[Por Vito Giannotti] O título do editorial do número 416 do Brasil de Fato, de 17 a 23 de fevereiro, escancara a linha do jornal: “As revoluções reaparecem no século 21”. A capa, com a maior foto já publicada pelo semanário, mostra um manifestante com a bandeira do Egito nas mãos. No seu interior, além do editorial simplesmente emblemático, há um artigo de Igor Fuser com título levemente sugestivo: “Novos Egitos virão”. No segundo caderno há uma cobertura dos fatos com artigos de Igor Ojeda e de Eduardo Sales de Lima que dão um quadro global do terremoto político em curso no mundo árabe. Mundo, até janeiro, dominado por governos ditatoriais sustentados e sustentáculo da política dos EUA e da Europa que, há séculos, sempre julgaram o povo árabe uma “raça” inferior a serviço do Ocidente cristão e “civilizado”. [Bela civilização! É só lembrar das guerras coloniais que exterminaram milhões de “nativos” de povos “inferiores”. Ou, se queremos, lembrar do famosíssimo Holocausto cometido pelo povo mais culto da Europa.]