1º de Maio nos Estados Unidos: Chega de ser clandestino

Quem diria, no país onde começou a luta do 1º de Maio e onde o Dia do Trabalhador é comemorado em 2 de setembro, os trabalhadores da América Latina vão dar uma lição de memória aos norte-americanos. Milhões de imigrantes de todos os países da América Latina trabalham nos piores serviços naquele país. São imigrantes… igual aos italianos, espanhóis e portugueses no começo do século 19 no Brasil. Só que os EUA de hoje não querem mais saber de imigrantes. E assim eles vivem lá e trabalham como clandestinos. É claro que trabalham nas condições que o diabo gosta. Ou melhor… que o capital gosta.

Se 54% dos trabalhadores nos EUA estão sem nenhuma proteção trabalhista, totalmente precarizados, imaginemos o que acontece com os latino-americanos. E assim eles resolveram fazer uma greve no dia 1º de Maio. Lá, nos EUA, por ironia do destino o dia do Trabalhador não é comemorado como no mundo todo, no 1º de Maio. Mas os imigrantes dos países mais pobres da América Latina resolveram relembrar para seus irmãos do Norte que o Dia do Trabalhador é ele mesmo: o 1º de Maio.

(Por Claudia Santiago)