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Entre os filmes brasileiros realizados no presente século, nenhum alcançou até agora tamanha repercussão – no país e no exterior – quanto “O Som ao Redor”, do cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho. Desde sua exibição no Festival de Roterdã (Holanda), onde obteve o grande prêmio da crítica, o filme já foi premiado em 14 festivais, além de ser indicado pelo Ministério da Cultura para concorrer ao Oscar como representante do cinema brasileiro.

“O Som ao Redor”, que o Ciclo de Cinema da UFABC exibe e debate nesta quinta-feira, dia 4 de setembro, às 15 horas, tem sua trama situada num condomínio de classe média alta no bairro de Boa Viagem, no Recife – um lugar cuja rotina é transtornada pela chegada de uma empresa de vigilância que propõe aos moradores um serviço de segurança 24 horas por dia (imediatamente aceita por todos).

A partir dessa situação, Mendonça Filho aborda a convivência problemática dos moradores das grandes cidades com os espaços públicos e traz à tona os fantasmas de um recente passado escravocrata que ainda marca a relação das elites brasileiras com as classes oprimidas.

O filme, que rompe com a estética pasteurizada da Globo Filmes, foi apontado pelo crítico de cinema do The New York Times, A.O. Scott, como um dos dez melhores de 2012, numa lista que inclui obras de Steven Spielberg e Quentin Tarantino. (Se você quiser assistir ao trailer, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=rj0eeHW7lXU )

Para comentar “O Som ao Redor”, estará presente a pesquisadora Liliane Pereira Braga, mestra em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e doutoranda em História, também pela PUC-SP.

A exibição ocorrerá no auditório 4 do Bloco Beta do campus de São Bernardo da UFABC (Rua Arcturus, Jardim Antares, próxima ao Ginásio Poliesportivo).