[Por Breno Altman – Opera Mundi] “A agressão de Israel aos palestinos da Faixa de Gaza nada tem a ver com a resistência judaica no Gueto de Varsóvia. Ou com os milhares de judeus que participaram das revoluções russas no século passado. Tampouco possuem qualquer vínculo com Albert Einstein e outros judeus pacifistas. Ou com mártires da guerra fria como Julius e Ethel Rosemberg, executados na cadeira elétrica.
Os crimes ordenados por Netanyahu não apresentam semelhança alguma com a ação de educadores como Janusz Korczak. Ou com escritores humanistas como Sholem Aleichem e I. L. Peretz.
Heróis judeus como a alemã Olga Benario, o francês Joseph Epstein e polonês Mordechaj Anielewicz, que combatarem os nazistas de armas nas mãos, inscreveram seu nome na história como lutadores contra a opressão e o colonialismo. Um caminho antagônico ao de Netanyahu e seus sequazes.
O massacre patrocinado pelo governo de Israel envergonha história tão bela e generosa. Nenhuma crítica a essas ações pode ser considerada anti-semita. Ao contrário: cabe resgatar as melhores tradições do povo judeu e opô-las aos facínoras que atualmente comandam Israel.
Qualquer judeu ou judia que se orgulhar da sua história tem a obrigação de gritar bem alto: não em meu nome!”
