Veja chegou à histeria na sua ânsia de apoiar qualquer política do Império Americano. José Arbex já a definiu como “a única revista americana do mundo, escrita em português”. E ela de fato faz de tudo para fazer jus a este título. Mas, no número de 28/1/04, (porém) passou dos limites. Chegou a usar um termo que soaria bem na boca de um Hitler, Goëring ou Himmler no auge do holocausto dos campos de concentração nazistas. Veja chama o extermínio do povo taleban, no Afeganistão, de “DEDETIZAÇÃO”, uma palavra digna dos exterminadores nazistas. 

Vejamos a frase que escreve, num artigo no melhor estilo da época da Guerra Fria sobre a ex-república soviética do Turcomenistão, “dirigida por um ditador maluco” de nome Niazov: “O Turcomenistão de Niazov mantinha estreitas relações com o regime do taliban. A dedetização promovida pelos Estados Unidos, no Afeganistão, fez com que o ditador passasse a condenar o terror”. Taí, para “a maior revista americana do mundo escrita em português”, matar cem, duzentos, ou trezentos mil habitantes do Afeganistão é uma simples dedetização.

 

Dedetização se faz em ratos, baratas, escorpiões, pulgas, percevejos e…gente do Afeganistão, Iraque, Iran e por que não Síria, Coréia, China, Colômbia, Venezuela, ou Cuba. Por que não com gente que mora na Tríplice Fronteira no sul do Brasil?   Esta é a Veja que faz a cabeça, ora subliminarmente, ora descaradamente, de milhões de pessoas que a lêem todas as semanas !

 

Cuidado, leitor! A Veja pode usar um dedetizante em cima de você.

(Vito Giannotti)