Do SINTTELRIO
A historiadora e jornalista Claudia Santiago Giannotti lança, no próximo dia 11 de junho às 9h, o livro “Experiências em Comunicação Popular no Rio de Janeiro ontem e hoje – Uma história de resistência nas favelas cariocas”, no ITC, Instituto Trabalho e Cidadania, na Rua Medeiros Pássaro, 4, Tijuca. O livro faz um resgate histórico sobre as iniciativas de comunicação popular no Rio de Janeiro da década de 70 até os dias atuais.
Claudia é coordenadora do Núcleo Piratininga de Comunicação, e que, no ano de 2015, passou a se chamar Curso Vito Giannotti de Comunicação Popular, uma homenagem ao criador e coordenador do NPC que ficou conhecido no país inteiro por ter dedicado sua vida e sua militância à defesa da comunicação dos trabalhadores. O NPC realiza o Curso de Comunicação Popular no Rio de Janeiro desde o ano de 2004, cujo objetivo principal é fazer com que cada aluno seja um multiplicador do conteúdo, contribuindo ou criando veículos de comunicação nas localidades em que moram e/ou nos movimentos em que atuam.
“O projeto inicial era fazer um relato, um registro, das experiências de comunicação popular que estão acontecendo hoje, no Rio de Janeiro. Também apresentaremos uma breve história do tema, com exemplos do passado e do presente, além de um panorama do que já foi escrito sobre as favelas cariocas, recuperando sua memória de organização e mobilização”, afirma Claudia.
O livro narra experiências de apropriação da comunicação em comunidades populares, realizadas a partir de entrevistas e da vivência de coletivos que se firmaram no estado como alternativas de comunicação e como protagonistas na produção de conteúdo. Dentre muitas histórias fascinantes de resistência, destacam-se exemplos de comunicação em comunidades na Maré, no Borel, na Rocinha, Cidade de Deus, favelas do Alemão e Santa Marta.
“O que aqui escrevo são dúvidas que me surgiram nesses anos. São perguntas que me fiz e que me fizeram os participantes do curso. Questões que ficaram se revirando na minha cabeça exigindo respostas. Precisava ligar alguns pontos, reafirmar algumas convicções e, nos últimos anos, aprender a conviver com uma comunicação popular que não é fruto da organização popular, mas é feita nas favelas, por moradores de favelas e para moradores de favelas”, explica Claudia.
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