De 30 de novembro a 3 de dezembro foi realizado, no Rio, o 11º Curso Anual do NPC. O local foi o tradicional, o Sindipetro/RJ, e a estrutura foi a dos outros anos. O que o diferenciou foi o número de expositores, o número de inscrições e o temário que a tempo todo chamava para o Brasil de hoje.


Cátia (jornalista do Sindipetro-RJ) e
Davi (Dir. de Imprensa do Seeb-MA)

O tema geral já deixava claro desde o começo qual seria o enfoque deste ano. A ênfase era dada à comunicação de esquerda na conjuntura atual.

Os responsáveis pelo NPC estavam conscientes, antes do curso, da crise de identidade da esquerda, de seu esfacelamento e das divisões acontecidas nos últimos tempos. O centro, o específico do NPC, era e deveria continuar sendo a comunicação como instrumento para disputar a hegemonia. Não se poderia deixar que o curso se transformasse  numa arena política. Não poderíamos fazer um curso com jeito de congresso com votações, maioria e minoria e deliberações finais.

Ao mesmo tempo, não se podia imaginar um encontro realizado longe do Brasil atual, do Brasil concreto. Por isso, optamos por acentuar os desafios da comunicação de esquerda no Brasil de hoje.

Ao lançar o curso, em agosto, muito companheiros pensavam que, no quadro de crise conhecida, poucos se interessariam em participar. Ao contrário, a procura foi muito superior aos outros anos. A sede de uma discussão arejada, livre e plural encantou a muitos.



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Salão cheio nos três dias

Seja qual fosse o posicionamento de cada um no atual quadro político, os temas propostos na programação se mostravam úteis e necessários para todo mundo. E foi esta sede que manteve o salão do Sindipetro-RJ constantemente cheio.