“Não me arrependo de nada. Quando os meninos me contaram o que tinha acontecido, disseram: “Não adianta. Não vai pegar nada”. E eu disse que, se dependesse de mim, “ia pegar”. Era um compromisso que tinha com eles até hoje. Vale à pena lutar por isso, vale à pena denunciar. Esses meninos merecem que a gente tenha uma atitude de dignidade”.
Glayds Romeo Peccequillo funcionária que trabalhava na Febem Raposo Tavares (SP) quando internos foram espancados por funcionários. Em função das denúncias que fez e das informações que conseguiu passar ao Ministério Público, Glayds foi demitida pelo governo de São Paulo. No início de outubro, a Justiça brasileira divulgou a maior condenação por tortura no país, dada a funcionários da Febem-SP: dois diretores foram condenados a 87 anos de prisão e 10 monitores, a 74 anos. A frase foi dita em entrevista a Bia Barbosa.