[Por Vito Giannotti] O Globo,de 28/10 nos traz uma rara e grata surpresa. Traz uma entrevista com Adriano Oliveira que é um maná para quem quer entender a desgraça político-ideológica que representa o filme Tropa de Elite. 

Em síntese mostra que o problema não começa e nem acaba nas favelas das nossas cidades. Ele desvenda, como resultado de suas pesquisas, sintetizadas em sua tese, o que todos estão cansados de saber, mas que não foi mostrado e nem insinuado naquele filme.  

No artigo que escrevi para o Brasil de Fato (www.brasildefato.org.br), do dia 24 de outubro, falava exatamente das mesmas coisas das quais fala Adriano. Ele fala dos grandes traficantes, dos verdadeiros chefões interessados em que o tráfico não acabe e, conseqüentemente, a droga não seja decriminalizada: juizes que vendem sentenças, advogados totalmente entrelaçados com esta atividade criminosa, empresários especializados em lavagem de dinheiro e funcionários estatais de vários escalões e todo tipo de policias, da civil, passando pela militar até chegar à federal. Enquanto isso, o Tropa de Elite ensina a cantar o hino do extermínio dos que moram em favelas: “Homens de preto quando entram na favela – é pra deixar corpo no chão”. Leiam em O Globo, de 28/10, na página 15/País, a entrevista de Adriano Oliveira.