O ministro das Comunicações de Israel, Ayoob Kara, anunciou que pretende revogar as credenciais dos jornalistas da Al Jazeera no país e fechar os escritórios da emissora de TV em Jerusalém. A Al Jazeera foi proibida de participar da coletiva de imprensa em que foi feita a declaração, no domingo, 6 de agosto, em Jerusalém. O primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu já vinha ameaçando a Al Jazeera e, em julho, alegou que a rede estaria incitando a violência no país. Não foi anunciado um prazo para a revogação das credenciais dos profissionais e para o encerramento das atividades do escritório da rede. O governo pretende, ainda, interromper as transmissões via satélite e cabo no país. A emissora do Catar já foi banida na Arábia Saudita, no Bahrein, nos Emirados Árabes Unidos e no Egito, países que, em junho, acusaram a Al Jazeera de promover o extremismo. A Federação Internacional de Jornalistas condenou a atitude do governo de Israel e declarou que se opõe ao que chamou de caça às bruxas contra a mídia na região. Para o analista político da própria Al Jazeera, Marwan Bishara, a atitude é autoritária, demonstrando uma sinergia entre Israel e as ditaduras do mundo árabe. Segundo declarou ao site da rede, encerrar as atividades da emissora não vai diminuir a violência, que é causada pela repressão e pela ocupação militar na região e não pelas reportagens sobre a situação.
Com informações do Opera Mundi e da Al Jazeera. | Foto: Agência EFE