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Temas em debate:

“O operário deve negar decididamente qualquer solidariedade com o jornal burguês”.

[Por Claudia Santiago] Dizia Gramsci em 1920: “Antes de mais, o operário deve negar decididamente qualquer solidariedade com o jornal burguês. Deveria recordar-se sempre, sempre, sempre, que o jornal burguês (qualquer que seja sua cor) é um instrumento de luta movido por idéias e interesses que estão em contraste com os seus. Tudo o que se publica é constantemente influenciado por uma idéia: servir à classe dominante, o que se traduz sem dúvida num fato: combater a classe trabalhadora. E, de fato, da primeira à última linha, o jornal burguês sente e revela esta preocupação.” E Gramsci propunha o boicote aos jornais da burguesia. 

Esta idéia/proposta de Gramsci, na década de 1920 está mais atual do que nunca. Só que, hoje, na nossa realidade ela precisa ser completada por outra: é preciso que os trabalhadores criem seus próprios jornais. Sua própria comunicação, sua própria mídia. Aliás, Gramsci já sabia e aplicou isso nos anos 1920, 1921 até sua prisão pelos fascistas de Mussolini. Ele foi o idealizador e a alma, na Turim, cidade metalúrgica em 1919-20, do jornal L ´Ordine Nuovo. Depois da fundação do Partido Comunista Italiano, foi o primeiro editor do diário do Partido, L ´Unitá. A mesma atitude era tomada, dois anos antes, em Berlim por Rosa Luxemburgo, que foi assassinada pela forças da direita, emquanto fugia com os originais do novo jornal do recém criado Partido Comunista Alemão, Bandeira Vermelha.