No último dia 15 de janeiro, a Ocupação Vito Giannotti, que fica na zona portuária do Rio, completou um ano de existência e resistência. A atividade de comemoração aconteceu no domingo, dia 22, com a presença de militantes de movimentos populares e moradores de diversas ocupações. A companheira de Vito, Claudia Giannotti, esteve lá. Ela conversou com os presentes sobre as ideias e a obra do homenageado. Ela ressaltou o incansável trabalho de Vito na organização dos trabalhadores em seus bairros, para que melhorias de suas condições de vida fossem efetivamente conquistadas. Ela explicou que, juntos, eles criaram há mais de 20 anos o NPC, com o objetivo de contribuir para a formação da classe trabalhadora. Por isso uma ocupação como essa é tão importante, e simboliza tão bem o legado de Vito Giannotti. Italiano de nascimento e brasileiro de coração, ele passou os últimos anos de sua vida lutando contra os impactos da especulação imobiliária na cidade do Rio de Janeiro, sempre apoiando moradores de comunidades removidas e de ocupações. Certamente estaria muito feliz por seu nome ter sido o escolhido para batizar esse movimento tão importante. Na ocasião, foi exibido um vídeo feito cinco dias após a ocupação. Confira aqui.
Sobre a ocupação. Há um ano, mais de 20 famílias ocuparam um imóvel abandonado há 14 anos, localizado na Rua Sara, 85, Santo Cristo. O imóvel é um antigo hotel que hoje pertence ao INSS. O prédio é alvo da reivindicação dos movimentos de luta por moradia popular há mais de dez anos. Já há um estudo feito por técnicos da Secretaria Municipal de Habitação, que avaliaram a viabilidade da destinação do prédio para moradia popular. É necessário que militantes e parceiros do NPC acompanhem com atenção esse caso, já que a ocupação já recebeu algumas ameaças de despejo. Como ressaltou Marcelo Edmundo, da CMP, “se habitar é um direito, ocupar é um dever”.