‘Os movimentos sociais e populares do Brasil têm muitos desafios quando se trata de comunicação.” A afirmação é de um dos dirigentes nacionais do MST, Gilmar Mauro, que participou do último Curso de Comunicação Sindical do NPC, em novembro passado, no Rio de Janeiro. 

Para o integrante de um dos movimentos mais atacados, atualmente, pela mídia, quem pensa numa sociedade diferente e justa precisa discutir alternativas de comunicação e informação para “pelo menos inibir o poderio dos grandes meios de comunicação”. 

A criação de canais que permitam à sociedade um determinado controle do que se faz com as concessões públicas de comunicação (TV e rádios) é uma saída apontada por Gilmar Mauro. Ele defende, também, a comunicação alternativa, não só jornais, mas também televisão e rádio comunitárias, como forma de democratizar a informação para o povo brasileiro.

O desafio da comunicação alternativa, segundo o dirigente do MST, deve ser encarado por todos os segmentos sociais, populares e democráticos, como os sem-terra, os trabalhadores da cidade, etc. “Precisamos de unidade para construirmos um grande mecanismo de comunicação, seja escrito, seja falado, seja televisivo”. 

(Por Rosângela Gil, de Santos)