[Foto: Cecília Olliveira]
[Por Maré Vive/Facebook] O ato ainda ecoa. Pessoas de diversas partes do Rio e do Grande Rio estiveram presentes e as favelas foram muito bem representadas pelo Complexo do Alemão, da Penha, Juramento, Borel, Rocinha, CDD, Prazeres, Manguinhos, Jacaré, Acari, Antares, Vila Kennedy e muitas, muitas outras.
Não foi lindo. Foi luta! Não teve heineken e nem cracudinha. Foi seco, tipo uma marcha no deserto de concreto.
Renascemos. Cão pra trás. Nenhum passo atrás. Mãos pro alto! Punho cerrado, cara fechada. Marielle esteve presente a cada passo, cada abraço, cada lágrima. Dentro de cada um de nós…
Se a cidade fosse nossa, a Marielle tava viva! Essa frase rasgou a multidão em um momento de silêncio seguida do arrepiante “Respeitem a nossa dor! Respeitem a nossa dor!” vindos do carro de som, conduzido por mulheres negras e faveladas, que tavam lá atrás peitando os condutores e seus veículos que queriam passar por cima (literalmente) dos manifestantes.
Por fim, a melhor coisa que aconteceu foi o ato se encerrar na Igreja Católica Santuário São Paulo Apóstolo e Nossa Senhora Da Paz, que fica no Parque União. Confesso que quando deram o papo da igreja eu fiquei meio encabulado, sem saber como seria levar uma multidão pra lá. Me surpreendi. Foi potente pra caramba! O padre que conduziu a missa estava em total sintonia pela garantia de direitos e fomos acolhidos de uma maneira muito especial.
Que dia meus amigos! Que dia.
Obrigado a todos que contribuíram para que essa marcha fosse possível.