A reforma das aposentadorias foi aprovada no último dia 20, após a rejeição pelo parlamento francês das moções de censura contra o governo do presidente Emmanuel Macron, mas as greves e a mobilização dos trabalhadores estão mais fortes do que nunca. A maioria das cidades estão tomadas por manifestações e greves: mais de 3,5 milhões de pessoas tomaram as ruas de Marselha, Nantes, Rennes, Paris… Em Lyon, houve mobilização recorde com a participação de 55 mil manifestantes, segundo a Intersindical. Em Bordeaux, 110 mil pessoas protestavam, em uma manifestação histórica, nas palavras de Pascal Obé, secretário local da CGT. Em Brest, 40 mil foram às ruas. Já em Nantes, «não é uma multidão que se manifesta, mas todo um povo, uma maré humana”, comentava uma participante dos protestos. | Veja o vídeo da CGT.

Na quinta-feira (23), o secretário geral do Partido Comunista Francês (PCF), Fabien Roussel, convocou a população a parar o país: “Conclamo os franceses, os militantes comunistas, onde quer que estejam, em suas empresas, em seus locais de trabalho, a participar das greves, a bloquear o instrumento de trabalho, de maneira a paralisar o país, incluindo também o bloqueio das vias de circulação”.