unidos, sendo 26 apenas na Carolina do Norte.

E o que houve em Cuba? Uma vigorosa ação preventiva comandada pelo Governo, evacuando as vítimas potenciais antes da chegada do furacão, mobilizando as pessoas para abrigar os que precisavam deixar suas casas, reforçando estruturas de atendimento e preparando eventual atendimento hospitalar. O presidente Raul Castro deslocou-se pessoalmente para Santiago, na costa oriental, de onde comandou as ações preventivas que impediram mortes e devastações como as que atingiram o Haiti, a poucos quilômetros da ilha, bem como outros países da região. O estado cubano dispõe de um sistema mais eficiente que o dos Estados Unidos para detectar furacões. Depois, entra em cena o governo, com ações junto à população para prevenir as consequências nefastas.

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