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Militante comunista de projeção na Amazônia, Raimundo Jinkings (19271995) escolheu para a pequena editora que abriu durante a ditadura um nome que não levantasse suspeitas: Boitempo. A palavra fora inventada por Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) para dar título não só a um poema como ao conjunto de três volumes sobre sua infância no campo. O poeta chegou a enviar uma carta autorizando o uso do nome. A polícia, no entanto, nunca se convenceu do propósito da casa editorial paraense. Antes mesmo de sair da gráfica, os títulos quase sempre eram recolhidos. Quando fundou sua própria casa editorial, há 20 anos, após trocar Belém por São Paulo, sua filha Ivana Jinkings, não teve dúvidas em como batizá-la. Manteve o mesmo nome, para homenagear a aventura do pai. “Esse é o momento de não recuar”, diz Ivana Jinkings, da Boitempo, que quer investir em questões raciais e de gênero. | Por Valor Econômico | Leia a entrevista completa.