[Por Sheila Jacob e Vito Giannotti] A 1ª Conferência Nacional de Comunicação dos dias 14 a 17 de dezembro, em Brasília. O evento foi fruto da exigência e das reivindicações dos movimentos sociais pela democratização da comunicação. Desde o começo esta Conferência se apresentou como uma possibilidade e uma oportunidade histórica de se discutir e propor soluções no campo da democratização do acesso à mídia e de passos concretos para se chegar a um verdadeiro controle público das chamadas “concessões públicas” de rádio e TV.
Muitos, pelo Brasil afora, se embalaram com o sonho e talvez a possibilidade de reverem padrões de concessões, de controle social da mídia, e de combate à criminalização e perseguição a rádios comunitárias. O sonho dos militantes da comunicação dos movimentos sociais se estendeu para o campo de possíveis incentivos aos meios de comunicação alternativos e populares através de verbas públicas como as que são despejadas em generosas propagandas de empresas estatais para a mídia dos patrões.
Mas, até estes sonhos se concretizarem, muitas águas precisarão rolar. Muitas conferências, muitos projetos de lei e sobretudo muitos milhares precisarão invadir as ruas e exigir o que é um direito negado pelo sistema a serviço do capital. Desde antes da Conferência, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, em entrevista ao programa Roda Viva garantiu que o governo não levará para a Confecom o tema controle social da mídia. O ministro, na contramão da sociedade civil, disse considerar que é “equilibrada” a composição da Conferência: 40% de representantes da sociedade civil, 40% do segmento empresarial e 20% do poder público. A estrada é longa.
Leia sobre o andamento da Confecom em nossa página.