Os últimos soldados da Guerra Fria é o nome do último livro de Fernando Morais, que será lançado no dia 23 de agosto em São Paulo, pela Editora Companhia das Letras. A obra conta a história dos agentes secretos cubanos infiltrados em algumas organizações de extrema direita nos Estados Unidos, as quais promovem ataques terroristas contra a ilha. Dentre as ações destes grupos estão o envio de pragas contra cultivos na ilha; interferência em transmissões da torre de controle do aeroporto de Havana; realização de atentados com bombas nos melhores hotéis da ilha e aviões que transportam civis; e até disparos de tiros de metralhadoras contra navios de passageiros cubanos e turistas estrangeiros. Pelo livro, ficamos conhecendo uma vasta rede terrorista com base na Flórida e células na América Central, que recebe apoio de congressistas norte-americanos e a omissão de membros dos poderes Executivo e Judiciário dos Estados Unidos.
A obra aborda a história de Antonio Guerrero, Fernando González, Gerardo Hernández, Ramón Labañino e René González, todos membros dessa rede cubana anti-terrorista. Os cinco foram presos em 1998 sob falsas acusações, condenados sem provas em uma simulação de julgamento em Miami. As penas são verdadeiros absurdos: Gerardo chegou a pegar duas prisões perpétuas, e mais quinze anos de prisão. Apesar de diversas organizações de direitos humanos terem se pronunciado contra tais aberrações jurídicas, os cubanos continuam presos, em situações de total desrespeito aos direitos mais elementares.