“Esse estranhamento de professores de literatura ao texto de Carolina de Jesus, a determinadas expressões de Carolina, é porque ela queria se apossar da língua. Dessa “língua culta” que eu tenho chamado de “língua oculta”, porque somente determinadas categorias sociais se apossam dela. Então, para mim, a escrita de Carolina é um ato transgressor, do conteúdo ao modo como ela maneja a língua portuguesa. Tenho dito que a literatura é uma espécie de vingança”.